13| Cara, que saudade!

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       — ALGUÉM SABE a cor favorita da Ester? — Bryan perguntou, mexendo em alguns itens de decoração

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       — ALGUÉM SABE a cor favorita da Ester? — Bryan perguntou, mexendo em alguns itens de decoração. algu

       Estávamos eu, Bryan e Raphael em uma loja de decoração de festas, tentando organizar a surpresa para Estella. O clima estava descontraído, mas eu não podia deixar de sentir um peso no peito. Minha relação com ela estava numa corda bamba.

— Vermelho — respondi, sem hesitar.

       — Achei que fosse preto, já que ela sempre 'tá vestida na cor — Veiga comentou, pegando um dos itens que estávamos pensando em comprar.

       — Se fosse preto, ela não teria ido à festa do Vini de vermelho. — Dei de ombros. — A Estella é direta com suas escolhas, não veste algo que não gosta.

       — Você tem um ponto — disse Bryan, observando as decorações. Ele segurava um chapeuzinho de festa, mas logo o colocou de volta na prateleira.

       Eu conhecia Estella o suficiente para saber que o preto era mais uma armadura do que uma preferência. O vermelho... Esse era o verdadeiro lado dela. O lado que escondia atrás da muralha de pedra que erguia todos os dias.

       — Acho que já pegamos tudo — disse Smith, reunindo as cestas com os itens que escolhemos. O plano estava indo bem, mas havia algo me inquietando.

       — Vão na frente, preciso pegar o presente dela — falei, sentindo um nervosismo inexplicável no estômago.

       — Beleza, vai lá. A gente te espera na minha casa —  Veiga respondeu.

       Saí da loja em direção ao meu carro. A ansiedade tomava conta de mim enquanto eu dirigia até o local onde o presente de Estella estava esperando. Era algo especial, algo que eu sabia que poderia tocar o coração dela, mas também algo que carregava o peso de todas as coisas não ditas entre nós.

       A cidade estava movimentada, o trânsito caótico como sempre. Mas, mesmo com o burburinho das ruas, minha mente estava focada em Estella. Em cada detalhe dela, nos pequenos momentos em que ela baixava a guarda e eu via a verdadeira pessoa por trás da máscara.

       Assim que cheguei ao prédio, entrei rapidamente, cruzando o saguão até o elevador. O porteiro, Harry, me cumprimentou como de costume.

       — Boa noite, Sr. Moreira — disse ele, com o sorriso cortês de sempre.

       — Boa noite, Harry — respondi com um aceno de cabeça, ansioso para pegar o presente.

       Subi até o meu apartamento no vigésimo segundo andar e entrei. No sofá estava a caixa que continha o presente. Olhei para ela por um instante antes de pegá-la, sentindo um pequeno tremor quando a caixa se mexeu.

       Ele estava ansioso para conhecer a nova dona.

(...)

       — Cheguei! — exclamei ao voltar para a casa de Rapha, segurando a caixa cuidadosamente. Todos estavam ocupados com os preparativos da festa.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora