❌ Essa história é um dark romance ❌
🚨 Se você não leu "Lembre-se De Mim" vai lá ler e depois volta aqui.🚨
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𝐑𝐄𝐌𝐈 𝐃'𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐎
Ele me encontrou no momento errado, na hora errada, e eu nem sequer me lembrava disso. Hoje, eu o od...
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O QUARTO ESTAVA mergulhado em sombras, a única luz vinha de uma lua inquietantemente próxima, quase como se estivesse espionando, uma testemunha silenciosa do que acontecia ali. Tudo era tão palpável, tão vívido, que a linha entre o real e o imaginado parecia se desfazer. O ar era denso, quase sufocante, e cada som parecia ecoar com uma ressonância estranha, como se o próprio espaço estivesse vivo, vibrando ao meu redor.
Ele estava lá, encostado na parede, meio envolto nas sombras, como se fizesse parte delas. Endrick. A postura despreocupada contrastava com o olhar intenso que queimava, despia, reivindicava. Não havia palavras entre nós, mas a tensão era um fio elétrico que conectava nossos corpos, pulsando com algo que eu não conseguia nomear.
Quando ele deu um passo à frente, o chão pareceu ceder sob meus pés, um tremor interno que desestabilizou mais do que meu equilíbrio físico. Meu coração disparou, cada batida reverberando como um tambor em um silêncio que parecia infinito. Eu quis recuar, mas meu corpo não respondia. Ou talvez fosse minha mente que não queria.
Ele estava tão perto agora que eu podia sentir o calor que emanava dele, a energia quase palpável que me atraía como uma mariposa para a chama. Meu corpo inteiro estava tenso, cada músculo uma corda prestes a arrebentar. Ele ergueu a mão, os dedos firmes, mas surpreendentemente delicados, roçando minha pele como se me testasse. Um arrepio percorreu minha espinha, uma reação que eu não conseguia – ou não queria – controlar.
— Você sempre corre, meu amor — a voz dele cortou o ar, um sussurro rouco, carregado de algo que parecia mais antigo e profundo do que palavras poderiam expressar. Havia um desafio ali, um toque de dor, e algo que soava perigosamente como posse. — Mas hoje, não.
— Eu não corro. — A resposta saiu baixa, quase inaudível, mas tremia com algo que parecia entre medo e desejo. Uma mentira que ele percebeu antes mesmo que eu tivesse certeza disso.
O sorriso que curvou seus lábios era um misto de arrogância e promessas não ditas. Promessas que eu não deveria querer, mas que queimavam em mim com uma intensidade que não podia negar. Ele se inclinou, o rosto a milímetros do meu, e quando os lábios dele tocaram os meus, foi como se o mundo ao nosso redor desaparecesse.
O beijo começou lento, uma provocação, mas rapidamente se tornou algo mais. Era avassalador, quase brutal, como se ele quisesse me consumir, me fazer esquecer quem eu era, onde estava. Meu coração disparou, o calor subiu pela minha pele enquanto suas mãos traçavam minha cintura, descendo para os quadris. Eu o puxei para mais perto, minhas unhas cravando nos ombros dele, tentando encontrar um controle que escapava por entre os dedos.
— Você é minha, demoninha. — As palavras foram murmuradas contra meus lábios, mas tinham o peso de uma declaração inescapável, como uma sentença.
E algo em mim cedeu. Uma barreira invisível desmoronou, deixando-me vulnerável, crua, entregue. Minhas mãos exploraram os contornos de seus músculos, sentindo a força sob a pele quente, enquanto o beijo se tornava mais urgente, mais desesperado. Era como se ele quisesse me marcar, e, ao mesmo tempo, me salvar de algo que nem eu sabia que precisava.