இ 06 | Enfim, um Jeon

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Após receber o aceno empolgado de Jimin, eles voltaram brevemente para a grande caverna onde pegaram tudo o que lhes pertencia e finalmente entraram na floresta.

Jimin estava empolgado e ansioso como nunca antes. O sorriso não saía de seu rosto conforme eles avançavam. A mão de Jungkook não largava a sua por nada, ela é grande ao ponto de esconder a sua e era quente, mesmo sendo toda calejada, o toque não deixava de ser gentil. De tempos em tempos, Jungkook virava o rosto para a fêmea, lhe oferecia um sorriso e – quando não conseguia se conter –, puxava o seu rosto e beijava a ponta do nariz ou a testa.

Por mais que Jungkook tenha sido criado para ser um grande líder, o seu omma teve espaço para introduzir o mínimo de cavalheirismo em seu único filhote. Por isso, ele coloca o respeito que tem sobre Jimin acima de suas próprias vontades, porque é isso o que faz um Rei e marido.

A empolgação de ambos era clara em cada mínimo movimento. Sentiam-se livres para fazer suas próprias escolhas e, de fato, caminhavam em direção ao local onde concretizariam um dos eventos mais importantes na vida de um híbrido.

Chegar até o lugar escolhido por Jungkook não foi complicado. Era sim, um pouco distante da clareira, mas não o bastante para causar exaustão. Também não havia o menor sinal de predadores, o que era muito bom para o casal que não queria ter nenhum tipo de preocupação nos próximos três dias de calor.

Não demorou muito para que as árvores dessem lugar a uma parede de pedras – pouco menor que a da clareira. Jungkook ajudou o pequeno fêmea a subir pela pequena elevação na frente da caverna e deixou com que ele entrasse na frente.

Jimin abriu a boca, surpreso. A primeira coisa que ele percebeu foi que toda a caverna estava aromatizada com o cheiro de Jungkook, o aroma de capim-limão estava impregnado em cada canto e em cada coisinha, o que deixava o ambiente confortável e dava a Jimin a sensação de segurança. Com passos calmos e olhar curioso, ele admirou o quão bem Jungkook trabalhou ali.

A alguns metros da entrada, atrás de uma parede natural de pedras, estava o ninho que, misteriosamente, foi construído com roupas e mantas, tanto suas quanto as do macho. No entanto, o ninho era grande e muito espaçoso, parecia confortável e o seu coração balançou com aquilo. O ofego que ele deu, foi resposta suficiente para que Jungkook não ficasse temeroso em receber uma crítica ruim.

Mas o que deixava Jimin com uma pulga atrás da orelha era…

— Como você pegou as minhas roupas e mantas? — ele se virou para o macho. Estava genuinamente curioso, mas não chateado.

Jungkook deu de ombros e desviou o olhar para a pequena pilha de frutas que coletou mais cedo.

— Os seus irmãos pegaram para mim, acho que agora estamos nos dando bem.

Jimin soprou uma risada e assentiu, então, voltou a observar as outras coisas. Do outro lado da caverna, na frente do ninho, havia uma pilha de diversas frutinhas, algumas tigelas com tampa que certamente guardava algum ensopado, também havia bolinhos de mel dentro de uma cestinha.

Foi inevitável segurar a emoção. O pequeno fêmea se sentia amado e valorizado de uma forma diferente quando isso vinha de sua família. Era algo mais intenso e o deixava com frio na barriga. Ele percebeu que Jungkook realmente trabalhou para conseguir as melhores coisas para o seu acasalamento e, por todos os deuses, ele se sentia prestes a explodir em lágrimas. O que não fazia muito sentido, mas ele queria muito chorar naquele momento.

Antes do anoitecer, a cerimônia do casamento foi iniciada.

— Podemos começar? — perguntou o macho, que conseguia sentir suas mãos tremendo em ansiedade.

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