Por Você(s)

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Martina estava em uma das varandas do hotel, tentando se acalmar ao sentir o vento bater em seu rosto.

Ela havia ficado bem próxima dos membros do local, até os mais desconfiados, como Angel e Husk, passaram a simpatizar com ela.

Falando em Angel.

"Ei", ela se virou ao ouvir o demônio aranha chamar por ela.

Ele estendeu um maço de cigarros para que ela pegasse um, mas ela apenas negou educadamente e voltou a olhar para o ambiente.

"Problemas com o tela plana?"

Tina voltou a olhar para ele, "Como você sabe?"

Angel sorriu, "Só um palpite. Você é completamente apaixonada por ele", ele deu uma tragada no cigarro, "Por quê não me conta o que aconteceu?"

Ela suspirou, "Ele têm estado muito distante de mim...Eu tenho uma coisa que preciso contar a ele e não sei se tenho coragem agora..."

O sorriso sarcástico no rosto de Angel sumiu e doi substituído por um olhar empático, "Quer contar pra mim?"

Tina tentou começar a falar mas, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, sentiu uma ânsia de vômito subir pela sua garganta. Cobrindo a boca com as mãos, ela correu para o banheiro mais próximo. Angel largou o cigarro com rapidez, a seguiu e a auxiliou durante aquele momento delicado.

Após saírem do banheiro, Angel a levou até o quarto dele. No caminho, ele voltou a abordar o assunto, "Acho que já entendi..."

Ao entrar no cômodo, ele a sentou na cama e lhe deu um copo de água, "Há quanto tempo você sabe?"

Ela fechou os olhos com força, "Há um mês..."

"Caralho!", Angel se sentou ao lado dela, "Olha, você não vai conseguir esconder isso pra sempre."

"Eu sei, mas ele têm sido tão, tão...Argh, ese capullo!"

Angel riu, "Você ama mesmo ele, né vadia?"

"Amo."

"Olha, minha experiência com os 'Vês' foi uma merda completa..."

"Compreensível, o Valentino é o pior."

Angel assentiu, "Mas, vendo você e o Vox, eu acho que o 'zé polegadas' é realmente capaz de amar alguém."

Ele colocou uma das mãos no ombro dela, "Diz a verdade pra ele."

"Eu tô com muito medo."

"Ei, se ele for escroto com você, você têm um hotel cheio de inúteis pra te fazer companhia", Angel piscou para ela.

Tina sorriu e o abraçou. Angel ficou um pouco chocado, mas retribuiu o gesto, talvez essa seria uma boa amizade.

Eles só não esperavam que outra pessoa estaria ouvindo a conversa atrás da porta. A revelação de Tina deixou Alastor irritado, agora seria mais difícil afastá-la de Vox.

~

Vox estava em seu escritório analisando alguns relatórios e projetos de marketing quando ouviu uma batida da porta.

"Entra."

Ao ouvir a permissão, Martina girou a maçaneta e entrou na sala, "Está ocupado?"

Vox rapidamente se levantou e foi em direção a ela, a abraçando com força, "Bonequinha..."

Tina sorriu e se entregou ao toque dele, "Oi..."

"Achei que você ainda 'tava brava comigo..."

"É, tô só um pouquinho", ela respondeu.

Ele deu um beijo na testa dela, "Então me deixa consertar as coisas?"

"Como?", Tina questionou.

"Bom...Eu consegui um dia inteiro de folga amanhã e quero passar ele com você."

Martina estava gritando por dentro, mas ainda não queria perder a oportunidade de provocá-lo, "Oh, é mesmo? E você lembrou de dar o dia de folga para essa sua funcionária tão leal?"

Vox revirou os olhos com um sorriso e a agarrou pela cintura, "Sua agenda tá completamente limpa", ele voltou a agarrá-la e tentava beijar seu pescoço, ela entendeu exatamente aonde isso iria chegar e lembrou do motivo de ter ido falar com ele.

"Vox, não...Não."

Vox a soltou de forma confusa, "Ei, calma. Você não quer fazer isso no escritório? Tudo bem, a gente pode subir pro quarto rapidinho."

Ele tentou se aproximar dela de novo, mas ela segurou seus braços, "Não, você não entendeu. Eu preciso te dizer uma coisa."

Ela o puxou para se sentar em um sofá próximo e permaneceu com suas mãos nas dele, "Eu nem sei como te contar..."

"Amor, você tá me deixando preocupado", ele respondeu enquanto apertava as mãos dela com mais força.

"Vox, você se lembra que há um tempinho a gente...Transou?"

Vox riu um pouco, "Amor, eu não vou lembrar de todas as vezes que a gente transou-"

Ele percebeu o olhar apreensivo no rosto dela e parou de rir, "Mas eu lembro dessa vez sim, foi há uns 2 meses?"

"Três...", ela o corrigiu.

Ele não ainda não estava entendendo, "Tina, o que está acontecendo?"

Tina suspirou, tirando um objeto do bolso, o entregando a Vox. Quando aquilo foi colocado em suas mãos, o soberano finalmente entendeu e um sorriso começou a se formar em sua tela.

"Eu estou gravida, Vox."

Essa era a confirmação que ele precisava. Vox não disse nada e apenas a puxou para um beijo apaixonado e esse gesto aliviou o nervosismo de Tina.

Ao se afastarem, Vox continuou segurando o rosto dela e continuou distribuindo beijos ao redor dele, fazendo-a rir.

"Eu vou ser pai?!"

"Vai!"

"Eu vou ser pai! Porra!"

Vox a pegou em seus braços e a girou pela sala, "Eu te amo pra caralho!"

"Ai! Eu também te amo!", ela ria.

Depois de alguns segundos, ele a colocou no chão, mas ainda a manteve em seus braços.

"Há quanto tempo você sabe?"

"Descobri há um mês..."

Quando ela disse isso, o sorriso dele desapareceu, "Um mês? E quando você iria me contar? Quando o bebê nascesse?"

"Vox, me desculpa, mas você estava tão focado e afastado de mim, como eu poderia te contar sobre uma mudança tão grande?"

Vox suspirou, ela tinha razão. Aquela era uma notícia importante e ele não havia sido um bom parceiro nos últimos tempos, "Você tá certa. Mas eu prometo que a partir de agora isso vai mudar, eu vou fazer de tudo por você, por vocês..."

Tina sorriu e o abraçou novamente, ele buscou colocar as mãos na barriga dela, sabendo que agora ela carregava um pedacinho dele.

~

Depois de alguns dias, Velvette e Valentino foram os primeiros a saberem sobre a gravidez de Martina. Valentino não poderia e importar menos com aquela criança, mas Velvette mal podia acreditar que seria tia (agora ela teria um modelo para roupas de bebê).

Depois, foi a vez dos membros do hotel. Todos ficaram felizes por Tina, Charlie principalmente, ela pulava de alegria. Mas Alastor agiu de maneira um pouco estranha, mas ela já esperava isso, afinal, o bebê era de Vox.

~

Alastor andava pela cidade com um sorriso irritado no rosto, nem mesmo ele sabia para onde estava indo.

Até que parou na porta de um clube quando um pecador foi arremessado de dentro do estabelecimento e caiu praticamente ao seus pés, desacordado.

"AQUELA VADIA!", Alastor ouviu um grito de dentro do clube, reconhecendo a voz de imediato.

Ponto Fraco (Vox × OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora