𝐄𝐭𝐫𝐚𝐦

Marly e Theodoro

-hoje, você vai provar o nosso famoso café, mas
Antes disso, vamos dar uma última volta no cemitério para averiguar se tudo está em ordem.

-Café?! Esse é aquele líquido preto que você tomou hoje de manhã?

-Sim! É ótimo para renovar as energias!

Toma-se um curto silêncio. Pensou o acho por uns minutos e…

-Sr.coveiro, qual é o seu nome?
Nem cheguei a me apresentar! Perdoe-me os modos. Me chamo Marly.

-ora! Conversamos tanto, que nem percebi esse detalhe!...  Perdoe-me também, Marly.
Me chamo Theodoro, ou se preferir, pode me chamar de Sr.coveiro.

Os dois entraram em gargalhada. Era uma graça que só eles entendiam.
Theodoro aproveitou aquela ocasião para mostrar à Marly as curiosidades do cemitério.

-Aqui Marly, é onde mora a cotovia.
Se olhar de noite para aquele prédio, verá algumas mortalhas esperando os ratinho bobinha.

-Coitado deles! Eles não sabem se defender delas!?

-Não, mas conseguem fugir, se forem espertos.
Olhe essa lápide.

-”não espere cinquenta anos para dizer que ama uma pessoa”. Me parece triste a história do homem que foi enterrado aqui…

-E foi triste, Marly. Dizem que esse senhor, morreu de takotsubo.

-isso é alguma doença humana?

-sim… é síndrome do coração partido.
O ser humano conseguiu criar a pior doença do mundo: o amor.

-O que é o amor?

-O amor tem vários significados, Marly.
Amor, pode ser um ato de grande admiração por algo ou por alguém. Pode ser uma ação de carinho, ou uma vontade constante de querer alguém ao seu lado para todos sempre! Mesmo que o pra sempre acabe. Amor também é querer o bem do outro…

-o amor parece ser transformador. Pena, que amar demais pode levar à morte.

-Pelo menos, se você morrer Amanda alguém, não morrerá sozinho.

Riu o coveiro para o anjo. O cansaço de seus olhos pareciam sumir. Então pensou o anjo:

(Será que o amor é capaz de curar todas as enfermidades do mundo?)

Assim o anjo dormiu pensando na resposta para sua pergunta.