04 - Baixo

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    — Não acredito que deixei você me convencer a vir aqui - Murmurei para Dinah enquanto caminhávamos pela entrada em direção à casa onde vai ocorrer a festa.

    — Qual é, Mila. É sexta à noite. Até um professor se diverte de vez em quando. -  Ela bagunçou meu cabelo e caminhou até a porta da frente. Dinah parecia muito sexy em um vestido vermelho sereia que marcava cada centímetro de seu corpo e sapatos de salto alto que acabariam com seus pés antes da noite acabar. Talvez ela devesse virar uma podóloga se quisesse torturar seus pés daquele jeito.

    Ally passou seu braço pelo meu e me apertou.

    — Isso vai ser divertido, Mila. É exatamente o que precisamos! - Ela usava um vestido verde escuro que esvoaçava quando ela girava, o que ela fazia muito, mesmo durante nossa curta caminhada desde nosso apartamento. Eu estava de jeans preto e uma blusa roxa emprestada de Dinah, que elas me disseram que fazia eu parecer gostosa e acessível. Não me senta uma gostosa e muito menos acessível, mas não havia nada de errado com propaganda enganosa, eu suponho. Isso acontece o tempo todo e em todos os lugares.

    — Anime-se, mulher! Por que você está de mau humor? - Eu dificilmente poderia dizer a ela que não tinha notícias da "minha" Lauren desde que enviei aquelas mensagens um tanto atrevidas para acompanhar minha palavra e que estava me sentindo deprimida novamente. Realmente, era ridículo demais para por em palavras. Lauren era uma grande estrela de cinema promovendo um filme e dificilmente poderia esperar que ele ficasse grudado em seu telefone. Mesmo eu não estou grudada ao meu. Eu o senti repousando de forma tranquilizadora no bolso da minha calça jeans. Bem, talvez eu estivesse colada nele, mas eu tinha 22 anos e era uma mulher. Isso faz parte da minha constituição genética.

    — Eu não estou de mau humor! - Protestei. Dinah já estava lá dentro e eu me preparei para entrar na festa. Ally tirou uma mecha de cabelo dos meus olhos.

    — Sim, você está. Ouça, Mila, não é sobre a Lauren, é? - Eu me encolhi. Como diabos ela sabia?

    — O que?

    — Olha, eu sei que estou meio envolvida com a ideia dela, mas você sabe que você sempre vem em primeiro lugar, certo? - Seus olhos castanhos imploraram para que eu entendesse e eu soltei o ar que estava prendendo sem saber.

    — Allyson, você é louca, mas eu te amo mesmo assim. - Ela fez beicinho.

    — Você acha que é uma loucura eu estar brincando e conversando com ela?

    Eu pensei que era uma loucura?  Não, porque eu estava fazendo a mesma coisa, mas espero estar falando com a de verdade.

    — Não, tudo é possível. - Ela sorriu brilhantemente.

    — Exatamente! Não há nada de errado em tentar. E falando nisso, é hora de entrar lá e mostrar aos garotos que Camila Cabello está de volta! - Neguei com a cabeça, mas deixei que ela me arrastasse para dentro de qualquer maneira.

    O lugar costumava ser o próprio caps, e não tinha mudado muito desde o ano passado, quando eu era uma espécie de presença constante aqui. Meu nome foi chamado por vários rostos e eu sorri e acenei enquanto caminhava até a pilha de caixas de isopor. Posso muito bem fazer o que vim fazer aqui. Peguei um copo de plástico vermelho brilhante e esperei na fila com Ally. Ela riu e me cutucou quando viu quem estava enchendo os copos. Reprimi um gemido.  Shawn Mendes. Bem, eu sabia que não seria capaz de evitar vê-lo nesta festa. É melhor acabar logo com isso.

    Nos aproximamos dele e Matthew sorriu amplamente para mim.

    — Oi, Camila! Como você está? Faz muito tempo desde que nós vimos! - Ele fala. Você quer dizer há muito tempo que não me vê seminua, não é, Matthew?  Eu juro que ele tinha um radar para quando eu estava sem roupa no quarto deles e de alguma forma conseguia entrar todas as vezes.  Aposto que ele tinha câmeras apontadas para a cama de Austin. Nojento.

Word with friends ( adaptação CAMREN )Onde histórias criam vida. Descubra agora