Sim, Senhor!

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!!! ATENÇÃO: +18 - Hot Kelmiro; Ramiro Passivo!!!

Sim, rolou e assim... Eu tô em choque!

Sempre deixo o personagem tomar a escrita, me contar o que aconteceu e eu juro...

Que delícia!

Leiam o capítulo antes de quererem matar o Ramiro por ter transado antes de contar sobre ele e a Aline. Se acalmem, em breve ele vai contar!

A outra metade do Ramiro, a que tem cérebro mas não pau, vai ajudar o irmão

Peguem as garrafinhas de água!

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Início de Flashback

- Boa tarde, eu sou o sargento Kelvin Santana Neves e sou chefe do batalhão e cavalaria do Rio de Janeiro - Kelvin se sentia nervoso, falando num microfone para um pelotão de quase duzentos jovens soldados e recrutas, no novo batalhão inaugurado em Biguaçu - Estou no exército há menos de dez anos, e eu posso dizer que o objetivo que me fez ingressar na ESA, hoje não é mais o mesmo.

Os homens o olhavam silenciosos, com atenção, porém espanto. Como assim, seu objetivo de ser militar havia mudado?

- Quando eu entrei no exército, era muito jovem. Tinha dezoito anos, e estava cheio de sonhos. Um deles, era o de ajudar a humanidade, e pra isso, nosso exército presta apoio em vários lugares do mundo. - Saiu de trás da bancada em que estava apoiado, indo para frente do pelotão que estava sentado e mostrando seu corpo todo

Usava uma farda oficial de cerimônia. Verde escuro, coturno por dentro da calça de linho, quepe, as medalhas alinhadas

- Eu acreditava que salvar a humanidade era participar de alguma guerra, mesmo que nunca tenha sido a favor! Confesso até que tenho pavor de armas, meu marido tem várias num cofre e eu ainda quero que ele se desfaça delas! - Riu com a cara de espanto dos militares ao ouvirem que... - Sim, eu tenho um marido. Um militar, inclusive! Mas eu não vim aqui falar do sucesso do meu casamento!

Agora ouvia risos suaves dos soldados

- Eu estudei fisioterapia após passar na ESA, porque acreditava que em algum lugar do mundo, poderia servir o ser humano. Cavalos sempre fizeram parte da minha vida, eu também sou do sul, gaúcho de Passo Fundo, quase nascido num chaparral - Será que Ramiro gostaria de conhecer sua cidade? - E quando tive a oportunidade de ir trabalhar na cavalaria do exército, não perdi a chance!

Não conseguia falar sem andar, estava nervoso, mas não deixava transparecer. Estava gravando tudo para que Ramiro assistisse depois, queria que o marido se orgulhasse de si

- E lá na cavalaria, percebi que os cavalos mais velhos e doentes acabavam sendo sacrificados ou doados, mas eu sempre sentia no meu coração que eles, assim como nós, que muitas vezes voltamos acidentados de missão, ainda somos úteis! - Todo homem ainda seria útil para a humanidade! - E que se juntos, homens e cavalos, combatem pelo outro, deviam juntos também se recuperar!

Estava emocionado, se lembrando da relação que tinha com Primavera, e da relação de Ramiro com Farifa

- Então com a ajuda do Sargento Gabriel, antigo chefe da cavalaria e batalhão, iniciei o projeto de equoterapia, usando cavalos mais velhos e adoecidos com militares acidentados. - Abriu uma foto num telão, mostrando alguns pacientes e cavalos se tratando - Aqui há muito mais do que vantagens motoras de montaria. Há conexão, carinho, superação!

Mudou a foto do telão, tinha agora uma de Ramiro na cadeira de rodas, com a cara fechada, o semblante de um desistente

- Esse foi meu primeiro paciente. Ele podia voltar a andar, mas negava a fisioterapia porque não confiava mais em si. - Como Ramiro havia mudado... E se nunca tivesse andado mais, ainda o amaria! - Foi através de muita paciência, com a ajuda do Farifa - Mostrou a foto do sargento com o cavalo - Que aprendeu a confiar em si e ter esperança. Passou a se esforçar e finalmente conseguiu andar

Feridas de Combate Vol.2 - AU Dimaury/KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora