Rafaella
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Escondi minha aliança no bolso da calça jeans e caminhei até meu
irmão, vendo que ele cuidava do seu cavalo próximo à porteira do estábulo, com o chapéu cobrindo boa parte do seu rosto.Não sabia dizer qual era o humor de Renato naquele momento, mas
arrisquei uma aproximação.Ainda não havia contado a ninguém sobre meu noivado com Gizelly,
estava esperando o momento certo para fazer aquilo.— O que você está fazendo escondida aí?.- ele indagou, de costas, e eu
pulei de susto.Não estava realmente escondida, mas também não queria ser pega no
flagra.— Eu queria falar com você.- Tomei coragem, aproximando-me dele.
Meu irmão colocou de lado a escova grande que usava em seu cavalo e me
encarou com uma expressão curiosa.
— Sobre uma coisa. Uma coisa pequena.— Rafaella fala logo.- advertiu, fazendo-me sorrir, um sorriso meio nervoso e nem um pouco confiante.
Não sabia o motivo de estar com medo.
Renato depois que aceitou meu relacionamento, estava fazendo tanto caso de Gizelly e eu nos casarmos, que com certeza ficaria aliviado.
— Por acaso a empresa faliu e vamos ter que vender tudo? — arriscou
um palpite com um sorriso no rosto.Eu sabia que ele estava brincando, pois havia visto os relatórios.
— Nada. — Balancei a mão no ar. — Inclusive, Bianca, Dani e eu temos uma reunião com você ainda essa semana.
Vou apresentar os balanços do primeiro mês e...— A Dani vem?
Observei sua expressão de contentamento que ficou clara, conforme meu irmão passava a
mão entre os fios castanhos em um gesto nervoso.— Sim, ela vem. E eu preciso dela nisso também.- disse ainda observando sua expressão. — Amanhã não vai dar, pois, é meu aniversário, mas se tudo der certo, vemos isso no fim de semana e...
Ele não me pareceu muito convencido.
— Não acho que seja isso que você tenha vindo me falar, então começa
logo, pois senão minha mente vai investir nos piores cenários.- falou
emburrado.Eu procurei tirar minha mão de dentro do bolso do casaco que vestia,
levantando-a no ar.— Gizelly me pediu em casamento.- Falei, esperando sua reação.
Meu irmão demorou para esboçar qualquer emoção, e eu franzi o cenho
com aquilo.— Um dia antes do seu aniversário? Ela por um acaso é maluca? Não podia
fazer no dia?Sua indignação me fez bater em seu ombro, irritada.
— Fica quieto! — exclamei vendo Tato rir. — Ok, já contei. — Você
queria um casamento, então vai ter. Vou me embora. Dei meia-volta, porém sua voz me fez parar.— Quer mesmo se casar?
A pergunta me pegou de surpresa.
Eu esperava qualquer coisa, no jeito irritante de Renato de parabenizar
e demonstrar carinho, menos aquilo.Eu me virei para ele, encarando a aliança em meu dedo e sorri.
Se eu queria mesmo me casar?
Era claro que sim.
Gizelly Bicalho era o amor da minha vida e não sabia como demorei tanto tempo para aceitar isso.
—É claro que eu quero.- Respondi sincera, segurando minha mão contra meu peito. — Eu a amo muito, tato e não tem um dia que não me sinta menos do que feliz por tê-la comigo.
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MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)
FanfictionGizelly Bicalho é uma CEO, mãe de uma menina de 5 anos e ex-canalha, pois desde que a pequena Sofia chegou em sua vida, tudo mudou. Ela vive para a filha, e apesar de saber que ela poderia ter outra figura feminina ao seu lado, não está disposta a...