-Lana Mercer
Quando abri os olhos, estava tonta e com a cabeça latejando. Levei um tempo para ajustar a visão e perceber onde estava. A princípio, tudo parecia estranho e confuso, mas, depois de alguns minutos, reconheci o quarto. Estava na casa dele, na ala dos quartos de hóspedes.
Tentei me levantar, mas a sensação de tontura me fez recuar. Esperei um pouco até me sentir melhor, então me sentei à beira da cama. Tentei relembrar o que havia acontecido. Lembrei-me da discussão, dos insultos trocados entre nós, e da injeção que ele me deu.
Antes que pudesse pensar em uma forma de escapar, a porta do quarto se abriu, e ele entrou com uma bandeja nas mãos. Havia comida: um prato de sopa e pão fresco, além de um copo de água. Ele me olhou com uma expressão tranquila e colocou a bandeja sobre uma mesa próxima.
Ryder: Você está se sentindo melhor?
- Ele pergunta com a voz calma.- Como você acha que eu estou?
- Respondi, ainda brava.Ryder: Você precisa comer algo e descansar.
- Ele insistiu, ignorando minha provocação.- Você não deveria ter me dado aquela injeção. Isso é uma loucura!
Ele suspirou, parecia arrependido.
Ryder: Eu não queria fazer isso, mas você não me deixou escolha. Eu só queria garantir sua segurança. Não quero que você se machuque.
Eu queria gritar com ele, mas a verdade era que eu não tinha forças para continuar discutindo. Ele parecia estar sendo genuíno, mesmo que a situação não fosse a que eu desejava. Além disso, a comida me chamou a atenção. Estava com fome.
Ele se afastou, me dando espaço.
Ryder: Vou deixar você comer em paz. Depois, podemos conversar sobre tudo isso.
Quando ele saiu, me aproximei da mesa e examinei a comida. Ela parecia boa e fresca. Comi um pouco de sopa e pão, precisando repor minhas energias.
...
Quando eu terminei de comer e me deitei novamente na cama, o cansaço me atingiu como uma tonelada de tijolos. Eu precisava fechar os olhos e descansar um pouco para tentar lidar com tudo aquilo. Quando acordei, a noite já havia chegado, e as sombras escureciam o quarto.
Antes que pudesse pensar em qualquer coisa, ele entrou no quarto, me assustando com sua presença repentina. Ele estava com um cigarro na mão, tragando calmamente, mas o olhar em seus olhos era de raiva. Caminhou até a janela, e eu me sentei, me preparando para o que ele ia dizer.
Ryder: Quem é essa pessoa aqui no seu celular?
- Ele perguntou, me mostrando o meu próprio celular.Fiquei chocada por ver meu celular nas mãos dele.
- Como você conseguiu meu celular?
- Questionei, tentando esconder minha surpresa.Ryder: Não importa.
- Ele respondeu, ignorando minha pergunta.Ryder: Responda minha pergunta. Quem é essa pessoa?
- Você não tem o direito de mexer no meu celular. - Retruquei, levantando-me da cama.
- Me devolva agora mesmo.
Ele riu, mas não era um riso de humor, era um riso de ódio.
Ryder: Eu tenho o direito de saber com quem você está falando. Você está planejando alguma coisa?
- Eu nem sei do que você está falando.
- Rebati, irritada com o fato dele mexer nas minhas coisas.- Me devolva o celular agora!
Ryder: Você estava tentando fugir, não estava? Quem é esse cara no seu celular?
- Eu não vou responder suas perguntas
- Digo, tentando recuperar o telefone, mas ele segurou-o firmemente.Ryder: Eu faço o que preciso para manter você segura.
- Ele disse, os olhos estreitos enquanto me encarava.- Segura?
- Eu rebati, incrédula.-Você me mantém presa aqui contra a minha vontade! Isso não é segurança, isso é loucura!
Ele deu outra tragada em seu cigarro, mantendo a expressão séria.
Ryder: Eu já disse, faço o que preciso.
- Você poderia ter me conquistado de outro jeito.
- Digo, tentando me acalmar.-Você não precisava ter feito tudo aquilo, até matar o Ethan!
A reação dele foi imediata. Seus olhos se encheram de fúria enquanto ele me encarava intensamente.
Ryder: Você não sabe nada sobre isso!
- Ele grita, jogando o cigarro no chão e pisoteando-o.- Claro que sei! Você está obcecado comigo! - Respondi.
Ele sorriu friamente.
Ryder: Sim, eu fiz o que precisava ser feito para te manter segura. Se você quer culpar alguém, culpe a ele por te colocar em perigo. Ele tinha que morrer.
Eu me afastei, incapaz de acreditar no que ele estava dizendo.
-Você é um monstro!
Ele se aproximou de mim, segurando meu braço com força.
Ryder: Não me chame assim! Eu fiz o que tinha que fazer para te proteger! E farei de novo se for necessário!
Eu tentei me soltar, mas ele segurava firme.
- Você não vai me manter aqui para sempre! Eu vou sair!
Ele apenas riu novamente, um riso cheio de desdém.
Ryder: Não, você não vai sair. Agora você me pertence, esqueceu?
Ele me soltou com força, deixando-me cair de volta na cama. Saí do quarto, levando meu celular com ele. A raiva e o medo estavam misturados dentro de mim. Eu precisava encontrar uma maneira de escapar daquela situação, antes que fosse tarde demais.
Maldito.
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Dark Desires
RomanceEm um mundo mergulhado na escuridão, dois corações se encontram em uma dança perigosa entre amor e destruição. Envolvidos em segredos sombrios e paixões proibidas, eles lutam para resistir às forças que os separam, enquanto enfrentam suas próprias b...