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Emma Myers

- Tá bom porra. - Falei pra Ava.

- Caralho Emma,ela tem doze anos. - Disse entrando no quarto.

- Eu só disse que ela é bonita,fofa e legal.

- Você tá querendo se relacionar com uma garota de doze anos.

- Olha quem fala hein,você tava fudendo e pedindo foto de boceta pra uma garota de quinze,e você tem vinte.

- A grande diferença é que ela é madura e já é adolescente,essa garota que você tá falando tem doze e é inocente.

- Sai da porra do meu quarto Ava,eu só quero amizade com ela.

- Veremos Emma,mas pelo amor de Deus,ela é praticamente uma criança,não tira a mente inocente dela.

- Ok maninha linda do meu coração.

Gwendoline Christie

– Que foi neném? – Perguntei entrando no quarto da Jenna.

– Lê. – Falou jogando um caderno.

Peguei e me sentei ao lado dela.

– Eu escrevi,lê pra mim agora.

– Ah sim,tá bom meu amor.

A gente se ajeitou e ela ficou aconchegada no meu colo enquanto esperava eu contar.

– A hora do pesadelo. – Li o título. – "Minha mãe reclamava que tinha muitos pesadelos, mas não dizia o que sonhava. Um dia fomos ao shopping e eu sugeri que ela esperasse na praça de alimentação, enquanto eu buscava nossa comida no restaurante. Quando voltei, a primeira coisa que fiz foi perguntar se estava tudo bem pois ela estava com uma aparência muito estranha. Ela respondeu que estava bem, finalizamos nosso almoço e fomos à escada rolante. – Fiz uma leve pausa. – Ao virar para conversar com minha mãe, quase infarto ao ver um homem com roupas do século passado segurando em um dos seus ombros e olhando pra mim com muita raiva. Na hora ela percebeu minha cara de choque e perguntou,gritando,porque eu estava daquele jeito. Eu contei o que tinha visto, ela começou a chorar e disse: 'você acabou de descrever o homem que tenta me matar todos os dias nos meus pesadelos'".

– Isso! – Jenna disse toda animada.

– Que história legal princesa.

– A outra! Lê a outra!

– Ah sim. – Passei a folha. – "Certa vez eu, meu esposo e mais um casal de amigos estávamos comendo pizza na nossa casa. Um amigo que era bem espiritual começou a se sentir mal na cozinha e disse que iria até o nosso quarto fazer uma oração. Esse bendito começou a se balançar pra frente e pra trás. De repente ele começou a dar uma risadinha que arrepiou. Eu e minha colega corremos para a sala, nos borrando de medo. Meu marido foi até ele e depois voltou dizendo que ele queria falar comigo. – Fiz uma pausa. – Fui pro quarto (não passava um fio de cabelo na rodela). Ele parou na minha frente, os olhos fechados meio revirados, fez uns grunhidos e disse "essa é minha casa", depois ele se ajoelhou, beijou meus pés , passou a mão na minha barriga e fez gesto de ninar. Quando ele abaixou novamente o celular tocou bem alto e ele saiu do transe. Cerca de um mês depois descobri que estava grávida, talvez isso explique o gesto de ninar. Meu sogro havia falecido há oito meses, talvez isso explique o 'essa é minha casa'. Até hoje morro de medo"

– Eu achei na Internet,legal né? – Perguntou olhando pra mim toda animadinha.

– Sim,super legal. Mas eu acho que você não deve pesquisar muita coisa assim na Internet,vai abacar achando coisa errada.

– Tá bom. – Fez um biquinho adorável e eu deixei um beijo sobre a bochecha dela.

– O que acha de saber sobre Chernobyl mãe me disse que você não sabia sobre.

– Isso! Pode falar.

– Chernobyl foi um acidente nuclear catastrófico ocorrido entre 25 e 26 de abril de 1986 no reator nuclear nº 4 da Usina Nuclear de Chernobil, perto da cidade de Pripiat, no norte da Ucrânia Soviética, próximo da fronteira com a Bielorrússia Soviética. – Falei e Encarei os olhinhos castanhos com curiosidade. –  O acidente ocorreu durante um teste de segurança ao início da madrugada que simulava uma falta de energia da estação, durante a qual os sistemas de segurança de emergência e de regulagem de energia foram intencionalmente desligados.Uma combinação de falhas inerentes no projeto do reator, bem como dos operadores dos reatores que organizaram o núcleo de uma maneira contrária à lista de verificação para o teste, resultou em condições de reação descontroladas.

[...]

Abracei minha namorada por trás e percebi ela se assustar.

– Oi minha vida. – Falei dando um beijo no pescoço dela.

– Eu fiz um lanchinho pra Jenna,ela desceu com você? – Perguntou.

(Poucos minutos antes)

– Titia Gwen. – A garotinha me chamou com uma voz sonolenta. – Soninho.

– Vem aqui neném,eu coloco você pra dormir um soninho.

(...)

– Ela dormiu.

– Ah,pelo menos isso. Hoje ela acordou cedo demais,tive que levantar as quatro e quarenta porque ela queria comer e tinha feito xixi na cama.

– É uma neném apenas.

– Uma neném que dá muito trabalho pra cuidar.

– Você tinha que buscar o Markus no treino não?

– Ah,ele vai dormir na casa de um amigo hoje.

– Entendi.

– Segunda-feira! – Ouvi do nada a voz da Jenna. – Já são sete e vinte.

Ela correu e sentou no sofá com as pernas juntinhas e a coluna reta enquanto olhava pra portar.

– O que foi bebê? – Perguntei curiosa.

– Papai promete que volta segunda-feira as 19:40 em ponto. – Falou.

Sem entender olhei pra minha namorada que abaixou a cabeça.

– Você sabe que o pai dela a abandonou já faz alguns anos,mas ele disse pra Jenna que ia voltar pra casa segunda as sete e quarenta,já faz três anos e até hoje,toda segunda-feira a Jenna fica esperando ele.




(Não revisado)

Pequena viciada em Dinos(Jemma G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora