Maxwell Smith
Dizer que eu não me sentia mexido por Merlin, era negar a própria vida. Sempre reprimi o que sentia em sua relação pelo bem da minha amizade com seu irmão e pelo bem da relação entre nossas famílias. Ela era apenas uma garota, éramos quase quatro anos de diferença e isso com certeza não seria aprovado.
Desde a primeira vez em que bati os olhos nela, aos três e meio, eu senti uma necessidade enorme em tomá-la para mim. Olhar para ela, mesmo sendo de relance era como se meus olhos avistassem uma grande escultura escupida por Deus, o anjo mais belo que ele já havia feito em toda vida.
Respirava fundo diversas vezes para não perder o controle quando ficávamos na mesma presença, parecia ser um teste do universo para testar meus limites. Não negava que eu me sentia lisonjeado ao ver o quanto ela reagia a mim apenas por estarmos num mesmo ambiente, todos poderiam não notar, mas eu nunca deixei passar batido.
Fui tirado de meus devaneios quando ouço uma fraca batida na porta.
- Quem é? - pergunto enquanto girava a bola em meio dedo do meio.
- Eu sua mãe - respondeu de forma sarcástica.
- Estou ocupado – reviro os olhos, não estava nem um pouco a fim de conversar ou ver alguém.
- Só para te avisar que Mike está te esperando lá embaixo – avisa e logo após escuto o batucar de seus saltos se chocando contra o chão, saindo de lá.
Jogo a bola para algum canto e me levanto de forma impaciente, odiava ser incomodado ainda mais quando minha paciência não era uma das melhores. Suspiro e então saio do quarto.
Desço as escadas contando de dois em dois degraus até chegar ao solo, observo a frente e vejo Mike sentado no sofá e algo chama a minha atenção quando percebo Merlin sentada do outro lado conversando com a minha mãe, como se fosse amigas intimas.
- Nossa como cresceu! - minha mãe a encarava surpresa - você pequena já era uma princesa, agora que está moça está cada vez mais linda.
- Obrigada tia Emma, a senhora também está cada vez mais linda – dizia enquanto disfarçadamente senti o quanto estava corada, sem jeito pelo elogio exagerado.
- Quer algo? Um suco ou água - Emma se referiu aos dois e ambos negaram – bom, eu poderia ficar aqui e fazer um lanche, porém Marcus está me esperando lá na empresa. Mande um abraço para seus pais – despediu de Michael e depois de Merlin.
- Achei que me avisaria quando fosse vir – me direciono a Mike, ele se levanta e vai de encontro comigo.
- Foda-se – deu um sorriso sacana e logo sua expressão se neutralizou, ele se virou olhando para Merlin que ainda estava sentada no sofá e se voltou para mim – tenho que deixá-la na casa de alguma pirralha, aí já podemos ir.
- Contanto que não demore, ok – dei de ombros e notei seu semblante denunciar o quanto ficou incomodada.
- Então vamos – Mike se virou e seguiu para fora, ela veio logo atrás de mim. Sua tensão era perceptível.
- Mike, as 18:00 já pode ir me buscar. Não vai esquecer – alertou-o enquanto ela se sentava no banco de trás.
Eu estava no passageiro e Michael no motorista.
De vez em quando eu a notava pelo retrovisor, como eu estava usando óculos de sol em meu rosto, ela não notaria, mas sempre que dava a pegava me olhando também. Era estranha a sensação de conviver com uma pessoa e não poder se quer tocá-la e ter que ignorá-la.
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PARA SEMPRE, NÓS DOIS.
RomanceA doce Merlin Colby, se via apaixonada por Maxwell Smith, o melhor amigo de seu irmão. Nunca soube ao certo quando esse sentimento surgiu, mas havia certeza de que sempre esteve lá. Ela se via perdida em negar ou abraçar essa paixão que cada vez mai...