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Viktoria observa a mulher colocar o açúcar rosa em seu chá rosa, em uma xícara rosa, com uma colher rosa.
A sala inteira era rosa, com móveis rosa e milhares de retratos de gatinhos miando nas paredes da sala. Ela e Harry estavam na detenção, eram os únicos ali. Aparentemente, Harry também enfrentou a professora sobre suas práticas em aula.
— Vocês vão escrever algumas frases para mim, ok? - A mulher avisa Harry e Viktoria. O garoto se prepara para pegar seus materiais — Não! Não com a sua pena. Vocês irão usar uma especial que eu tenho!
Ela entrega uma pena preta e longa para cada um. Viktoria observa o objeto, desconfiada.
— Agora, quero que escrevam "Não devo contar mentiras" - Umbridge fala. Viktoria se vira para a mulher, irritada.
— Quantas vezes? - Harry pergunta antes que Viktoria falasse algo.
— Bem, digamos que o bastante para a mensagem penetrar - A mulher sorri.
— Não temos tinta - Viktoria avisa, perfurando a mulher com os olhos.
— Não precisam de tinta - Ela avisa. Ambos os alunos se entreolham, confusos, mas começam a escrever.
Viktoria torce a mão, sentindo um incômodo repentino em sua pele. A dor fica mais intensa conforme ela vai escrevendo.
Quando olha para sua mão, a frase "Não devo contar mentiras" aparece cortada em sua pele, assim como Harry.
— Sim? - A mulher pergunta quando vê as expressões de ambos os alunos.
— Nada - Harry fala.
— Resposta certa - Ela sorri — Pois vocês sabem que no fundo merecem serem punidos, não sabem?
Viktoria sente seu corpo inteiro tremer, ela iria se transformar se não saísse dali em questão de tempo. A punição acaba e eles são liberados.
A sueca corre para fora da sala, andando rápido pelos corredores, sem ninguém por perto. Harry a segue, perguntando se ela está bem.
Viktoria chega na parte de trás do castelo, se transformando finalmente. A fêmea olha para Harry, que ficou ofegante - e talvez um pouco assustado, mesmo já tendo a visto em sua forma de animago.
Harry observa o lobo visivelmente se acalmando. A fêmea escora suas costas peludas em uma árvore, voltando a sua forma humana. Viktoria regula sua respiração, se acalmando depois de tudo.
— Você está bem? - Harry pergunta, cauteloso.
— Estou - Ela se levanta, limpando sua roupa e o encarando seriamente — Não conte a Fred sobre isso.
— O que? Mas por que? - Harry questiona — Nossos amigos precisam saber o que aquela mulher fez com você.
— Se Fred souber, fará alguma bobagem e terá problemas - Viktoria argumenta — E ninguém além dos nossos amigos vão acreditar em nós, já não acreditaram quando falamos de Cedrico e Voldemort! Deixe isso quieto, Harry. Não precisamos arrumar mais problemas agora.
Ela passa por ele, voltando para dentro do castelo. Harry fica parado, encarando o chão enquanto pensa sobre o que Viktoria disse.
. . .
O grande grupo de alunos observava Flinch martelar um quadro na parede de pedra, "Aviso: Dolores Jane Umbridge foi nomeada para cargo de aura inquisidora de Hogwarts". Era o que estava escrito no pequeno quadro.
No jornal havia apenas o nome de Umbridge. Tudo era sobre ela. Na escola, ela se metia com professores e alunos, até mesmo Snape. Praticamente roubou o cargo de Dumbledore e estava fazendo da escola sua própria prisão cor de rosa.
Estragava as brincadeiras de Fred e George - que estavam trabalhando em seus próprios produtos para vender futuramente.
Mais quadros foram surgindo na parede, junto de mais e mais regras e avisos.
"Nenhuma música deve ser tocada durando as horas de estudo".
"Todos os produtos Weasley devem ser banidos imediatamente".
"Roupas adequadas e bom comportamento devem ser mantidos sempre".
Alguns dias atrás, Fred, Viktoria e alguns outros alunos quase foram acertados pela escada de madeira de Flinch, que andava para lá e para cá colocando quadros com regras pela escola.
E agora, neste exato momento, Umbridge expulsava a professora Sibila Trelawney, alegando que seu ensino em Hogwarts não tinha mais utilidade.
— Há dezesseis... Há dezesseis que eu moro e lesiono aqui - A professora choraminga — Hogwarts é minha casa. Por favor, não me expulse!
— Sabe que eu posso - Umbridge mostra o papel para a professora, que começa a chorar.
— Qual é o problema dessa mulher? - Viktoria murmura, olhando enojada para Umbridge.
— Até eu que não prestava atenção nas aulas dela, me sinto mal - Fred comenta.
— É verdade - George concorda.
— Cadê Dumbledore quando precisamos dele? - A sueca murmura, vendo Minerva acolhendo a professora.
— Algo a dizer, querida? - Umbridge pergunta a Minerva.
— Ah, há várias coisas que eu gostaria de dizer! - Minerva esbraveja.
De repente, Dumbledore surge, caminhando até elas.
— Professora Minerva, poderia levar Sibila lá para dentro, por favor? - Dumbledore pede.
— Obrigada! Obrigada, Alvo! - Sibila agradece, pegando na mão de Dumbledore antes de ser levada para dentro.
Viktoria segura o bíceps de Fred, apertando com força de nervosismo, vendo a cena se desenrolar em sua frente. Fred puxa a garota para si, a abraçando.
O ruivo observa a mão enfaixada de sua namorada, lembrando quando ela lhe disse que havia se queimado e quanto tentava fazer uma poção. Fred desconfiou, mas falariam sobre isso mais tarde.
— Será que devo lembrar-lhe que segundo o Regulamento de Educação Número 23 promulgado pelo Ministro, é—
— Tem o direito de despedir professores, entretanto, não tem autoridade para bani-los deste local - Dumbledore interrompe a mulher — Esse poder pertence ao diretor.
— Por hora! - Ela sorri.
— Não deviam estar estudando? - Dumbledore pergunta para a multidão de alunos, voltando para dentro do castelo.
— Vamos - Viktoria puxa os gêmeos — Preciso de um descanso e um chocolate quente.
— Com marshmallows? - Ambos os gêmeos perguntam animados.
— Sim, garotos, com marshmallows - Ela sorri, indo para a sala comunal.
