23- Capítulo

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Benjamin

Nem sempre conseguimos compreender completamente todas as emoções experimentamos. Acreditava que quando transasse com Eliana, minha intensa excitação se dissiparia e meus pensamentos se aquietariam. No entanto, ao terminar de fode-la, meu corpo parecia insatisfeito, minha mente retornava ao momento em que Júlia me beijou e sentia meu cacete ereto novamente. Foi então que percebi a dura realidade. O desejo excitando de fazer sexo não se extingueria com qualquer mulher, exceto aquela que era proibida. Não conseguia explicar para mim mesmo o porquê de todo esse alvoroço que sentia; talvez seja pelo fato de ela ser algo que não deveria ser tocado, o que despertava um interesse ainda maior do que o comum. Talvez só precisasse de mais uma noite com a minha estagiária para essa louco desejo de fode-la sumisse.

Só posso está ficando maluco!

Descontente com a confusão que permeia minha mente, ainda assim, entrei em contato com meu irmão para averiguar se Júlia estava em sua companhia.

Por que eu fiz isso?

Foda-se se estão juntos, isso não é da minha conta e realmente não me importo. Eles devem está provavelmente a essa altura fodendo iguais coelhos.

Porra por que está pensando nisso Benjamin?

- Ben? - Escuto a voz de Eliana, enquanto dirijo com os pensamentos distantes. - Estou te chamando já faz três minutos. No que tanto pensa?

- Nada. - Respondo seco.

- Olha apesar de todos os ocorridos entre nós dois, ainda sou sua amiga, você pode desabafar comigo.

- Só preocupação com o escritório. - Minto, enquanto faço uma curva.

- Fiquei sabendo que o escritório Balbino vai advogar para o cantor de rap famoso. Acredito que isso possa está te deixando tenso, mas fique tranquilo, você é o melhor.

- Obrigado pela confiança.

Ela fica em silêncio por mais dois minutos, e volta a puxar assunto, mesmo sabendo que a verdade é que não quero ter nenhum tipo de conversa.

- Sei que não quer entrar nesse assunto, porém quero te pedir desculpas por tudo e te pedir uma chance para sermos amigos. Ben nos conhecemos desde a infância, sinto falta das nossas saídas e bate papo.

- Eliana, neste momento da minha vida, não estou com disponibilidade para manter amizades, pois estou sobrecarregado de trabalho. Estou em uma fase em que devo me dedicar ao meu pai e aos assuntos do escritório. No entanto, saiba que não guardo ressentimentos em relação ao passado e ao que ocorreu entre nós.

Ela bufa ao ouvir minhas palavras e prefere ficar quieta o que me deixa aliviado. Estaciono em frente a sua casa e continuo frio.

- Foi boa noite, obrigada. - Ela diz, e solta o cinto. - Se quiser se divertir ou precisar de uma amiga para conversar você sabe onde me encontrar. - Ela me dá um selinho repentino no qual não consigo escapar e sai do carro exibindo seus longos cabelos negros e lisos.

Deslizo minha mão pelos meus cabelos castanhos claros e fico cético ao pensar que daqui algumas horas me depararia novamente com Júlia e me almodiçou ao recordar de novo de nosso ardente beijo.

Preciso evitar isso que estou sentindo ! Preciso me controlar!

Parto com meu carro em direção à casa do meu pai, onde estou temporariamente residindo. Recordo que há questões pendentes relacionadas à minha mudança, as quais adiei devido ao excesso de trabalho, encontrando assim uma desculpa para me ausentar do escritório. Não desejo ainda me deparar com Júlia; necessito organizar meus pensamentos e compreender o que se passa dentro de mim. Não posso esquecer que preciso ter uma conversa séria com o meu pai para entender o motivo de tanto ele querer proteger a estagiária, sei que tem algo de errado nessa história.

Meu Chefe Advogato Onde histórias criam vida. Descubra agora