12- Capítulo~

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Benjamin

Escuto o barulho dos dez despertadores que coloquei para acordar no celular e desperto sonolento, mal conseguindo abrir os olhos.

Estou fodido!

Penso em colocar no modo de soneca para mais quinze minutos, porém desisto. A última vez que recordo de ter colocado a soneca, literalmente apaguei e não ouvi mais despertador nenhum.
Me levanto da cama com o corpo pesado, me arrastando até o banheiro e vou direto para o chuveiro, tomando um banho gelado para despertar da sonolência e do cansaço.

Hoje é o segundo dia que provavelmente vou chegar atrasado no escritório, o que não é nada bom para a minha imagem de chefe.

Como daria sermão nos estagiários que tivessem a mesma atitude irresponsável?

Saio do banheiro e pego a toalha que está pendurada. Enxugo primeiramente meu rosto, e em seguida as partes do meu corpo. Envolvo o pedaço longo de tecido grosso pela minha cintura e caminho até o guarda roupa, a procura do meu melhor terno.

Visto minha cueca box com agilidade para não me atrasar mais do que já estou. Coloco minha calça social que está justa entre minha coxas definidas, e em seguida minha camisa social branca sem nenhuma mancha, extremamente alva. Passo a gravata entre meu pescoço, dando o nó correto e penteio meus cabelos castanho claro, olhando para o espelho. Pego o meu paletó preto e minha pequena maleta de couro que guarda meus papéis dos processos e o notebook.

Desço as escadas com passos largos e sou pego de surpresa pelo meu pai sentado na mesa de estar que fica em nossa sala. Sua carranca está visível e entrega o quanto está irritado por conta do horário que estou saindo de casa.

- Isso é horas Benjamin de acordar? - Ele indaga e apenas escuto o meu pai que está coberto de razão. - Dessa forma que você está assumindo o escritório?

- Me perdoa pai, amanhã estarei lá bem mais cedo. - Tento me redimir sabendo o quanto fui irresponsável as duas noites anterior.

Não estou agindo da maneira correta, devo ajustar tudo o que está saindo fora do eixo, começando a estar no horário correto no escritório e principalmente conseguir me livrar da Júlia.

- Espero mesmo Benjamin Balbino! - Ele se levanta da mesa e caminha em direção às escadas, subindo os degraus. - Tenha um ótimo dia e faça jus ao cargo que te dei.

Sinto meu pai desapontado comigo e uma parte de mim se senti mal e com parcelas de culpa. Não posso decepcionar meu pai, logo ele que apostou todas as suas fichas em meu potencial. Tento controlar meus pensamentos que fazem minha consciência pesar mais do que uma tonelada e pego a chave do carro para ir para o escritório. Saio de casa e entro na minha ranger rover e cronômetro o tempo que não está mais tão favorável para a minha pessoa. Quinze minutos atrasados, mais dez para poder está na empresa, somaria com vinte e cinco minutos de atraso.

Que vergonhoso Benjamin!

O pior será se a Júlia já estivesse lá trabalhando, seria uma diversão e tanto para minha secretária ao ver que deslizei mais uma vez do meu compromisso como chefe.

Alguns minutos se passam e com o carro em alta velocidade consigo chegar um pouco antes do previsto. Saio do automóvel ajustando o meu paletó preto que está impecável e abro a porta grande de blindex. Dou bom dia para secretária, mas ela tem um olhar incrédula, parecendo que viu algum fantasma.

O que está acontecendo?

Fico um pouco receoso e desaperto um pouco a gravata do pescoço. Entro na sala dos estagiários que me olham céticos e assustados. Paro no mesmo momento e fito os olhares deles.

Meu Chefe Advogato Onde histórias criam vida. Descubra agora