POV: Marília Mendonça.
Acordei com meu despertador berrando em meus ouvidos, me irritando em um nível enorme. Odeio acordar cedo, ainda mais quando eu sei que terei aulas de química. Bom, o professor de química havia ficado doente e acabou partindo dessa para uma bem melhor... com todo o respeito, mas que bom que foi.
Não me julguem, ele era um velho filho da puta de ruim e ainda por cima dava em cima das meninas.
Mudamos de professor! Eu conheceria o próprio Satanás hoje, pelo o que minha amiga Maraísa disse. Segundo ela, a nova professora era o diabo em pessoa! Ela era do tipo que ameaçava os alunos... surtada.
Me levantei rápido assim que ouvi os saltos de Dona Ruth me apressando. Corri pro banho e lavei meus cabelos, as vezes eu agradecia imensamente por acordar duas horas mais cedo (05:00) do horário de entrar no colégio. Depois de ouvir novamente a voz estridente de dona Ruth, saí do banho e fui a luta diária atrás do meu maldito uniforme... eu sempre perdia a maldita camisa.
Desisti de achar e coloquei a primeira que eu achei, desci correndo.
- MÃE, AOND- ela apareceu em minha frente com a camisa pendurada em seus dedos. Sua cara de ódio me deixava com medo.
- Vá se vestir adequadamente para o colégio. Já está mais que atrasada! Você ainda tem o treino de líder de torcida. Não quero atrasos, Marília.
- Eu sei, mamãe... desculpe-me, vou me vestir rapidamente.
Corri para meu quarto e vesti a bendita camisa. Depois de ter me olhado no espelho eu agradeci, de verdade, por ter me mudado para os EUA. Eu ficava uma gostosa com aquele uniforme! Agradeci também por nascer no Brasil, minhas curvas brasileiras ficavam tão bem marcadas na saia curta e colada... eu me comia se não fosse eu mesma... uma pena nenhuma garota achar o mesmo que eu.
Assim que ouvi os saltos de Sra. Ruth se aproximando com mais raiva, eu corri escada abaixo e parei ao lado do meu irmão mais novo. Ele olhou-me de cima a baixo e fechou a cara, me fazendo gargalhar.
- Eu acho desnecessário esse uniforme tão colado e curto! Não tem necessidade de vocês, meninas, irem assim. E se um dia um velho safado vim estuprar vocês? E se alguém vim passar as mãos na sua bunda, maninha? Nossa, eu mato o desgraçado.- sua raiva me fez rir alto, mas logo parei de rir ao escutar a voz raivosa, porém baixa de minha mãe.
- Não vejo necessidade para tal balbúrdia, Marília! Não é necessário rir tão escandalosamente assim. Ria igual uma moça de respeito.- Abaixei minha cabeça.
Vocês devem estar se perguntando do porquê dona Ruth ser amarga, rude e rígida conosco, né? Bom, vou explicar mais um pouco de minha família. Meu pai, Mário Mendonça, é dono de metade de Geórgia, ou seja, minha família é podre de rica. Minha mãe, Ruth Dias, era dona da outra metade de Geórgia! Nos tornando a família mais rica desse estado. Minha mãe foi criada por sua avó! Ela era uma mulher rígida. Tudo era controlado! Minha mãe nunca ficou acima do peso (assim como eu), também nunca ficou tão abaixo do peso. Suas refeições eram todas pesadas e controladas por sua avó! Nada de doces muito gordurosos, nada de fritura, nada de massas pesadas ou qualquer outra coisa que pudesse fazer minha mãe sair do seu peso. Ela era pesada toda semana! Se algo tivesse mudado ali, minha bisavó ficava maluca e fazia todo o cronograma de alimentação de minha mãe. Também não era só a alimentação! Tinha seu comportamento e sua postura como dama. Minha mãe nunca soube o que era deitar no sofá e ficar jogada ali! Se ela quisesse se deitar, tinha que pedir permissão e licença para tal ato. Desde pequena se sentava em postura de dama! As costas retas, pernas cruzadas, cabeça erguida, braços junto ao corpo, mãos em cima dos joelhos, olhar imponente e intenso. A fala dela era controlada! Falar o mínimo, porém educadamente, nunca gritar ou elevar a voz, rir com a mão perto do rosto, mas não o cobrindo, rir baixo, nunca alto. Ela aprendeu tudo isso com apenas 5 anos de idade... quase não teve infância! Nunca brincou na lama ou na areia.
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One Shots-Maralu/Mailila
FanfictionAlgumas One's do casal Maralu e outros do casal Mailila.