0.8 NÃO PRECISEI

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LÍDIA
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Aparentemente Léo Pereira achou o melhor jeito de manter sua irmã longe de problemas: Deixando-a responsável por seus sobrinhos.

Quando elas finalmente consegue se afastar deles encontra Gabriel na cozinha, sozinho e encarando um copo já vazio. Pela sua cara parecia que estava perdido, e que já havia tomado muito mais do que um só copo.

— Sabe que não adianta ficar encarando o copo né? Precisa realmente encher ele — ela se aproxima apoiando seu corpo na bancada.

— Você é muito engraçadinha para quem está na coleira do irmão — Gabriel revida desviando o olhar do copo para encara-lá.

— Acho que nós dois temos problemas com loiros — a garota olhava em direção a uma outra, era loira com o cabelo cacheado, por sorte a cozinha era fechada, então não dava para vê-los lá dentro — Sua namorada?

— Não, costumava ser — ele responde girando seu dedo sob a superfície do copo vazio — Como você sabia disso?

— Adivinhei, ela não desgruda da sua irmã e tem um grande Gabi na camisa dela — a garota responde rindo — E ela sabe que está solteira? — agora ela sente que tocou em um ponto delicado porque aparentemente ele fica sem respostas — Eu tirei as palavras da boca do grande Gabigol? E eu nem precisei tirar a roupa pra isso? Eu mereço um prêmio por isso.

— Quer dizer, não é tarde para tirar a roupa, quanto ao prêmio nós podemos pensar — o olhar dele penetra no dela, definitivamente era um convite, um quase irrecusável. A Lídia de alguns meses atrás se enfiaria em um banheiro qualquer e aceitaria o convite sem pensar duas vezes.

— Finalmente o artilheiro conseguiu uma cantada descente, para seu azar eu sou uma pessoa celibatária, uma nova mulher — Lidia ri quase gargalhando da reação que ele teve — O que foi?

— Eu não costumo receber muitos foras — ele cruza seus braços em frente ao seu corpo, meu Deus era impossível que Lídia não cedesse. Aquele corpo, aquelas tatuagens, o quanto seu irmão iria ficar puto, tudo girava a seu favor.

— Não precisa ficar chateado, se você chorar eu posso pensar — a fala dela faz com que Gabriel gargalhe, e ele faz isso enquanto puxa sua barba, literalmente qualquer banheiro agora acabaria com o tesão que Lídia estava sentindo.

— Você é debochada — ele conclui se aproximando de Lídia, que já estava sentada no balcão da cozinha, as mãos de Gabriel cada uma se direciona um lado do balcão, deixando-as bem próximas das coxas dela.

— Vindo de você é quase uma honra — eles já estavam tão próximos que Lídia conseguia sentir a respiração do atacante. Não era possível que na segunda festa que foi já iria desrespeitar a principal regra do seu irmão.

— Ainda acho que te conheço de algum lugar — ele fala, bem perto do ouvido dela.

— Vai por mim, se você realmente me conhecesse, não esqueceria — ela faz questão de responder bem perto do ouvido dele, quase sussurrando.

— Gabriel? — uma voz surge na porta da cozinha fazendo com que os dois deem um pulo de susto, encarando a porta assustados, era Gerson — Vocês dois não tem medo do perigo, poderia ser o Léo, saiam daí agora.

— Nós tomamos bronca, ele me assusta um pouco — Lidia fala rindo descendo do balcão e indo em direção a porta para seguir Gerson, que já havia deixado o cômodo quando sente uma mão a segurar.

— Celibatária hum? — a advogada encara o atacante que mantinha em seu rosto o mesmo olhar de desejo de antes de serem pegos.

— Se eu fosse você não debochava tanto, eu não precisei tirar a roupa para tirar suas palavras e não precisei nem te encostar para te deixar animado — ela morde sua língua descendo seu olhar para o volume que Gabriel tinha aparente em sua calça — Acho melhor você fazer uma hora ai artilheiro, ou vai precisar de uma desculpa para sua namorada.

— Isso não acabou doutora — é tudo o que ela ouve antes de deixar a cozinha sorrindo.

Com Gabriel ela se sentia ela mesma, a antiga ela, antes da faculdade, antes de Roma, se sentia uma adolescente irresponsável. Talvez fosse exatamente isso que seu irmão estivesse tentando evitar, e era meio irônico ele ser o responsável por aquilo, afinal ele tinha o apresentado.

Dessa vez até ela tinha que admitir que foi irresponsável, eles estavam na cozinha, poderiam ser pegos por qualquer um. Poderia ser Leo, Karoline, alguma das crianças, Pulgar, Dhiovanna, ou a loira que acompanhava Gabriel, com qualquer um eles estavam ferrados.

— Nossa, onde você estava? Já estava quase mandando resgate para você — Leo fala assim que vê sua irmã se aproximando, Helena já dormia sem seu braço e Mateo no de Karoline.

— O resgate sou eu no caso — Karoline levanta a sua mão livre para se identificar — Mas eu mandei ele sossegar e se acalmar.

— Eu estou aqui agora, nós já estamos indo? — ela pergunta um pouco envergonhada de terem feito eles esperarem.

— Nós estamos, mas você pode ficar se quiser, posso pedir para um dos meninos te levarem se você prometer não aprontar — as palavras de Leo fazem os olhos de culpa da garota percorrerem direto para o de Karoline, que parecia não entender.

— Não, eu vou com vocês, já estou cansada também — a advogada responde, mas a frase parece assustar seu irmão.

— O que a Itália fez com a minha irmã? — o zagueiro pergunta caminhando em direção a porta, fazendo-a rir — Bom não importa, pelo menos eu não preciso escolher um menos pior desses meninos para confiar sua vida.

— Só por curiosidade, quem seria? — a loira pergunta encarando o namorado que parece pensar por uns instantes.

— Provavelmente o Gerson, ele me parece mais responsável — ele conclui depois de muitos análise.

— Nossa, eu acho ele um gato — Lídia faz questão de comentar tirando uma gargalhada da sua cunhada.

— Garota... — Léo fala com voz de desgosto enquanto encara a irmã, que ria dele ter levado a sério.

Assim que eles saem da casa encontram Gabriel discutindo com a loira perto do seu carro, a discussão parecia bem acalorada com direito a dedos dela na cara dele. Eles param assim que notam a presença de mais gente, apenas acenando em despedida e voltando a se encarar.

— Não vi o Gabriel nem um minuto com a Júlia hoje, a não ser agora que estão brigando — Karoline comenta assim que Léo da partida com o carro. Então o nome dele era Júlia.

— Normal, eles estão sempre brigando — o zagueiro explica para a namorada — Eu nem sabia que eles tinham voltado até hoje.

— Que pena, ela é tão legal — a loira conclui.

— Mas não é para o Gabriel, ele precisa de desafio, alguém mais como ele — Leo finaliza e os olhos de Karoline vão direto, disfarçadamente, para a canhada. De alguma forma bizarra ela parecia ter entendido — Igual eu achei você.

— Ai arrumem um quarto, tem crianças aqui atrás — Lídia resmunga com o beijo dado pelo casal no banco da frente — Eu inclusa, que nojeira.

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• EU NÃO ACHEI QUE FOSSE SER TÃO DIFÍCIL ESCREVER COM O GABRIEL, ENTÃO, POR ENQUANTO ESSA FIC VAI FICAR EM PAUSA.

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DOUTORA PROBLEMA || GABIGOLOnde histórias criam vida. Descubra agora