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Capítulo 3

Além de Chuuya, Fyodor não se apaixonou por outras pessoas.

Não por falta de oportunidade, ele apenas não estava interessado. As pessoas não o agradavam, o instigava.

Então, mesmo doendo um pouco o seu orgulho ele admite que não sabe o que fazer para seduzir Chuuya.

Ele o deu flores e uma carta romântica.

Ele não assinou com o nome, Chuuya ainda não o vê como uma opção romântica. Mas agora ele sabe que alguém está interessado.

Talvez assim ele não pense tanto em Dazai.

Falando no Dazai...

- Está me ouvindo!? - Dazai o chama, com um olhar frio.

- Não, estava pensando em Chuuya, pode repetir? - Fyodor diz e satisfaz ao ver a raiva nos olhos de Dazai. Ele adora o ver com raiva.

- Você realmente gosta de Chuuya? - Dazai pergunta.

Se eu realmente gosto dele...

Ha.

- Isso importa mesmo pra você, Dazai.? - Pergunta inclinando para ele. - Vai deixar Chuuya em paz se eu dizer que o amo e farei de tudo para ele ser feliz?

- Não. - Dazai responde, e olha no fundo do seus olhos. - Mesmo se você ou qualquer um faça ele feliz, eu... Não consigo desistir... Porque sou egoísta. Eu quero ser aquele que o faz feliz.

Ver Dazai tão determinado é fascinante, a única coisa melhor do que isso seria pegar essa determinação e parti-la em mil pedacinhos.

— Bem, eu também não vou desistir. O que faremos meu соперник? — Fyodor pergunta.

Dazai faz careta. — Vamos agir limpo... Chuuya irá escolher quem ele quer, sem trapaça, o bom e velho jogo do amor.

— Isso não me parece justo, você tem vantagem.

— Isso não é um jogo de xadrez! É de Chuuya que estamos falando! Não uma... Aposta. — Dazai aponta frustrado.

— Eu não consigo ver a diferença. — Fyodor admite sem vergonha.

— Você é inacreditável. — Dazai parece respirar fundo para não surtar.

Fyodor sorri como se fosse um elogio e depois acena com a cabeça. — Ok, não vou te sabotar e você não me atrapalhe também, fechado?

Eles se encaram por um momento até Dazai estender a mão. — Fechado.

Fyodor aperta a mão, selando o pequeno "tratado de paz".

Ambos é claro, cruzando os dedos.

Chuuya confessa que está intrigado com aquela carta romântica pseudo ameaçadora.

Podem julga-lo, ele admite que gosta de coisas... Estranhas.

Afinal, ele namorou Dazai por muito tempo.

Pessoas diferentes chamavam sua atenção, coisas consideradas mórbidas o interessavam e atividades que faziam seu coração acelerar faziam seus olhos brilharem.

Dazai e seu irmão diziam que ele era louco por adrenalina, talvez seja verdade. Agora, com 22 anos era difícil ter tempo para andar de moto e escalar montanhas.

Mas a chama ainda está lá.

Essa carta tem cara de problemas, se Chuuya fosse outra pessoa provavelmente iria ignorar ou... Sentir medo.

Mas ele não está.

No dia seguinte, ele presta mais atenção nas pessoas em sua volta mas tudo parece normal. Quem será que..