Diretor da casa dos loucos

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Todas as pessoas que você toca, já tocou, ou ainda vai tocar, fiquem em paz. Elas têm o seu lugar. Onde eu irei tocar, me esbanjar e te revelar.

Sob a pele marcada, o rastro de tormenta,
Cada toque, uma verdade desperta,
Onde a ira ancestral se ergue com violência,
E a máscara da falsidade se desfaz, sem clemência.

Na tempestade dos sentidos, um vendaval se agita,
Cada toque, um trovão que ressoa,
Onde a fúria pulsante não se precipita,
E a verdade se ergue, implacável e viva.

Enquanto eu tecia sonhos de viagens em nossa estrada,
Você preparava o funeral de nosso laço,
Cada toque meu, uma esperança renovada,
Enquanto você afastava quem eu mais abraçava.

Foi um prazer desfazer a felicidade dele,
Depois de ter ele mesmo desfeito a minha sanidade.
Cada toque meu, um golpe na sua tranquilidade,
Após ele ter feito desaparecer a minha liberdade.

Qualquer laço que ele teça, está fadado ao fracasso,
Pois ele é louco e eu sou o diretor da casa dos loucos.
Cada toque meu, um lembrete de seu compasso,
Enquanto ele dança na loucura, eu bebo a sua insanidade e uso como cura.

O monstro de cachos, rosto de anjo, jamais poderá,
Igualar-se ao louco escritor de dores que sou.
Cada toque meu, um lembrete de seu próprio penar,
Pois diante do meu caos, ele é apenas um fugaz  a tropeçar.

Sentimentos escritosOnde histórias criam vida. Descubra agora