Operação Cupido

O prelúdio do erro

Com o lançamento de Pluto, resolvi publicar essa história. Não existem um grande acervo de fanfics Namtanfilm (na verdade, nenhuma kkkk), então resolvi escrever a minha. Eu amo muito essas duas meninas pela dedicação e esforço delas, por isso também deem muito amor a Pluto e curtam bastante, as meninas merecem todo reconhecimento. Ademais, me sigam no Twitter (X é o c4r4lho, Elon Muskito), skkyfalling

Sem mais delongas, curtam o capítulo.

Os olhos de Namtan se fixavam na figura a algumas mesas à sua frente. Ciize, para ela, estava linda como sempre. O sorriso da jovem, que conversava animadamente com suas colegas de time, fazia Namtan sorrir bobamente. Ela sabia que não tinha nenhuma chance de ficar com a garota, mas isso não fazia seus sentimentos desaparecerem; pelo contrário, parecia que ficavam ainda mais fortes.

Namtan se lembrou de suas tentativas desesperadas de chamar a atenção de Ciize, cada uma mais dramática e absurda que a anterior. Desde o patético teatro de fingir que sua avó havia morrido até o espetáculo ainda mais duvidoso de um desmaio encenado, suas ações foram uma coleção de tentativas malsucedidas. Outras estratégias um pouco menos dignas também foram tentadas, mas não vinha ao caso relembrar cada uma delas agora. A verdade era que, apesar de seus esforços, nada parecia impactar Ciize. O máximo que havia conseguido foi um sorriso gentil e um abraço ocasional – este último quase a levando ao desmaio de verdade, tamanho o efeito que teve sobre seu coração acelerado. A garota estava alheia às coisas ao seu redor e não notava que seu rosto expressava ridiculamente seus sentimentos.

— Você está passando vergonha. — A voz cortante de Milk ecoou como uma lâmina afiada, interrompendo o devaneio encantado de Namtan. A crítica não era apenas um comentário; era uma observação impiedosa da amiga, cuja expressão facial era uma mistura de desdém e divertimento contido. Milk, com seu olhar crítico, analisava o estado de embriaguez emocional de Namtan como se estivesse estudando um fenômeno natural exótico e incompreensível.

Para Milk, o amor era um enigma que desafiava toda lógica. A maneira como Namtan se derretia em uma pilha de sorrisos idiotas e suspiros bobos era um mistério profundo que não conseguia decifrar. A ideia de que um sentimento tão abstrato pudesse transformar alguém em um ser tão insensato parecia-lhe quase absurda.

Milk se inclinou levemente para frente, a garfada em seu prato parecendo um ato quase teatral em sua indiferença.

— Acho que você não entende o amor que eu sinto. — Namtan respondeu com um tom que misturava defesa e vulnerabilidade, seu olhar ainda fixo na figura distante de Ciize, como se esperasse que seu amor platônico pudesse se materializar em algo tangível a partir daquele simples contato visual.

— E estou muito feliz sem entendê-lo. — Milk devolveu, a voz carregada de um tom despreocupado, enquanto a garfada que dava à carne em seu prato era acompanhada de um sorriso sarcástico. Para ela, a complexidade dos sentimentos de Namtan era um labirinto confuso e sem saída, e ela não via motivo algum para se perder ali dentro.

Era horário de almoço na escola, e o refeitório estava um burburinho de conversas e risadas. No entanto, em um canto reservado, afastadas da agitação, as duas meninas estavam sentadas sozinhas. Suas escolhas não refletiam uma exclusão social, mas uma preferência tranquila por manter um círculo de amizade reduzido e íntimo. Elas navegavam com facilidade entre os grupos, interagindo cordial e naturalmente com seus colegas. Namtan fazia parte do clube de teatro e Milk era do time de vôlei assim como Ciize. Não dava pra dizer que eram populares, mas também não faziam parte dos perdedores da escola.

— Por que não experimenta sair com outra pessoa? — Milk sugeriu.

— Meu coração pertence a Ciize. — A cara de nojo que brotou na outra garota não passou despercebida por Namtan. Talvez essa fala tenha soado um pouquinho vergonhosa. — Mas é um amor impossível. — Namtan falou com um ar de tristeza.