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Aquele cara era realmente um doente. Ele estava me perguntando se eu aceitaria morar com um estranho. Idiota.

- Não. - respondo curta, já totalmente descida.

Kaiser - Você prefere ficar aqui sofrendo? - ele segura em meu queixo delicadamente, fazendo-me olhá-lo diretamente.

- Não, eu não quero morar com você! Você é um louco que fica me observando de noite! Não sei o que ainda estou fazendo aqui conversando com você. - me levanto. - Saí do meu quarto! - falo apontando para a janela.

Kaiser - E se eu não quiser? - ele se levanta também. - Vai gritar e contar tudo pro seu pai?

- Sai do meu quarto... - falo novamente, com a voz trêmula, sentindo sarcasmo em sua voz.

Kaiser - Eu não vou te deixar aqui passando por isso bem no dia do seu aniversário. - ele sorri gentil.

- Meu aniversário? Como você sabe? - falo surpresa, já que a lembrava pessoa que se lembra é a Lolla. Mas esquecendo do fato de que ele é um esquisito.

Kaiser - Eu te conheço, [Nome]... - sua voz parecia provocadora.

- Não, você não me conhece! - falo brava.

Kaiser - Conheço sim. - ele se aproxima de mim, ficando bem de frente encarando meu rosto. - Você pode não saber nada sobre mim, mas eu já te conheço faz três meses, sei tudo sobre você, pequena... - seus olhos me fitam delicadamente de cima a baixo.

- Isso significa que você é mais um doente. Vai se tratar, por favor. - falo, querendo acabar com a conversa.

Kaiser - Não preciso disso, eu tenho você. - ele desliza seus dedos pelo meu cabelo e alisando minha bochecha com suas mãos geladas, que arrepiam um pouco minha pele.

- Eu já tenho problemas demais, só me deixa. - tiro sua mão de cima de mim, arremessando para longe da minha pele.

Kaiser - Mas eu não sou um problema, eu sou a sua solução... - ele segura em meu queixo novamente, com aquele seu sorriso.

- É? E o que você vai querer em troca? Ninguém nunca faz nada de graça!! - questiono.

Kaiser - Poder te ver já é o suficiente para mim, [Nome]... - Os olhos dele brilhavam no quarto escuro. - Você é a minha região, é uma honra poder estar aqui com você, minha pequena...

- Eu... - fico procurando as palavras que desapareceram da minha boca.

Kaiser - Apenas aceite, você não irá se arrepender.

- Eu não posso... - abaixo minha cabeça, pensativa.

Eu não conseguia sair daquela situação, por mais que o meu pai me maltratasse, eu me sentia presa ali.
Meu pai tinha sido minha única família desde a morte da minha mãe, ele sempre foi rígido, mas foi ele que cuidou de mim, por isso sinto que tenho uma divida por ter sido um fardo que ele teve que carregar depois da morte da minha mãe.

☆☆☆☆☆

Kaiser - Vai mesmo continuar vivendo nisso?

Balanço minha cabeça em afirmação.

Kaiser - Eu vou deixar a proposta de pé, [Nome]... Se você precisar, é só me ligar. - ele me entrega um cartãozinho com um número.

Não consigo segurar as lágrimas, ponho minhas mãos em meu rosto e começo a chorar.

Kaiser - Vem cá... - sem eu esperar, ele me puxa para um abraço quentinho.

Eu podia sentir o cheiro doce dele, a sua respiração calma e quente.

𝗚𝗢𝗢𝗗𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧... - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐊𝐚𝐢𝐬𝐞𝐫 Onde histórias criam vida. Descubra agora