Capítulo 32

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Dormência foi tudo o que sentiu quando Sirius desaparatou diretamente no saguão do hospital St. Mungus. Era como se seu corpo ainda estivesse no beco. Um pedaço dele estava faltando.

"Nós precisamos de ajuda!" Remus gritou, segurando Hermione perto do peito. Seu aperto em seu corpo era forte, protetor. "Por favor, alguém nos ajude!"

Não demorou muito para que os curandeiros corressem em direção a eles, arrancando a jovem bruxa de seus braços e fazendo diagnósticos nela. Sirius não conseguia entender o que eles estavam dizendo. Era como se ele estivesse em um túnel. Tudo o que ele conseguia ouvir era o som estrondoso e tudo o que conseguia sentir eram as ondas de dor enquanto segurava a mão da filha com força. O primeiro sorriso dela, o primeiro sorriso verdadeiro, passou pela mente dele quando ele olhou para o rosto pálido dela.

***

Quando eles entraram na sala, a garotinha de cabelos cacheados olhou para cima e sorriu ao ver Remus. O sorriso dela causou um efeito dominó e logo todos os três adultos também estavam sorrindo brilhantemente. Ela segurou o livro contra o peito dele e se levantou. "Oi," ela disse baixinho antes de morder o lábio inferior.

"Olá, Hermione," Remus disse suavemente enquanto ele e Sirius se aproximavam dela. "Eu prometi voltar hoje, não prometi?"

***

"Precisamos saber exatamente com o que ela foi atingida. Como isso aconteceu?" o curandeiro perguntou enquanto eles caminhavam pelo corredor em direção à ala muito familiar que a família Black usava. Sirius havia residido lá há alguns meses como paciente.

"Ela estava na Londres trouxa," Regulus explicou, seguindo Lucius, seus olhos nunca se desviando de sua sobrinha. "Ela e seus amigos foram atacados por Comensais da Morte. Belatriz Lestrange."

"Com o que ela bateu nela?" outro curandeiro perguntou, continuando a lançar seu lobinho.

"Não foi ela," Remus engasgou. "Foi Dolohov."

"E ela está viva?" Lucius respirou fundo, com os olhos arregalados. Os olhos cinzentos de Regulus se voltaram para o amigo, curioso para saber o que ele queria dizer. "Se for o feitiço, acho que é-"

"Ele foi silenciado", afirmou o lobisomem quando todos entraram na sala.

"Então é por isso que ela está viva," Lucius afirmou. "É uma de suas próprias origens. Apresenta-se como uma chama roxa que queima o corpo como fogo, matando sua vítima de dentro para fora."

As palavras mal saíram de sua boca quando Sirius ficou curvado e gravemente doente, sofrendo ao pensar no que estava acontecendo com sua filha. Regulus imediatamente correu para o lado dele, sustentando seu peso enquanto os joelhos de Sirius dobravam.

"Obrigado pela informação," o curandeiro assentiu, fazendo desaparecer os doentes com um aceno de sua varinha. "Vou precisar que todos vocês saiam da sala."

"Não, eu não vou deixá-la!" Sirius balançou a cabeça.

"Ela é nossa filha," Remus argumentou.

"E sua filha está sob meus cuidados, o que a torna minha prioridade. Para dar a ela o melhor cuidado possível, preciso estar focado. Preciso de todos vocês lá fora", ele exigiu, com o braço da varinha pronto para forçá-los a sair, se necessário. "Eu prometo que vou cuidar dela."

"Vamos," Regulus afirmou suavemente, conduzindo seu irmão em direção à porta. "Precisamos dar-lhes espaço para trabalhar. Acredite em mim, não gosto disso tanto quanto você.

"E se eles a machucarem? E se eles estiverem trabalhando com eles?" Sirius exigiu, seus olhos nunca deixando o curandeiro e sua filha, mesmo quando ele saiu da sala.

Hogwarts: Uma História (Versão Hermione)Onde histórias criam vida. Descubra agora