episódio 002

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[continuação..]

— de última geração — digo ainda olhando pra mesma

—tem certeza que pegou a chave certa? — ele diz olhando para a picape

— claro que tenho, aqui oh, quinze — digo mostrando a etiqueta na chave

Bryan suspira, passa as mãos por seus cabelos castanhos de forma sedutora e de forma meio inquieta diz:

— é, acho que é isso — ele diz indo em direção a picape

Bryan põem a mão na maçaneta e ao puxar a maçaneta sai em sua mão

— porra Bryan! — digo pondo a minha na maçaneta prestes a entrar

— o que!? Essa porra tá caindo aos pedaços! — ele diz com a maçaneta na mão

— se você usasse menos força pra abrir a buceta de uma porta talvez ela não tivesse quebrado! — Bryan tenta por de volta

— você é burro!? Não vai entrar! Quebrou! Você quebrou! — digo apontando pra porta

— tá tá tá! — ele joga a massaneta no chão e entra ao carro

[06:22]

— pra onde a gente tá indo? — digo olhando pela janela

— pra cabine telefônica mais próxima — olho para Bryan

Ele parece concentrado na estrada.

— não é só ligar por um celular? É uma lista telefônica, o que pode dar errado?

— se for uma emboscada eles irão rastrear Kate — ele dá uma parada dramática — essa é a melhor agente que o Michel tem? Que merda em — ele sorri de forma sarcástica ainda concentrado na estrada

O que fez meu ódio por ele só aumentar.

— idiota.. — digo baixo

— não sou eu quem quer atender uma ligação perigosa em um celular comum — ele diz dirigindo

— porque você tem que ser tão insuportável em?

Por mais irritante que ele fosse, isso o deixava extremamente atraente.

— você me jogou pra cima deles Kate.

Eu preferia atender uma ligação perigosa em um celular comum do que me lembrar daquele dia, DAQUELE justo dia.

— não quero falar disso — digo virando o rosto pra janela novamente

— aposto que não — ele diz ainda concentrado

[Quebra de tempo]

Chegamos à cabine telefônica

— entrar — ele diz ao lado de fora

— vai você, eu fico de guarda aqui fora
— como se eu fosse deixar alguém que queria anteder uma chamada duvidosa num celular comum

— será que dá pra esquecer isso? — digo entrando na cabine impaciente

— qual o número? — Bryan me entrega a lista e logo dígito o penúltimo número

Sempre começamos pelo penúltimo.

— eai? Alguma coisa? — ele diz do lado de fora

— tá chamando — digo enquanto escuto um barulho de espera se repetir no telefone

— alô? — uma voz feminina atende

— alô, quem se encontra? — digo ao ouvir sua voz

— quem é você!? — diz uma voz do outro lado da linha de forma irritada e alta

Estralo os dedos e imediatamente Bryan olha de forma atenta

— senhora.. com quem eu falo?
— suspiro

— não interessa! Você me ligou! VOCÊ deveria saber quem eu sou!

— conseguiu? — pergunto a Bryan que  nega com a cabeça — como é que é!? — a mulher pergunta atrás da linha

— olha senhora.. eu achei esse celular aqui no parque eu só liguei porque queria devolvê-lo, será que você pode me passar o seu endereço? — digo fechando os olhos com força rezando para que ela não desligasse

Porfavor não desligue..

— sem problemas, desculpe a inconveniência — ela diz mais calma

E assim foi, ela nos passou o endereço, o que poupou muito do nosso tempo.

— acha que esse é mesmo o endereço dela? — pergunta Bryan pela primeira vez interessado na resposta

— talvez, é uma hipótese — digo não olhando para ele, sinto seu suspirar

— "mulher que achou o celular" — ele ri

— vai se fuder, ela acreditou — justifico

Fomos em completo silêncio o caminho inteiro até o endereço passado pela mesma

Batemos a porta, e nada.

Amor SuicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora