episódio 009

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Sorrio terminando de enfaixar seu braço com delicadeza

— vai demorar muito ai? — ele me olha

— terminei — digo juntando algumas gases enxarcadas de sangue e algumas fitas adesivas de tentativas falhas

Levantei-me com todo lixo em mãos indo em direção as lixeiras seletivas que ficava logo ao lado da loja de conveniência na parte lateral

Jogo todo aquele resto de gases e materiais sujos de sangue no lixo sentindo minha cintura vibrar já pegando o celular para dar uma olhada

[mensagem de numero desconhecido]

Olho aos arredores e caminho em direção a Bryan já estendendo o celular a ele

— o que é isso? — ele diz olhando para mim nem sequer se dando o trabalho de ler a tela virada para ele justamente com esse objetivo

— reconhece esse número? — digo ainda esperando uma resposta

— conheço, é da agência — ele diz olhando os dígitos de cada número

— da agência? — viro o celular para mim dando uma olhada nos números

— sim, da agência. — afirma ele novamente

— quer dá uma passada lá? — desligo o celular olhando para Bryan

— tanto faz, vamos dá uma passada rápida, vai que eles estão precisando de ajuda, a gente está com tempo, relaxa — ele sorri

— vamos logo — digo guardando o celular em minha cintura de volta

— porque a pressa querida? — ele sorri me olhando

Olho para seus olhos castanhos sentindo meu rosto queimar

— não quer mesmo nada? — ele ri se referindo a loja de conveniência

— de onde tirou dinheiro? — digo o encarando cruzando os braços

— matei um cara inocente com um tiro na cabeça e roubei o dinheiro dele — arregalo os olhos olhando para Bryan de forma assustada

— é sério? — pergunto ainda meio em choque

— claro que não idiota — fecho a expressão no mesmo momento

— não duvido nada que tenha sido — ele ri

— vamos? Eu dirijo — um leve sorriso se forma em meu rosto ao ouvir isso

Dirigi o trajeto inteiro até a loja de conveniência.

Bryan sobe na moto indicando para que eu subisse na garupa

— vê se não faz merda, só temos mais essa — reforço

— não confia em mim? — ele diz num tom sarcástico e ri me olhando

— não mesmo — digo não o olhando de forma direta

— se você diz — ele inclica a cabeça levemente

Confesso que me senti levemente abalada por ter dito isso a Bryan, não é verdade.. eu confio nele

Fomos o caminho todo em completo silêncio, ele mal parece ter ligado

— chegamos — avisa ele quando chegamos em uma enorme trilha

— sabe pra onde vai? — digo olhando para a trilha que escurecia a cada passo a frente coberta de árvores e arbustos

— não faço ideia, abre a localização aí que a gente segue rapidinho — ele diz ainda sobre a moto

— pretende ir de moto? — digo olhando pra ele que não se deu nem o trabalho de descer da moto

— pretende ir a pé? — ele diz me olhando esperando uma resposta

Subo na garupa novamente sem pensar duas vezes com o celular em mãos ligado no GPS

Bryan entra com a moto na trilha

— vai com calma — digo assim que ele acelera em direção a trilha

— não temos muito tempo — ele diz a quase 180 por hora

— quantas horas? — pergunto fechando os olhos de leve quando o vento forte bate em meu rosto fazendo meus cabelos voarem de forma violenta

— umas 17 ou 16 horas — diz ele olhando no relógio de pulso

— acha que dá tempo de ajudar outros agentes? — digo olhando para ele

— vai ter que dá — ele diz se inclinando agora a 200 por hora

— eles não mandariam a localização a toa — diz ele

— tem razão — confirmo enquanto olho para o celular com a localização exata

Amor SuicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora