Uma noite de escuridão.

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Tom kaulitz.

As chamas da noite dançavam ao ritmo da vingança. Sabia que Lilith, aquela maldita bruxa, tinha um plano em mente. Quando descobrimos a existência de Ofélia, a prometida para a vingança, aquela que carregaria todo o poder e a magia daquelas em quem ateamos na fogueira, eu tive que ir atrás. Os mestres ordenaram por sua morte, e eu faria esse trabalho com honra.

Ofélia, conhecida como Lilly Devil, aquela cujos cabelos escuros contornavam suas costas. Passei dias e noites observando-a, seguindo-a para todos os cantos. Quando resolvi que era hora para que ela me visse e eu pudesse me aproximar de uma forma que não causasse burburinhos entre os mortais, ela tinha medo em seus olhos, pavor. Isso alimentava tudo dentro de mim. Minha obsessão não era por ela, mas sim pelo medo que ela deixava escapar pelos poros.

Lilith não se importava com as vidas que destruía em sua busca por poder. Ela era implacável, uma sombra que pairava sobre os inocentes. E agora, Ofélia estava em seu caminho, uma ameaça ao seu reinado sombrio.

Eu me preparei para a missão, afiando minha lâmina e alimentando meu ódio. Ofélia não teria chance contra mim, o mais cruel dos demônios. Ou pelo menos era o que eu pensava.

Enquanto me aproximava do alvo, uma sensação estranha começou a me dominar. Não era apenas o desejo de cumprir minha missão, mas algo mais profundo. Um instinto que eu não conseguia ignorar, uma conexão inexplicável com a própria Ofélia.

A alguns meses atrás, quando fui convocado pelos deuses do inferno, tinha um objetivo a cumprir. Ela era um alvo fácil, seus poderes só aflorariam aos 23 anos, e eu teria exatamente um tempo para cumprir minha missão. Depois disso, esperaria Lilith aparecer para que finalmente eu conseguisse destruí-la.

No entanto, enquanto me aproximava dela, uma estranha hesitação começou a surgir em mim. Era como se algo dentro de mim se recusasse a completar o que os deuses ordenaram. Afinal, por que eu deveria obedecer cegamente aos caprichos do inferno?

Com um suspiro pesado, empurrei essas dúvidas para o fundo da minha mente e avancei, determinado a cumprir minha missão, custe o que custasse. Afinal, eu era um servo dos deuses, e minha vontade não era minha própria. Ou era?

Enquanto lutava com esses pensamentos tumultuados, a presença de Ofélia começou a me irritar de maneiras que eu não podia explicar. Seus olhos, brilhando com uma luz interior, pareciam desafiar minha autoridade, despertando uma raiva que eu nunca havia sentido antes.

Por um instante, considerei a possibilidade de abandonar minha missão. No entanto, a voz sinistra dos deuses do inferno ecoava em minha mente, lembrando-me das consequências terríveis de desobedecer.

Conforme me aproximava de Ofélia, a obsessão misturada com ódio crescia dentro de mim como uma chama voraz. Cada passo que eu dava em direção a ela era impulsionado por uma determinação incandescente de vê-la destruída, de apagar sua existência com minhas próprias mãos.

Enquanto meus olhos encontravam os dela, eu podia sentir a energia pulsante da sua presença, uma energia que só alimentava o fogo da minha animosidade. Ela não era apenas um alvo a ser eliminado, ela era um empecilho no meu caminho, uma pedra no meu sapato que eu estava decidido a remover, era isso que eu tentava me lembrar todas as malditas vezes que eu a observava sair daquele café ridículo que ela trabalhava.

A cada respiração, eu me enchia mais de um desejo insaciável de vê-la sofrer, de ver seus poderes serem reduzidos a nada. E quando finalmente estivesse diante dela, quando minhas mãos tocassem sua pele, eu me deliciaria com a sensação do seu medo, que sabor teria a sua alma?

Eu tinha inúmeras imaginações de como tortura - lá, do sabor daqueles olhos me olhando com todo desespero e pavor já visto.

Conforme me aproximava de Ofélia, uma mistura estranha de emoções começava a se agitar dentro de mim. A cada vislumbre dela, uma onda de bile subia em minha garganta, ameaçando sufocar-me com sua presença.

WELCOME TO HELL - TOM KAULITZ.Onde histórias criam vida. Descubra agora