★ Telefone ★

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(Autor pov)

O dia começa com o sol nascendo às 7:00 da manhã. Os gritos nas ruas, o barulho de ossos se quebrando e de brigas, algo matinal.

Lúcifer acordava em sua cama, como se fosse mais um dia qualquer, em sua casa, sozinho e solitário como sempre.

Os únicos barulhos que o faziam companhia eram os de gritos vindo da rua, mesmo distantes ainda dava para ouvir.

O loiro se levanta e já anda em direção a cozinha, escova seus dentes e joga água em seu rosto.

Em seguida, ele anda em direção a sua sala de estar, rodeada por diversos patinhos de borracha, um mais estranho que o outro.

Ele liga a televisão, sem muita motivação.

— Hm.. — O loiro suspira entediado.
— Não tem mais nada de interessante?! Sério?! — O homem diz indignado, virando sua cabeça para trás de seu sofá e dando de cara com a pintura de sua antiga amada.

Ele a encara por alguns minutos, suspirando e com uma expressão triste.

— Se você ainda estivesse aqui... — Ele murmura, mas logo é surpreendido pelo seu celular tocando.

Ao olhar o número, era sua filha o ligando.

Ele rapidamente se desespera, mas não pelo fato de não ter assuntos a conversar com sua filha, mas sim pelo fato de sobre o que se tratava o assunto.

Ele rapidamente atende sem pensar duas vezes.

— C-Charlie! Minha querida filha! O que deseja? — O loiro pergunta com um sorriso falso, tentado ajustar o grau de sua voz para não parecer tão estranho isso desesperado, mas falhando.

— Olá pai! Bem.... Eu só queria saber se o senhor está bem, foi tudo muito repentino... O senhor já foi embora, e aquele negócio do Alastor... Está realmente tudo bem? — A menina pergunta medindo suas palavras.

O homem fica em silêncio por um tempo, mas logo a responde.
— Está tudo bem filha... Apenas fiz o que seria o melhor para mim, eu acho... Mas isso são coisas de adulto, você não precisa se preocupar com isso filha. — o homem diz apreensivo.

A menina fica em silêncio, o loiro pensa que a conversa parou por aí mas logo ele ouve uma voz levemente raivosa sair do telefone.

— Pai. O senhor sabe que eu cresci, certo? O senhor não precisa me tratar como um bebê.... Eu já entendo seus problemas, e já que a mamãe não... Está mais aqui, o senhor pode contar com a minha ajuda. — A menina diz, com um tom direito. Logo após isso ela desliga, deixando o homem sem palavras.

O homem deixa seu telefone em cima de uma mesa e solta um logo suspiro.
— Minha menininha realmente cresceu.... — Ele murmura para si mesmo com um pequeno sorriso em seu rosto.

      
[★] Em outro local... [★]

Alastor andava pelas ruas, mas não andava por andar, havia um objetivo.

Para a infelicidade do mesmo, ele tinha que ir a uma reunião com os overlords.

O desgosto estava mantido em sua face, enquanto andava pelas ruas vendo as imensas desgraças acontecendo, mas não era tão surpreendente, até porque ele estava acostumado desde quando estava vivo, ou o que ele se lembrava. Normalmente as pessoas apenas reclamam e lembram de seus momentos ruins e acabam não valorizando os bons, mas talvez ele não tenha tido momentos bons, ele estava pensando demais.

— Queria que o cérebro tivesse a função de desligar, se eu não estivesse no inferno eu já teria cortado minha cabeça com um facão e arrancado meu cérebro fora... — O moreno murmura para si mesmo, com seu sorriso obviamente forçado e irônico em seu rosto.

Seu pequeno pedaço de..  -AppleRadio/RadioApple-Onde histórias criam vida. Descubra agora