Dear.

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Nas ruas de Tokyo, a única coisa que se era possível ver eram vultos de um carro rosa e outro preto.

Felix continuava na dianteira, porém Hyunjin estava ao seu alcance com um sorriso provocante em seus lábios – o que fez o loiro borbulhar de raiva. Entretanto, nesta velocidade não demorou muito para os garotos chegarem no local da festa, fazendo com que Lee freie rapidamente, estacionando seu belo carro no estacionamento perto dali e Hyunjin, que não sabia a localização da festa, quase passasse reto e batesse em um poste.

– Você.... Você quase me matou!! – Hyunjin exclamou enquanto batia a porta de seu carro e olhava para o loirinho com os olhos arregalados, este que saia de seu carro enquanto ajeitava os fios bagunçado de sua franja e arrumava seu rabo de cavalo.

– Pare de reclamar, grandão! – Revirou os olhos enquanto passava pelo homem indignado e ia até uma porta preta, batendo duas vezes nela antes de um homem grande sair de lá.

– Quem são? – Perguntou o desconhecido enquanto Hyunjin ia em passos largos até o lado de Felix.

– Relaxa, querido. Só estamos aqui para nos divertir a convite do Sr. Han, hm? – Felix diz enquanto mudava seu tom para algo mais fino e trazia o braço do Hwang para seus ombros, este que sequer reclamou.

Olhando para os dois e ouvindo o nome de seu chefe, o homem deu espaço para o casal' entrar.
Assim que entraram, os dois puderam ver um espaço grande de até dois andares coberto de luz. Haviam dezenas de pessoas ali, algumas dançavam contra as outras, faziam shows em cima do palco, se drogavam ou eram drogadas e se atracavam no meio da boate.

Apertando o braço envolta dos ombros do garoto, Hyunjin olhou firme para o loirinho, este que o olhou com a sobrancelha arqueada.

– Reclame o quanto quiser, mas você ficará ao meu lado até sairmos dessa porra. – Disse contra a orelha do sardento, com a voz baixa e um tanto rouca, Hyunjin mudara completamente seu humor.

E Felix iria responder e dizer que poderia se defender sozinho, porém, assim que abriu a boca fora interrompido por uma voz animada e já conhecida.

– Loirinho! Quanto tempo! –  A voz exclamou acima de todo o barulho da boate, fazendo Felix olhar para onde o som havia vindo.

Era Han Jisung, este que o olhava com um sorriso radiante e com os braços abertos, esperando um abraço. E Felix, vendo seu amigo de longa data, não hesitou em o abraçar com força.

– Que saudades, Ji! – Lee exclamou em meio ao abraço.

– Jisung?! – Desta vez fora Hyunjin que exclamou, chamando a atenção do bochechudo para si.

Desfazendo o abraço com o loiro, Jisung analisou o desconhecido que o chamava.

– Caralho, Hwang Hyunjin?! No Japão?! – Han olhou para seus amigos em desconfiança. – Isso não tá me cheirando bem, por acaso estão juntos? – Arqueou a sobrancelha, fazendo os amigos entrarem em pânico enquanto se explicavam.

– Não, não! Nós nos conhecemos ontem, isso não... – Felix tentou, completamente vermelho.

– É, não tem nada a ver. Sequer nos conhecemos direito, só... – Hyunjin continuou, mas parou ao ver que Han gargalhava como nunca.

E, limpando as lágrimas pelo riso, Jisung os convidou para irem até o segundo andar, prometendo que lá as pessoas eram mais calmas.

Subindo as escadas de ferro e passando por inúmeros desconhecidos drogados, Felix sentiu braços fortes já conhecidos por si passarem por seu ombro enquanto o guiava para longe de tarados.

– Eu sei me virar sozinho. – O loiro murmurou irritado para Hyunjin, que ainda o guiava enquanto respeitava seu espaço pessoal, evitando tocar em qualquer parte de seu corpo que não fosse seus ombros.

– E é por isso que estou te desviando desses canalhas, não queremos corpos no chão hoje, queremos? – Implicou enquanto olhava para frente, agora, subindo o último degrau da grande escada.

Olhando para sua frente, Felix percebeu um ambiente ainda bastante colorido por luzes de Led, porém, não havia tanta música alta e a quantidade de pessoas era menor – Estas que estavam quase todas sentadas nos grandes sofás que haviam ali.

– Bem vindos à meu espaço! Aqui é bem mais confortável! – Jisung exclama sorrindo antes de pegar três copos de bebidas no bar que havia ali. – Só fiquem longe dos velhos, eles são nojentos.. – Murmurou fingindo um arrepio enquanto passava as bebidas para as mãos dos amigos.

– Então por que estão aqui?  – Hyunjin perguntou antes de dar um belo gole em sua bebida.

– Contatos, querido. – Disse o óbvio. – Não querem achar o homem que tanto ataca o FBI? Esse é o caminho. – Jisung murmurou antes de colocar um sorriso falso em seu rosto e começar a andar até a concentração de homens que haviam em um sofá preto.

Lee analisou cada um deles, localizando armas em cada cintura, pupilas um tanto dilatadas e feições nem um pouco amigáveis.

– Desculpem-me pelo atraso, queridos. Tive que ir buscar meus amigos. – Jisung começou enquanto se sentava em um sofá a frente dos homens, o qual Felix também se sentou, entretanto, Hwang continuou em pé atrás do loirinho enquanto se apoiava no encosto estofado. – Estes são Lee e Hwang, alguns amigos de longa data.

Sentindo um olhar inquieto em si, Felix observou um dos desconhecidos o olhar dos pés a cabeça, o que fez seu estômago revirar em nojo. Porém, a sensação ruim passou assim que uma grande mão pousou em seu ombro, fazendo um carinho um tanto possessivo que Felix pôde conhecer sem sequer olhar para trás. Hyunjin não estava brincando quando disse que não sairia de perto.

– Estão longe de casa, não acham? – O tal homem perguntou soltando uma nuvem de fumaça entre seus lábios. – Tudo isso por um amigo próximo?

Respirando fundo, Felix formulou uma resposta a altura. Não seria qualquer drogado que os tiraria deste trabalho.

– Jisung é um bom amigo, mas devo dizer que soube de certas corridas pela cidade que eu e meu namorado estaríamos interessados em participar.

Tudo desta frase fez sua boca ter um gosto amargo, porém chamar Hyunjin de seu namorado não foi tal mal assim. Talvez este disfarce realmente caia bem desta vez.

– E por que acham que aceitariam vocês nesse tipo de corrida? – Um outro homem com dentes podres e olhos mais vermelhos ainda, perguntou.

Mas desta vez, Hyunjin respondeu aos drogados.

– Porque eu sou o melhor corredor que já ouviram falar e, meu namorado aqui, acabaria com a bunda que qualquer um que o desafiasse em uma corrida. – Disse sério enquanto olhava desafiador para os homens.

Hyunjin não poderia ser mais egocêntrico, mas usar seu posto de corredor nestes momentos realmente era preciso – mesmo que tais palavras fizessem Felix revirar os olhos internamente.

Porém, abruptamente o homem que estava no meio de todos se levantou com um sorriso brilhante por dentes de ouro. Este, pelas vestes extravagantes, era quem mandava no bando de idiotas que sentavam ao seu lado.

– Gosto desse tipo de confiança, garoto. – Disse antes de apontar para um de seus homens. – Chame todos. – Ordenou antes de beber um último gole de uma garrafa completamente suspeita de bebida. – Iremos correr hoje.

Aquela única frase fez o estômago de Felix revirar antes de olhar para trás e encontrar o olhar sério do coreano, este que o olhou suavizando seus olhos e piscando um deles.

Estava tudo sob controle, era exatamente isso que Hyunjin queria.

Hwang Hyunjin era realmente um canalha.

Running Into LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora