Uma lenda proibida diz que os inimigos Deus do sol e o demônio Apófis sempre estiveram apaixonados um pelo outro. No entanto, nunca poderiam estar juntos, pois Rá deveria iluminar os dias e destruir a escuridão de Apófis à noite, mantendo assim a or...
Abaixe essas armas e espadas agora! Em minha defesa, fiz um cap de 22k para compensar o atraso, estou perdoada?
Espero que gostem do capítulo, ele é um grande avanço e tem tudo o que vocês gostam, quero muitos comentários, em? 🐍
[Song: Older ]
Não esqueça de VOTAR e comentar. Vem 300k de Apófis 🌟
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Lua cheia
Sua devoção estava perdida.
Era apenas nisso que o príncipe pensava enquanto observava as enormes e imponentes estátuas dos Deuses ajoelhado aos seus pés.
Houve um tempo, não muito distante, em que ele era conhecido por ser um devoto árduo. Um príncipe edificante que trazia abundância ao seu povo quando orava às suas divindades nos templos ou nas margens do rio Nilo. E tal devoção genuína talvez fosse a única coisa que ele fazia como príncipe sem que precisasse ser uma obrigação.
Jungkook sentia que não havia mais nada com o que se preocupar quando estava aos pés de barro e pedra; sua consciência era esquecida e ele se sentia coberto por um manto de bons presságios e de uma paz que nem mesmo os sacerdotes poderiam igualar-se em seus cultos. Os Deuses sempre foram seu principal pilar de apoio emocional.
Entretanto, de repente não se passava mais nada em sua cabeça durante o momento de orações, enquanto olhava para as estátuas de ébano, ouro e outras inúmeras pedras.
Sem pedidos e nenhum agradecimento.
A imagem de Hórus ao lado de seu pai, Osíris, já não lhe trazia o sentimento de força, perseverança, poder e soberania de outrora. Anúbis não provocava mais o medo da morte e do embalsamamento, nem Sekhmet o revigorou com a sua força de uma Deusa guerreira, nem tampouco todos aqueles amuletos, incensos, fruta e pão o consolaram.
Foi repentino. Sem explicações.
Toda aquela mistura de sentimentos divergentes das suas crenças que sempre foram inabaláveis deixava-o confuso e frustrado.
Ultimamente andava sendo tão perseguido com aquelas emoções, perdido nas próprias intuições e sonhos, que nem ao menos conseguia de fato ficar assustado com aquele mais novo detalhe. Ele podia os estar tentando ignorar, mas isso não significava que deixava de ficar angustiado por duvidar de algo que sempre teve certeza. Estar no templo apenas ressaltava aquele sentimento em seu coração.
Os sacerdotes ao seu lado erguiam as mãos e fechavam os olhos diante das enormes estátuas, proferindo textos ensaiados de agradecimentos e pedidos incessantes de riquezas para as terras vermelhas. O príncipe também estava com as palmas erguidas ao lado do rosto, mas não pensava em nada, não fechava os olhos e muitos menos falava.
Apenas observava cada imagem de Deus e Deusa.
Era deprimente não sentir confiança em algo que sempre confiou, que deu todas as venerações físicas e mentais. Não é como se ele não acreditasse mais nos Deuses egípcios, porque ele acreditava, e até mesmo temia atrair a fúria deles pelos pensamentos controversos que vinha tendo.
