Sons da Justiça: A Saga Dos Guardiões Urbanos

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Capítulo 52: Uma Oferta Sombria

Na base dos Vigilantes da Cidade, Andre caminhava pelos corredores sombrios em direção à cela onde seu primo, agora mergulhado na escuridão como vampiro sem humanidade, estava confinado. Uma sensação de melancolia o envolvia enquanto ele se aproximava, lembrando-se dos dias felizes de sua infância, quando os dois compartilhavam uma ligação íntima como irmãos.

Ao chegar à cela, Andre encontrou seu primo sentado no chão, olhando para o vazio com olhos sem vida. A expressão vazia em seu rosto era uma dolorosa lembrança do homem que ele costumava ser.

"Dezinho..." A voz do vampiro soou, fria e distante, quando ele percebeu a presença de seu primo. "O que você quer agora? Veio me fazer mais uma visita piedosa?"

Andre ignorou o tom de desdém em sua voz, mantendo-se firme em sua determinação. Ele sabia que seu primo estava perdido para a escuridão, mas ainda havia uma parte dele que desejava ajudá-lo de alguma forma.

"Eu trouxe algo para você", disse Andre, retirando um pequeno frasco de seu bolso. "Um shot de sangue fresco. Pode não ser o que você costumava beber, mas é tudo o que posso oferecer agora."

O vampiro olhou para o frasco com indiferença, sua expressão inexpressiva. "Por que você se importa, Andre? Por que continua me visitando, mesmo sabendo o monstro que me tornei?"

Andre se aproximou das grades da cela, seu coração pesando com a tristeza e a dor. "Porque você ainda é meu primo, João. Por mais sombrio que seu caminho tenha se tornado, ainda há uma parte de mim que acredita que você pode encontrar redenção."

O vampiro soltou uma risada amarga, seus lábios se curvando em um sorriso sinistro. "Redenção? Para um monstro como eu? Você é tolo, Dezinho . Não há redenção para os condenados como nós."

Andre sabia que as palavras de seu primo eram verdadeiras, mas ainda assim ele se recusava a desistir. Com um suspiro resignado, ele empurrou o frasco de sangue através das grades, oferecendo-o ao vampiro com um gesto de despedida.

"Faça o que quiser, João", disse Andre, sua voz carregada de irritação. "Mas saiba que, mesmo na escuridão, ainda há uma luz de esperança para você. Nunca é tarde demais para mudar."

Com um aceno silencioso, Andre se afastou da cela, deixando seu primo para trás na escuridão. Enquanto caminhava pelos corredores sombrios da base, ele sabia que a batalha pela alma de seu primo estava longe de terminar. Mas ele estava determinado a continuar lutando por ele, mesmo que isso significasse enfrentar as sombras mais uma vez.