A donzela de fogo

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Eu havia atravessado aquela caverna onde haviam pedras caídas por todos os cantos, como se houvesse uma demolição em um grande terremoto. Essas pedras saiam fumaça e lembrava bastante o gelo seco.
Atravessei com medo de encostar nas paredes apertas e acabar fazendo com que todo aquele lugar terminasse de desmoronar.
Quando finalmente consegui chegar à um local seguro, percebi que ali não havia a neblina cobrindo o chão e muito menos aquele ar sombrio. Muito pelo contrário, era um lugar quente e acolhedor. Vi que se tratava de uma mina de objetos (talvez) perdidos.
Avistei de longe uma moeda, não tão pequena como estava acostumada. Ela era diferente de tudo que já tinha tocado. Sua cor lembrava o bronze mas quando a toquei ela se tornou amarela como ouro. Suas marca não era como o  Euro ou o Real, se assemelhava mais ao desenho de um dragão. Logo mais a frente vi anéis com o mesmo desenho, e um deles era preto e o dragão abria suas asas fazendo o contorno do anel. Era lindo! Fiquei admirada quando o coloquei em meu dedo e vi que cabia perfeitamente, senti uma força inimaginável. Foi como se uma corrente de energia passasse por todo o meu corpo, àquela força que antes eu senti não foi nada comparada pela curiosidade de saber do que se tratava aquele lugar. Eu me aprofundei naquela caverna, passei por corredores que haviam pedras reluzentes cravejadas por toda a parede. Foi então que eu à vi. Uma mulher com cabelo cacheado escuros que iam até sua cintura. Apesar de não haver nenhum vestígio de sangue, ela parecia estar machucada. Estava sentada em um canto cabisbaixa mas consegui ver uma tatuagem em seu pulso esquerdo. Era novamente o dragão, porém dessa vez sua calda era longa e parecia voar de forma majestosa. Apesar de sua feição suave suas palavras quebraram qualquer força que aquele anel havia me dado.
Ela estava presa naquela caverna. O motivo? Sua linhagem era de dragões e não aceitar esse fato fez com que sua família a mantivessem na forma humana até que a mesma se arrependesse e aceitasse o seu destino. Sua única fraquesa era o gelo e todas as vezes que ela tentou sair, as paredes derretia e ameaçavam cair sobre ela.

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