Capítulo 7 O que espera de mim (1)

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Kelian se retira, estava exausto da viagem, saiu rapidamente da trincheira ao receber a carta, e quando chegou se lavou e foi logo ver o primo, ele teve todo o cuidado para não assustar a moça, a final ele era alto, bonito de cabelos lisos e negros, assim como o primo, o que mudava eram suas idades e a cor de seus olhos, Brian era mais novo que Kelian, já que ele tem 28 anos e o primo 25, os olhos de Kelian eram dois lagos verdes e de Brian castanhos claros como avelãs, por estar envolto as guerras de território era mais forte que o primo, mas sabia o quão astuto era Brian, poderia não estar no fronte, mas era um bom estrategista, suas vitórias eram sempre definidas pelas ordens a distância de Brian, que sempre fazia suas estratégias os usando como pequenas peças de xadrez. Quando Brian entrou no quarto de Ágata, ela estava sentada de forma confortável na cama, e não viu a entrada do príncipe por estar concentrada no livro que lia atentamente, ele percebeu a bolsa de água quente na barriga de Ágata e se lembrou das palavras de Ama "Não a irrite! Não a culpe por estar assim, vai ser um marido em pouco tempo se adapte a isso!" sem sua rainha Mãe para lhe dar certos conselhos, ele só poderia escutar a velha dama de sua mãe. Brian via as expressões dela ao ler, parecia que estava imersa na história, ele se sentou ao lado dela.

—Realmente gostou deste livro. -Ele ri com a reação dela, pois realmente se assustou.

—Príncipe..., me assustou majestade!

—Como?

—Brian, me assustou.

—Então, está gostando de o ler?

—Sim, mas este mundo só acontece em livros de fantasia e romance.

—Do que fala especificadamente?

—Amor eterno e platônico, invisível aos olhos, realmente é lindo na literatura e nas trovas, mas..., não existe. - Ele sente com clareza o tom de decepção das falas dela. — Não posso dizer que nunca amei alguém, mas meu único amor desse mundo já se foi a muito tempo.

—Como ele era?

—Ele?

—Sim, o seu amor que já se foi.

—Não é ele, é ela, digo minha mãe, ela foi a única pessoa que me fez..., sentir..., como era ser amada, é disso que me refiro vossa alteza, após o falecimento dela, meu pai se casou novamente, depois disso eu senti como era ser odiada, e me apegava as lembranças do passado, eu sempre estive sozinha alteza, ele..., digo meu pai, sempre foi rígido a minha pureza e só isso.

—Em relação a morte de seu pai, sente algo..., luto?

—Tristeza?

—Isso.

—No início sim, mas as lembranças dele após minha mãe falecer nunca foram as melhores, lembro com clareza da esposa dele me maltratando, e ele nunca disse nada a meu favor, e fingia não ver seu filho biológico, enquanto ele tentava me ver nua entre as frestas da porta enquanto me banhava, então tive um pequeno luto e não sinto mais nada, e nem choraria mais por ele, já que sempre fechou os olhos para o meu sofrimento, para assim beneficiar os desejos sujos do meu irmão, desculpe, já que pode me considerar uma pessoa ingrata e orgulhosa.

—Não pensaria algo assim da minha esposa.

—Por quê?

—Já que devo admitir que neste quesito pensamos igual, e faria o mesmo. - Ele percebe que está mais frio no quarto já que o inverno se aproximava, vai até o armário e retira um cobertor fino, volta a se sentar ao lado dela a cobrindo, ela não estava mais irritada, seu comportamento a fazia se sentir segura ao lado dele, ela se aconchega no peito Brian depois dele se encostar na cabeceira da cama. —Que intimidade é essa princesa Ágata? -Fala rindo e ela sente isso.

—É intimidade que deveria ter com meu noivo e futuro marido, agora quero silencio. 

The prince of darknessOnde histórias criam vida. Descubra agora