💮I AM A DEMON💮

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"I don't need anyone, least of all you."

• B E A T R I Z •

--- Ele jantou na sua casa?--- Pedro perguntou com uma voz estranha.

--- Sim.--- sentei em uma das mesas do refeitório.--- Os pais dele queriam um contrato com os meus pais.

--- Contrato sobre você ou a empresa?

--- Sobre mim, parece que é pra uma revista, não prestei muita atenção.

--- Olha quem tá vindo ali.--- apontou com a cabeça para a entrada do refeitório e eu apenas dei de ombros.

--- Eu queria viver rodeado de gente.--- apoiou o queixo nas mãos.--- Parece que as pessoas não valorizam minha beleza.

--- Eu valorizo.--- Heitor chegou do nada atrás do Pedro.

--- Eca, vocês são nojentos juntos.--- levantei a fim de sair dali.

Deixei a bandeja na mesa mesmo e levantei saindo do refeitório e fui para o segundo andar da escola.

Ninguém sobe aqui, só o povo da limpeza, e muito de vez em quando.
Então aqui eu tenho paz.

Entrei na última sala, do último corredor e sentei em cima de uma mesa grande que tinha no canto.

--- Por que isso parece tão estranho?--- perguntei pra mim mesma, pensando alto.

Até demais...

--- O que parece estranho?--- Lucas entrou na sala.

--- Você tá me seguindo?

--- Não.--- respondeu firme.

--- Tá fazendo o que aqui então?

--- Eu... Só.... Te vi e achei estranho vir pra cá sozinha.--- se aproximou ficando de frente pra mim.

--- Me deixa em paz garoto, só tô pedindo isso.--- levantei e sai da sala.

(...)

Entrei na sala de artes abrindo um sorriso ao ver o quadro que eu pintei pendurado na parede bem ao lado dos troféus que a escola já recebeu.

Sentei no meu lugar e meu sorriso logo sumiu quando o Lucas sentou ao meu lado.

--- Bom dia alunos.--- a professora entrou na sala.--- Hoje eu vou dividir vocês em grupos pra fazer o trabalhos de artes.

No mesmo instante em que a professora terminou de falar todos já começaram a se dividir ficando cada um com seus grupinhos de sempre, mas sempre tem que ter um porém.

--- Eu que irei dividir os grupo.--- a professora falou por fim e todos começaram a reclamar.

Ela colocou uma caixinha em cima da mesa e pediu para que cada um sorteasse um papelzinho lá de dentro e o número que estivesse no papel seria o número do grupo.

Eu peguei o número dois e no meu grupo ficou, Pedro, Heitor e eu.

Sorte?

--- Professora eu fiquei sem papel.--- a voz grossa que eu tenho tando ódio se pronunciou.

--- Sério? Achei que tinha colocado a quantidade certa.--- falou olhando em volta.--- Pode ficar com a Beatriz o Pedro e o Heitor.

Na minha cabeça o lado compreensível tá pensando: Normal até porque o nosso grupo só tem três pessoas e o de todo mundo tem quatro.

Já o lado Beatriz tá falando: Puta que pariu esse garoto chato vai ter que ficar no nosso grupo? De tanto grupo aqui por que logo o nosso?

--- Os grupos já estão todos divididos, então vocês estão liberados.--- a professora disse por fim.

Todos ficaram felizes que a professora liberou mais cedo e saíram quase que correndo da sala.

--- Ei, bruxa.--- Lucas chegou ao meu lado.

--- Bruxa? Sério?--- olhei incrédula pra ele.--- Quem tá mais pra bruxa aqui é você.

--- Eu sou um demônio, é bem diferente.--- falou com tranquilidade.

Apenas olhei para ele com os olhos arregalados, mas lembrando com quem eu estava conversando fiquei até normal.

--- Demônios são seres míticos.--- sentei em uma banco qualquer do pátio.

--- Eu não sou mítico, quem te contou isso?--- sentou ao meu lado com uma cara de ofendido.

--- A internet.

--- Você não acredita né?

--- No que?

--- Que eu sou um demônio!!

--- Não.--- neguei depois de pensar um pouco.--- Se bem que você é bem atentado.

Ele bufou e pegou no meu pulso me puxando até o andar de cima da escola e entrando na mesma sala de mais cedo.

Ele trancou a porta e começou a fazer muita coisa legal, ele voou!! Tem como acreditar nisso?

--- Agora você acredita?--- perguntou soltando uma bola de fogo na mão.

--- Esse fogo na sua mão é de verdade eu é aqueles falsos que mágicos usam?

--- Eu literalmente fiquei invisível, voei, fiz as coisas flutuarem, me teleportei, e agora minha mão tá pegando fogo e você ainda não acredita?

--- E se eu acreditar.--- sentei em cima da mesa.--- Por que você tá me contando isso?

--- Por que....--- coçou a cabeça com o nervosismo mais que a mostra.--- Boa pergunta. Também não sie porque te contei.

--- Você é estranho.

--- Me promete que não conta pra ninguém?

--- Não sei, acho que vou na diretoria falar que levei uma advertência por causa de um demônio!--- brinquei.

Pera, eu tô achando divertido ta perto desse cara?

Tô enlouquecendo de vez só pode.

--- É sério, não conta pra ninguém.--- pediu de novo.

--- Relaxa cara, eu não sou fofoqueira.--- inclinei meu corpo um pouco para trás apoiando minhas mãos na mesa.--- Seus pais também são?

--- Sim.--- se aproximou um pouco mais de mim, ficando agora na minha frente.--- Toda a minha família, a linhagem de demônios que convive entre humanos.

--- Nossa... Parece até história de filme.

--- Foi mal pelo desenho.--- falou lembrando do assunto de antes.

--- Você me pedindo desculpa? Sério?--- arregalei os olhos não acreditando no que eu escutei.

--- Você tá me irritando.

--- Prazer essa sou eu.--- sorri e desci da mesa saindo da sala.

Ele apenas soltou uma risada que eu escutei muito bem e veio atrás de mim.

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My DemonOnde histórias criam vida. Descubra agora