1 - listen to the mind

150 10 28
                                    


 
POV Ozzie:

Já é o décimo aniversário de casados entre mim e minha esposa, que parece estar demorando propositalmente. Imagino que ela lembre dessa vez, já que em todas ela mostrou importar-se pouco e nem mesmo chegou a falar sobre.

Os papéis são um saco, apesar de ser alguém de tamanha importancia o trabalho estava chato. Sentia-me infeliz, até minha esposa entrar, não seberia se sentia amargura ou alívio... Uma demonia do anel da ganância, a mesma, tão bem vestida, cabelos longos e marrons, altura alta mas não tanto quanto a minha, e um rosto delicadinho que precisava todo dia ir no SPA para o hidratar. Me levantei ligeiro esperando algo amoroso referente ao nosso aniversário, todavia fui surpreendido por ela só chegado em mim me obrigando a sentar de volta, quando não ela dominou meu colo, envolveu as pernas em meu torso e pensou em me beijar.

— Estou querendo foder antes de sair com minha amigas. — Senti suas mãos em meu rosto, e antes que ela se aproximasse com a boca eu a joguei para fora de mim com cautela, sem a machucar.

— Não quero. — Respondi, seco... Era isso como uma rotina. Ela saia, pedia para ser fodida, saia, e voltava querendo mais algo. No nosso aniversário, adivinha? Era a mesma coisa. Tomava noção disso há muito tempo, mas como não via obrigação de parar com aquilo?

— Como não? É um pecado da luxúria! Explique-me isso. — Levantou um dedo julgador, com olhar de arguição.

— Megan... Sabe que dia é hoje? — Afastei o dedo da outra para longe de minha feição desaprovada.

— Dia de agradar sua esposa. — Insistiu, aproximando, até me distanciar, levantando-me tão puto que parecia que iria derrubar a cadeira.

— Dia do nosso aniversário de casados! Na qual eu prefiro melhor ficar sem você por perto. — Sai, do escritório para a cozinha, aonde lá já tinha o café preto pronto, que em questão de segundos parou na minha xícara favorita. Ouvi passos de salto alto, em seguida a voz da minha esposa.

— Querido... Me mantive ocupada, você sabe que essa data também é especial para mim.

— No ano passado você nem ao menos prestou a atenção. — relembrei, com amargura.

— Talvez eu tenha esquecido.... De novo.

— Não, você não esqueceu. Eu lembro que a vadia que diz ser minha esposa só concordou em seco enquanto conversava na sua merda de celular. — Fora direto, também faltava quebrar a xícara. Mas, aonde iria tomar aquele delicioso café? Apesar de ser minha favorita, não valia a pena quebra-la por aquela mulher.

   Percebi que a forma verbal referida a ela fez com que seu sangue fervesse, e tomasse uma irá ficar na cara pálida.

  — Não me trate assim, a não ser que seja na cama! Afinal, você é o Rei da Luxúria! Se preocupar com isso é infértil demais.

   As palavras dela foram diretas, dei um último gole de café, tentando acalmar os nervos, caso não iria avançar em um certo alguém e estraçalhar. Sentia-me insuficiente com ela, faltava muito no nosso relacionamento, Megan por outro caso: dinheiro. Lhe favorecia e dava tão pouco de amor para mim, que recentemente descobri uma certa vontade de carinho.

— Megan, vou ser sincero... Você não me trata com amor, não me retribuiu um pingo de carinho que tenho por você, e olha... Você nem se preocupa com a nossa relação.

  O relógio de parede foi o início a ecoar som depois de ser revelado o total de desprezo que eu sentia durante anos casados. Depois de cinco minutos de silêncio de nós dois, a mulher não conseguiu mais aguentar, rindo com a voz tranquila e bela, gargalhadas frescas e suaves que nem fazia cócegas na garganta dela. A famosa voz angelical, mas um corpo de demônio, e a personalidade podre.

𝕬𝖒𝖆𝖗 tem cor 𝖈𝖆𝖗𝖒𝖎𝖒 - FizzmodeusOnde histórias criam vida. Descubra agora