Prólogo

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O acampamento abandonado estava mais quieto do que água parada de um lago, tufos de pelo e manchas de sangue marcavam a clareira de forma sombria, porém, logo todo esse silêncio fora quebrado. Um grande felino castanho escuro malhado adentrou o acampamento seguido de várias raposas, outras arrancavam o muro de espinhos ao redor, pedaço por pedaço. Vasculharam onde a pilha de presas ficava, apenas o cheiro apetitoso de carne estava ali, as raposas ganiam famintas farejando aquele cheiro sem parar.

— Acalmem-se, vamos conseguir presas o suficiente para comerem até não aguentarem mais — garantiu o gato castanho escuro malhado, subindo em um velho toco.

Todas as raposas voltaram sua atenção para o felino, se sentando para escutar suas palavras, aquele que conquistou suas confianças através do frio assassinato da própria mãe e presas oferecidas em segredo, se o seguir significaria dominar a floresta, elas o fariam.

— Agora escutem, conseguimos expulsar o fraco Clã do Fogo deste acampamento, agora ele é nosso, mas não será fácil mantê-lo por muito tempo — começou o gato castanho escuro malhado. — por isso recrutem! Recrutem mais raposas para a nossa causa! Para que possam tornar toda essa floresta um lar apenas para nós! Morte a todos os clãs! —

Um coro sinistro ecoou por aquela área da floresta, através da liderança de um gato sanguinário, o possível fim de todos os clãs estava mais próximo do que nunca, uma batalha sangrenta se aproximava.

Ainda há esperança...

Gatos Guerreiros: Mar de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora