A guerra - Cap IV

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Parte XIV

Acordo com o assobio dos passarinhos na rua. Um silêncio paira sobre a casa. Não deve haver ninguém além de mim aqui, levando em consideração que eles partiram de madrugada.

Me levanto e abro a porta.

- Quem são vocês?

Há dois estranhos na minha porta. Parecem shinobis.

- Bom dia, [Nome], não é? O senhor Tobirama mandou que ficássemos aqui para caso você fosse para a batalha.

Ah não.

- Como assim? Vocês vão me impedir de sair de casa?

- Não, não. Bem, a instrução é avisar o mensageiro se você partir, mas de qualquer forma estamos para dar as instruções, não impedir. - De alguma forma, ele respeitou minha decisão. - Você pretende partir?

Que pergunta.

- Óbvio.

· Quebra de tempo ·

Sigo o caminho no mapa que o subordinado de Tobirama me deu. Estou andando a cerca de uma hora.

O sol está forte. Observo que longe há uma situação de destruição. Há madeira, terra espalhada e vários esconderijos. Passo em guarda, não sei se vai surgir algum maluco por aqui. Quanto mais eu ando, entro numa espécie de cidade abandonada, há muito mato e restos por aqui, seja de móveis, casas ou sujeira. Há alguns pontos onde sai fumaça, um tipo de incêndio inacabado. Há grandes monumentos por aqui, até mesmo prédios e pontes. Parecia ser uma grande cidade. Observo o chão, há pegadas em meio a sujeira, lama e fuligem. Devo estar perto. Observo uma entrada com uma escada. Subo, a vista dá para uma janela, como se fosse uma torre de vigia, eu devo estar perto do fim da cidade. Olho e me escondo. Caralho, foi por pouco!

Na minha frente há milhares e milhares de shinobis Senju. Essa porra não era uma cidade, era uma parte isolada do clã Uchiha.

Eles estão avançando, indo em direção às próximas ala do clã. É um ataque em massa. Olho para o horizonte, é muita casa. Bem de longe, vejo uma multidão. Vai dar merda.

Resolvo esperar.

Enquanto os Senju seguem andando tenho que formular um plano. Observo destroços ao lado de um rio que cercava essa parte isolada do clã. Vai ser perfeito.

Desço as escadas. Com cuidado, circulo em volta do rio, me escondendo pelos destroços, aproveitando o barranco entre a cidade e o rio.

Continuo andando, as vezes agachada, engatinhando, e às vezes me escondendo atrás de paredes quase caídas. Acompanho todo o caminhar dos Senju, até que ouço.

- Os mesmos que dizem buscar a paz, agora atacando os outros. Não é? Hashirama. - É Madara, eu tenho certeza.

- Você sabe que não funciona assim, já te propus diversas vezes, é só aceitar-

- Nos poupe da ladainha. - Izuna?

Ouço um travar das espadas, há gritos guturais e correria. Começou.

Me deito atrás de uma parede, se alguém me achar eu morro.

Alguns corpos rolam no barranco a fora e caem no rio. Espio por uma fresta da parede. Não consigo ver muita coisa, somente o gramado e o céu. Preciso achar meu pai.

Me levanto e corro pelo barranco até chegar ao campo de batalha, não há uma pessoa sem "dupla". Há Kunais sendo lançadas, tento desviar delas enquanto corro. Não posso parar por nada.

Corro procurando por rostos conhecidos. Por que todos sumiram de repente?

Enquanto corro, sinto meu pé, alguém me passa uma rasteira. Caio em meio a corpos.

𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚𝐬 - 𝐓𝐨𝐛𝐢𝐫𝐚𝐦𝐚 𝐒𝐞𝐧𝐣𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora