CAPÍTULO 5

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Acho que fiquei parada durante uns cinco minutos no mesmo local. Eu não sei se estava raciocinando corretamente, não podia ser...

Mas eu também não o conhecia, para não saber.

Saio dos meus pensamentos é pego meu celular no chão, acabou trincando a tela na parte de baixo do meu celular, merda.

Atravesso a avenida para ir para o ponto de ônibus, é pegá-lo para ir embora.

O ônibus não demora a vir, logo entro nele e me sento nos bancos do fundo, meus pensamentos vão ainda mais longe, quando paro pra pensar que hoje ainda tem culto.

Que merda eu fiz?

Eu tive que ajudar Vitor, não podia deixá-lo morrer... Mas, olha a onde eu me meti por uma pessoa que nem conheço direto. Agora a minha dignidade está em jogo.

Por quê Deus? Porque eu me meti nisso? Porque eu tive que acordar de madrugada?

Se eu não for, ele disse que irá me matar. É agora?

Minha cabeça já estava explodindo de nervoso e ansiedade. Eu não posso ter esses ataques dentro de um ônibus. Nunca tive um ataques desse perto de ninguém, somente Jesus sabe disso.

Por um período da minha vida eu comecei a ter ataques de ansiedade, mais eu nunca contei a ninguém, pois se eu até mesmo falasse para meu pai, ele diria que era graça, que eu precisava orar mais, e blá blá blá.

Não é questão de orar, ou não ter Jesus. A questão é que isso é normal pra um ser humano. Várias pessoas na bíblia tiveram isso, Ana, Elias e muitos outros...

Mas Jesus pode me curar, eu sei disso, só ele pode. Jesus é o único que me entende em meio ao caos... Ele é que me mantém viva até hoje, quem me dá forças para viver, sem ele eu não estaria aqui. Porém, tem dias que são muito difíceis, você só quer chorar e chorar. Ainda mais quando não tem apoio familiar, isso complica mais ainda.

Eu sou grata a ele por tudo!

Mas é agora?...

[...]

Vou para frente do meu espelho, observando como fico no meu vestido rosa longo, que por sinal se destacava muito em mim, me deixava uma bela dama.

Eu sou branca dos cabelos bem pretos e longos, meus olhos são castanhos claros iguais aos da minha mãe, e eu uso óculos.

Deicide ir para a igreja mesmo, depois eu resolvo aquele caso...

Coloco meus saltos pratas, pego minha bolsa e desço as escadas. Já vou para a garagem e entro dentro do carro do meu pai, que por sinal está bem cheiroso. Ontem os carros não estavam aqui pois estava no lava rápido.

Minha mãe entra no carro e meu pai também, ele liga o carro e abre o portão da garagem.

Eu já falei que amo a vista de São Paulo a noite? Era simplemente linda, estávamos na avenida principal a onde tinha vários hotéis e prédios altos e muito bonitos. A nossa igreja não ficava muito longe da nossa casa, era só pegar a avenida principal e entrar num bairro próximo ali.

Eu sempre tive a maior vontade de andar por essas ruas de da avenida principal de noite, deve ser uma vibe tão boa. Porém, eu não posso.

É aquela frase né? Querer não é poder.

Chegamos na igreja, meu pai estaciona o carro em frente a porta. Desço do carro é vou para o banheiro, antes de entrar na igreja, mas me arrependo logo em seguida. Pois acabo dando de cara com Joyce e seu trio...

Alguém deu as caras na igreja né?

- A paz Malu. - Ana Carolina fala quando eu tento passar por elas.

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