Olha eu aqui de novo! ☺️
Tentando fortemente com essa história, eu tenho um terrível histórico de desistir das coisas no meio do caminho, então pensamentos positivos dessa vez.–––·–––·–––·–––·–––·💌·–––·–––·–––·–––·–––
O tempo está passando tão depressa e ao mesmo tempo insuportavelmente devagar, isso faz sentido? Talvez faça, talvez não. Eu só sei que durante esses 6 meses eu vi Miranda exatas 4 vezes, no começo eu passava em frente ao prédio do Elias Clark todos os dias tentando ver ela, e em quatro momentos diferentes eu vi e só em uma das vezes ela me viu enquanto estava dentro do carro, e eu posso jurar que o mundo parou de ser tão fora de ordem quanto eu falar que o tempo está tão rápido e devagar ao mesmo tempo.
Talvez as pessoas devessem conversar sobre dualidades, é um bom tópico. Com o passar dos anos, uma das coisas que eu aprendi é que é possível amar uma pessoa e não gostar particularmente dela. Amar e gostar não são algo intrínseco um do outro. Ambos são fundamentais pra qualquer bom relacionamento, é claro, mas as vezes acontece de você não conseguir deixar de amar alguém não importa o quanto você tente, o amor já está enraizado fundo demais na sua pele, mas você simplesmente não consegue gostar mais. Esse é um dos sentimentos mais frustrantes que existem.
De qualquer forma eu tive que parar de passar por lá, ou pelo menos parar de tentar ir em todos os possíveis horários em que ela passava e memorizar cada um deles, não estava sendo muito saudável e eu já tenho problemas demais na minha vida pra ser louca também. Cada vez que eu via ela de longe eu tinha um impulso quase insuportável de me aproximar e não acho que iria ser bem aceito devido às circunstâncias. Não que pensar em alguém em 11 de 10 pensamentos seja exatamente sã.
Era um sábado de manhã ensolarado e a vida não poderia estar mais confusa então decido fazer uma corrida, nada melhor do que suar pra clarear a mente. Me visto para ir ao central park mas não sem antes tomar um copo grande de café bem quente, mas não tão quente assim, não como o dela. Henry está arrumando encontros para mim de forma árdua nos últimos tempos, vários deles e eu sempre recuso todos, mas ele está empenhado e um Henry empenhado é como uma força. Henry é o único que sabe de Miranda, quem ela é pra mim, eu acabei falando tudo em uma noite de bebedeira, ele é um homem muito persuasivo! O atual presidente tem sorte dele nunca ter se interessado no cargo.
Eu penso sobre isso passando pelo central park, penso sobre encontros, sobre a vida, sobre tentar seguir em frente. Até que alguém esbarra em mim quebrando minha linha de raciocínio.
— Aiii! — Disse uma voz que eu lembro de conhecer. Olho pro lado e Caroline Priestly está olhando pra mim. — Andy! — ela diz vindo me abraçar.
— Ei Caro, te machuquei? — digo aflita reparando a garota de cima a baixo. Aliás, eu não estava pensando em seguir em frente? Que piada universo.
— Não, sem problemas. Você nunca deixa de ser desastrada? — Disse ela me analisando com aquele olhar Priestly crítico. Não é muito confortável ser julgada por uma menina de 11 anos, mas é a mais pura verdade.
— Oque você está fazendo aqui Caroline? Está sozinha? Aonde está sua irmã? — digo quando ouço uma voz atrás de mim.
— Andyyyy! — Diz Cassidy Priestly me abraçando por trás. — Oque você está fazendo aqui? Faz tempo que a gente não se vê.
— Estou dando uma corrida, e eu estava agora fazendo a mesma pergunta pra sua irmã sobre vocês. — No começo as duas quase me fizeram perder meu emprego com as pegadinhas delas, mas com o tempo fomos nos tornando amigas, e sim elas são duas pestinhas sem sombra de dúvidas, mas são boas garotas. Foi impossível não derreter meu coração por elas.