Era domingo, por estar no meio de uma montanha perto do inverno tudo estava coberto por uma vasta camada de neblina.
Com um grande sentimento de satisfação, senti-me sortuda por ter uma bela cabana de madeira naquele que era outrora um profundo lago azul-agora coberto de névoa branca espessa - seus mistérios estavam envoltos naquele estranho cobertor de ar frio e úmido.
Tão Fácil, vendo através da peculiar janela triangular que estava apontando para aquele lago.
Estava reconfortante, o vapor saia da caneca branca em ondas opacas e aquecia minha pele gelada.
Era estranho, a velha ponte de madeira podre que agora só servia para pesca, estava quebrada bem no meio do grande lago.,
Incrivelmente macio, a sensação das roupas largas de algodão em contato com minha pele, as mangas compridas do suéter cinza, as longas barras da calça que estavam arrastadas no chão de carvalho.
Tão claro, as luzes frias e amareladas que decoraram a cabana, a claridade que elas criavam tentava a todo custo iluminar a massa branca e misteriosa que avançava lentamente em direção a cabana, pena que não conseguiram.
Quão angustiante, a maneira como tudo parecia distorcido pela tenebrosa parede de nébula maciça.
Que sombrio, o jeito em que a silhueta na beira da ponte me observava.
O que era aquilo?
Está olhando para mim?
A silhueta tornava-se cada vez mais nítida, como se quisesse que eu a visse claramente.
A névoa se dissipou minimamente, era como se quisesse que eu visse quem estava ali me observando da ponte quebrada, com um pequeno rastro da luz, eu vi.
Era meu rosto, com olhos fundos e sombrios, roupas sujas de terra e completamente encharcadas de água, cabelo grudado e embaraçado, boca ferida e azulada, pele cinzenta e claro a cabeça estava estranhamente jogada para o lado indicado, o pescoço quebrado com o osso branco exposto.
O jeito como aquilo me olhava era no mínimo perturbador, vazio e sombrio, tão distante da realidade, mas tão perto do ódio por mim.
A sensação de algo quente e pegajoso escorrendo de minha cabeça só foi notada quando minha cabeça começou a latejar, gotas vermelhas caíram dentro da xícara branca e se espalharam pelo chão da madeira, uma dor agonizante subiu rasgando pelo meu corpo.
A caneca escorregou tristemente Por dentre meus dedos e bateu no chão se estilhaçando, com a boca aberta em um grito silencioso levei minha mão em direção a testa.
Senti o líquido quente escorrer pelo meu rosto enquanto se espalhando por minhas roupas, olhei minha mão em choque enquanto via ela manchada com meu próprio sangue, olhei horrorizada enquanto me curvei de dor.O sangue escorria em quantidades absurdas, senti a fraqueza me afetar e observei a poça de sangue que se formava em meus pés, com os olhos nublados pelas lágrimas e pela perda de sangue, olhei o vidro em minha frente enquanto me desesperava e sentia a terrível sensação das minhas entranhas contorcem em minhas mãos manchadas.
O reflexo que me encarou era a mesma coisa que eu vi na neblina, sua aparência não tinha mudado e seus olhos ainda eram vazios e seu pescoço ainda estava torcido e quebrado o bastante para ver o osso, porém algo se destacava, e era seu sorriso.
As pontas dos lábios roxos se contorciam para cima em um largo sorriso que ia de ponta a ponta, dentes podres e amarelos eram visíveis junto de uma espécie estranha de musgo que estava grudada nas fendas entre os dentes, líquido negro vazou lentamente da boca da criatura, escorrendo e pingando enquanto o cheiro terrível de enxofre e podridão subia e se espalhava pelo ar.
Eu vou morrer...?
–G.H.
Continuar ou não? eis a questão.
Eu arrepiei meu estômago toda vez que visualizava está história.
(Eu imagino e vejo toda a história como se fosse um filme passado pela minha cabeça, e então eu escrevo da melhor maneira que posso).
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One Short's de Terror
HorrorUm Original de Gueixa Honey. Aproveitem bastante os capítulos, e me ajudem a melhorar a cada dia. Hoje vamos comemorar um dia próspero e seguro, tenha uma boa semana. Cenas de terror que podem servir de inspiração para escritores do wattpad. Coment...