1. Baby

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_ Puta que pariu! Puta que pariu! Que merda!_ Jimin estava desesperado, caminhava de lá pra cá em pânico. Os olhos arregalados, o rosto banhado em lágrimas, as mãos tremendo.

Eu observava em silêncio, a agonia na minha garganta me fazendo perder o ar, minhas próprias lágrimas me impedindo de enxergar direito.

_ O que é que a gente vai fazer?_ Ele sentou no chão, colocou a cabeça entre as pernas e continuou chorando. Comecei a soluçar e aí enfim ele me encarou.

Parecia tão perdido quanto eu. Estávamos dividindo o mesmo sofrimento, o mesmo desespero. O que faríamos? Não sei. Não faço ideia.

Jimin se aproximou devagar e me abraçou. Um abraço que não ajudaria em nada, nem pra confortar. Nós dois estávamos ferrados, perdidos, e provavelmente nossos pais nos matariam. Mas não tinha o que fazer.

Eu estava grávida e nada mudaria isso. Nada mudaria os 2 testes de gravidez positivados na pia do banheiro público em um parque qualquer. Obviamente precisávamos nos esconder dos nossos pais.

_ A gente está muito ferrado_ Comentei.

_ Eu sei_ Jimin já estava parando de chorar._ A gente só tem três opções.

_ Quais_ Questionei.

_ Ou a gente dá um jeito nisso, ou a gente se vira como dá, ou a gente entrega o bebê pra adoção_ Ele pontuou com os dedos.

_ Como assim dar um jeito nisso?_ Questionei._ Jimin, eu não vou matar um bebê!

_ Eu também não quero isso, mas é uma opção_ Ele me rebateu.

_ Primeiro vamos falar com nossos pais, depois vamos apanhar deles e aí a gente vê como vai ser_ Eu disse. Jimin riu mas por dentro nós dois estávamos tristes e com muito medo.

Quando os sintomas surgiram eu neguei durante muito tempo. Jimin e eu éramos novos, 17 anos, estávamos namorando a 5 meses e decidimos perder nossas virgindades juntos. Tomamos cuidado, mas alguma coisa deve ter dado errado.

Fiz o teste pra desencargo de consciência, nem sequer sonhei que poderia dar positivo. Mas deu.

Chorei, berrei, quase desmaiei. Depois liguei pro Jimin desesperada e nós fizemos outro teste juntos.

A pior parte agora era enfrentar isso.

..

_ O que está acontecendo com vocês dois?_ A mãe do Jimin perguntou. Ela era muito esperta. Nós duas nos dávamos bem, e eu sabia que ela seria a única a compreender a situação antes de surtar.

Jimin não tinha pai, mas o padrasto agia como um. E eu não tinha mãe, ela morreu na minha infância e meu pai me criou. Nós todos nós dávamos bem, meu pai gostava do Jimin, principalmente por eu falar dele toda hora, e os pais do Jimin adoravam quando eu jantava na casa deles.

_ Nós precisamos conversar_ Jimin disse. Os três a mesa congelaram. Nós dois estávamos sentados lado a lado, de frente para eles enquanto jantávamos.

_ O que aconteceu?_ Meu pai questionou.

Respirei fundo antes de olhar para o Jimin. Ele segurou a minha mão e nós dois prendemos o choro, era melhor chorar depois, depois das broncas, dos sermões, dos gritos.

_ Nós juramos que usamos proteção_ Jimin disse primeiro. A cor se esvaiu do rosto dos nossos pais, a tensão no ar foi horrível._ Mas...

_ Eu tô grávida_ Revelei de uma vez. Meu pai foi o primeiro a reagir, ele se levantou e ficou alguns segundos em pé, a mão na cabeça e outra ancorada na parede. A mãe do Jimin escondeu o rosto com as mãos, apoiando os cotovelos na mesa.

JIMIN ONESHOTS (PARK JIMIN FANFICS)Onde histórias criam vida. Descubra agora