Capítulo I

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(Harry)

"Oh meu Deus, Harry. Droga. Querido, não é você, sou eu."

Olho para meu namorado de seis semanas que está atualmente atolado em outro homem em nossa cama. A visão dos lençóis listrados em branco e cinza que escolhi com tanto cuidado na semana passada me faz querer rir.

"Eu meio que já desconfiava," digo fracamente. "Visto que meu pênis está seguramente em casa dentro das minhas calças enquanto o seu está solto por aí." Lanço-lhe um olhar ácido. "Como um pequeno gnú." Levanto os dedos e estreito o espaço entre eles. "Pequenino, mesmo. Minúsculo."

"Espera. Você está dizendo que eu tenho um pênis pequeno?"

Balando a cabeça, respondo, "De tudo que está acontecendo agora, é nisso que você está focando, Danny."

Viro-me da cama e caminho em direção ao enorme closet. Hora de seguir em frente. Olho ao redor do quarto que cheira a sândalo com suas prateleiras de carvalho claro e fileiras ordenadas de roupas. Acho que vou sentir falta disso mais do que dele.

Há uma agitação na cama atrás de mim e estremeço ao ouvir o barulho esquisito enquanto meu namorado se retira do lugar onde encontrou um lar hoje. Não preciso ouvir a reclamação abafada do outro homem para saber que ele desmontou tão desajeitadamente quanto costuma subir. Meu traseiro se contrai em simpatia. Já passei por isso.

Passos soam atrás de mim e me viro para encarar meu agora ex-namorado. De atual para ex em quarenta minutos, que foi o tempo que levei para perceber que tinha esquecido minha carteira no casaco e voltei para casa inesperadamente. As coisas se movem rapidamente na Terra do Harry.

"Ele estava esperando no armário?" pergunto. Balanço a cabeça enquanto ele abre a boca para me interromper como sempre. "Quero dizer, foi rápido. Eu pela manhã, um banho rápido, e então onde você encontrou este aqui?" Olho para o homem loiro pequeno que se veste rapidamente.

"Ele é meu novo assistente," Danny murmura, passando a mão pelos cabelos.

Eu rio. "Sério?" Ele me encara enquanto minha risada continua. Eu pauso e seguro minhas costelas. "Que clichê, e ainda tão a sua cara." Balanço a cabeça. "Ainda assim, é um alívio. Com a velocidade que você trouxe este para nossa cama, imaginei que você o tivesse nocauteado no saguão."

Ele cruza os braços sobre o peito, tentando parecer digno, mas deve ser difícil com meio pau e uma camisinha amassada pendurada. "Bem, não precisei fazer isso com você, não é? Você caiu na minha cama rápido o suficiente. Uma olhada no CEP de Belgravia e você abriu as pernas mais rápido do que eu poderia tirar meu pau."

Ah, ótimo. Sinto que estamos entrando na fase de insultos do Harry. Endireito-me à minha altura total.

"Bem, claro que tinha que ser o CEP porque realmente, Danny, este local faz maravilhas pela sua personalidade." Toco meus dentes com a unha. "Te torna quase interessante. Quase," jogo por cima do ombro enquanto pego minha mala e mochila surrada do chão atrás de um dos armários.

Eu deveria ter visto o aviso quando ele me pediu para me mudar com ele e depois tentou agir como se estivesse vivendo com o homem invisível. Todos os meus pertences escondidos. O único lugar que ele estava ok comigo espalhando era na cama dele. Mesmo assim, tudo era dele. Eu sabia que tinha sido um erro, mas na época pensei que gostava dele. Prestei atenção no modo como ele me abraçava à noite e ignorei como ele soltava minha mão assim que saíamos do apartamento.

The Gravity of Us (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora