2 - Os BelaFlor

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Após Darling ver a jovem no chão, com uma adaga cravada em seu pé, seu coração acelerou.

Não sabia o que fazer, então apenas arrastou Caos pelos dois braços, enquanto a garota lamentava pela dor que sentia.

— Tire a adaga do meu pé. — Ela mandou.

— Não temos algo para estancar o sangue.

Caos revirou os olhos, levando uma das mãos até a adaga, suspirando fundo e enfim puxando para cima, tampando a boca com uma das mãos para não gritar.

O homem vendo aquilo, retorceu os lábios de desprazer ao ver o sangue de Caos jorrando sem parar.

Respirou fundo, não tinha nada para embalar o pé da jovem, e sem pensar muito tirou a camisa que usava, em seguida amarrando no pé de Caos.

— Você é um idiota, tinha mesmo que usar a própria camisa?

— Se você fosse mais inteligente teria plena consciência de que estamos em uma floresta. E pior, o território dos BelaFlor.

Disse ele um pouco mais sério do que antes, o que fez com que Caos apenas aceitasse calada.

Mas antes que pudesse se movimentar, sentiu mãos enormes tamparem seus olhos e seu nariz, tentando se debater, mas sendo totalmente em vão.

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A jovem sentiu a cabeça doer, abrindo os olhos com dificuldade, olhando em volta e vendo que estava em uma residência extremamente luxuosa, com quadros enormes, sofás almofadados, claramente banhados de ouro.

— Olha só, parece que alguém acordou. — Disse o desconhecido.

Era um homem alto, extremamente pálido, com olhos azuis, tão claros que chegavam a serem quase cinzas. Usava um colar de espinhos, juntamente de um gibão preto com cinza. Ele era bonito.

— E quem é você? — Questionou ela.

— Fersan Dyernina.

— Como se eu soubesse quem é você.. — Murmurou Caos.

Ao perceber que estava jogada no chão, se levantou rapidamente, sentindo uma dor imensa no pé esquerdo, olhando e vendo que ele estava com curativos, curioso.

— Onde está Darling?

— Seu namoradinho? Bem longe daqui. — Disse Fersan, soltando uma risada um tanto cruel.

— Você não é nem maluco.

— Não queira medir forças comigo.

Caos suspirou fundo, olhando em volta novamente, tinham pelo menos cinco cavalheiros parados, os encarando ali.

E depois de alguns minutos, conseguiu ouvir passos pesados se aproximando.

— A pirralha já acordou?

Perguntou uma voz familiar, junto de um rosto familiar, Byron.

— Sim, e está estressada. — Respondeu Fersan.

Caos soltou uma risada sarcástica, passando uma das mãos no rosto, podendo sentir seu sangue ferver dentro de seus sentidos. Perderia a cabeça fácil.

Quando avistou Byron, ela arqueou uma das sobrancelhas.

— Por que me trouxe até aqui? — Questionou.

— Isso meio que não te interessa. — Alfinetou Byron. — Será que você leu bem aquele cartaz? O qual dizia para não pisar no território BelaFlor.

Eco das Almas: Destinos EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora