A Wolf Amongst Lions

Os Irmãos Lannister

Enquanto Arya era uma refém, ela era permitida manter uma certa liberdade. Ela não tinha um guarda ao lado dela o dia inteiro, por exemplo. Eles guardavam a porta dela a noite, mas a deixavam em paz o resto do tempo. Ela havia questionado Tywin sobre isso após a sua chegada.

"Por que eu não estou sob vigia constante?"

"Você preferiria estar?"

"Não, não... É isso que eu quis dizer. E se eu tentasse escapar?"

Tywin havia dirigido a ela um olhar quase divertido. "E colocar sua família em perigo? Você realmente faria tal coisa, Senhora Stark?"

Arya entendeu a mensagem em alto e bom som. Ela estava aqui para manter a família na linha, mas Tywin também os usaria para mantê-la na linha. Se ela de fato escapasse, ele poderia decidir atacar primeiro antes que o Norte pudesse se levantar novamente. Ela nunca daria a ele uma desculpa para fazer aquilo, então permaneceria entre as paredes do castelo.

Além dos guardas noturnos, ela tinha uma serva chamada Shae. Ela era bonita, e o seu sotaque sugeria que havia vindo de além do Mar Estreito. Ela havia servido Sansa durante a sua estadia em Porto Real.

De primeira, Arya não confiou nela. Ela pensou que Shae devia ser uma espiã da rainha, designada para ficar de olho em qualquer garota Stark na Fortaleza. Sansa havia partido, e agora, a missão dela era Arya.

Mas Shae era muito livre com as palavras para ser uma espiã de Cersei. Cersei só empregaria aquelas que agissem como senhoras perfeitas. Mas Shae falava o que quer que estivesse em sua mente.

"Seu cabelo é muito curto para eu fazer qualquer coisa" Ela disse. "Curto como o de um garoto"

"Então não faça nada" Disse Arya. "Você sabe, eu posso pentear meu cabelo sozinha"

"E então, o que eu faria?" Perguntou Shae, pegando a escova e passando pelos nós no cabelo de Arya. Ela estremeceu. "Vai deixar crescer?"

"Suponho que eles vão querer que eu deixe"

"Quem são "eles"?"

"Os Lannister" Disse Arya. "Eu sou uma protegida da Casa deles. Tenho certeza que vão querer que eu me comporte como uma dama"

"Sua irmã teve que fazer o mesmo" Reconheceu Shae

"Sansa não tem que fingir ser uma dama perfeita. Ela é" Protestou Arya

"Talvez ela seja uma dama. Mas é difícil ser perfeita em um lugar onde a sua família morreu" Ela passou a escova por um nó particularmente difícil, e Arya estremeceu. "Sua irmã passou por coisas difíceis por aqui"

Arya desviou o olhar do seu reflexo no espelho, sentindo uma onda de culpa. É claro, Sansa havia passado por coisas terríveis ali. Dama ou não, ela devia ter sentido vontade de arrancar os olhos do rei ou enforcado Cersei com as próprias mãos.

"Ela é melhor em fingir" Ela disse, enfim. "Eu nunca fui muito boa nisso"

"Então aprenda" Disse Shae

Ela poderia aprender a interpretar o papel com um pouco de prática, mas isso não significa que ela tinha que ser totalmente dócil.

Em sua visita a Torre da Mão, Arya tomou nota das muitas caixas de Tywin, e ela sabia, em seu coração, que Agulha devia estar em algum lugar lá dentro. Ela havia memorizado os momentos em que ele ia a reuniões do Pequeno Concelho com seus guardas. Ela memorizou as oportunidades em que os aposentos da mão eram deixados abertos.

Ele nunca deixou nada sensível visível. Ele terminava suas cartas quando começava a escrevê-las, e as enviava pouco tempo depois. Não era como se fossem as cartas dele que ela queria, mas uma posse dela que ele mantinha segura, enfiada em algum lugar. Na curta janela de tempo que tinha, ela procurava por entre as caixas. Quando ela não encontrava nada, sempre tinha o cuidado de colocar tudo de volta exatamente como havia achado. Até um dia, quando ela agarrou o punho de Agulha em sua mão novamente.