O início

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Barulhos do sino, pessoas conversando. Era o que eu ouvia e via todos os dias, não digo que gosto de trabalhar em uma cafeteria e ficar com dor nos pés e nas costas, mas é por esse trabalho que vou começar a faculdade de jornalismo. Mas eu gostava dos meus colegas de trabalho, nós tirávamos ótimas risadas na hora do intervalo.

- Parece que acabou de entrar um cliente gostosão. - Comentou lucia com um tom baixinho.

Eu estava atrás do balcão, aquele homem que entrou pela porta, era realmente lindo, eu não podia negar. O jeito como as mulheres olhavam para aquele homem, ele se sentou em uma mesa sozinho. Lucia me empurrou para ir atender aquele homem misterioso que eu nunca havia visto ali na cidade, Los Angeles não é uma cidade pequena obviamente, mas a cafeteria é uma das mais famosas, muitas pessoas com dinheiro a frequentam.

Ajeitei o meu uniforme e segurei a bandeja com força, respirei fundo e caminhei até aquele homem.

- Olá, bom dia senhor, o que deseja? - Perguntei com um sorriso amigável no rosto.

- O que você recomenda? - Ele me perguntou olhando em meus olhos.

Assim eu consegui reparar mais nele, ele tinha cabelos pretos e grande até o ombro, aparentava ter 22 anos. O seu olhar sobre mim, me deixou totalmente perdida.

- Bom, nós temos doces brasileiros, como temos muitos estrangeiros, achamos uma ótima opção.

- Você é brasileira? - Perguntou o homem colocando os seus cotovelos em cima da mesa.

Ele exalava poder. Provavelmente era um homem de negócios e ricos, olhei discretamente para Lúcia que estava escorada no balcão sem entender o por que da demora.

- Sim, eu sou, eu mesma que dei a ideia e ajudei preparar, fazem muito sucesso.

- Então me traga o seu doce brasileiro , favorito.

- Claro. - Eu disse virando de costas.

Eu podia sentir o olhar dele queimar em minhas costas, eu cheguei na cozinha e consegui soltar o ar, que havia segurado todo esse tempo.

- Nossa, como esse cara fala.

- Ele é estranho. Parecia que ia me devorar com os olhos. - Eu disse passando a mão na testa.

- Bom, se fosse eu, eu deixava ele me devorar.

- Lucia!!!

- Mas é verdade! Ele é um gato! E parece ser tão novinho.

- ele tem cara de 22 anos.

- Mas, o que ele pediu?

- Disse pra mim escolher o meu doce brasileiro favorito. - Eu disse enquanto pegava um pedaço de pudim.

- Parece que alguém se interessou por você. - Disse Lúcia em um tom Malicioso.

- Não fale besteiras. Agora, você vai lá e leve isso.

- Eu?? Por que?? Vai você!

- Ele me deixa desconfortável.

- Affs! Tabom! Eu vou.

Lucia saiu com a bandeja, e eu andei até às mesas anotando pedidos. Hoje era uma sexta feira, queria acabar meu expediente logo, a noite eu e Lucia iríamos sair para uma balada. Eu estava servindo uma mesa, quando um cliente entrou pela porta e andou até a mesa do homem misterioso, os dois começaram a conversar. Eles olhavam discretamente para mim, mas eu percebia, estava começando a ficar estranho. Os dois ficaram por mais alguns minutos, então eles caminharam até o balcão para fazer o pagamento, agradeci mentalmente por não precisa fazer isso, então assim que eles pagaram foram embora.

- Nossa que gato aquele amiguinho dele! - Disse minha amiga.

- Achei ele normal.

Durante o dia, eu não parava de pensar naqueles dois conversando e olhando para mim. E principalmente naquele olhar, eu realmente espero não ver mais aquele homem.

- Cinco e meia gata, bora! - Disse Lúcia.

a cafeteria estava vazia, após terminar de limpar tudo, andei até a salinha onde fica os funcionários e peguei minha bolsa. Pedi um Uber e me despedi de lucia, nós nos encontraríamos depois na boate a noite, demorei alguns minutos para chegar em casa, minha mãe estava sentada no sofá lendo seu livro.

- Oi mãe. - Eu disse me sentando ao lado dela e a abraçando.

- Oi filhota. Como foi o serviço hoje?

- Cansativo. Eu vou descansar um pouco e depois vou tomar um banho, vou sair com a Lúcia hoje a noite.

- Vou fazer um sanduíche pra nós duas depois mais tarde.

- Tabom, obrigada. - Eu disse me levantando.

Eu e minha moramos sozinhas, nos mudamos pra cá, quando eu tinha 10 anos de idade, as vezes sinto saudades do meu país, mas eu também adoro morar aqui.

Abri a porta do meu quarto e me joguei na cama, senti um alívio por estar deitada, fechei meus olhos e adormeci.

Giovani 17:30 Los Angeles

- Consegui todas as informações que você queria sobre aquela mulher. - Disse meu braço direito.

- Ótimo, você nunca me decepciona Alex. - Eu disse enquanto girava na minha cadeira.

- Bom, ela é brasileira, veio pra cá com 10 anos de idade, ela mora com a mãe em uma casa bem simples, trabalha na cafeteria por causa da faculdade de jornalismo.

- Então ela quer ser jornalista.

- Sim, ela está trabalhando para pagar os livros, e a condução.

- Qual a faculdade?

- Los Angeles film School

- Okay. Era tudo que eu precisava, agora eu preciso saber como vou sequestrar essa mulher.

- Tem certeza que precisa disso?

- É claro que sim! Meu pai não para de encher a porra do meu saco com essa ideia de eu ter uma esposa mafiosa também.

- Não seria melhor conversar com a moça? - Perguntou Alex preocupado.

- Conversar? que mundo você vive? Que mulher vai querer se casar com um mafioso, é óbvio que ela não aceitar se eu perguntar e ainda vai querer chamar a polícia.

- Certo. O senhor sabe o que faz.

- Mande a Maria preparar o quarto de hóspedes, com produtos femininos, e tudo mais. E vamos bolar um plano.

- Vou avisar Maria. - Disse Alex saindo.

Não sei como vou sequestrar essa mulher, assim meu pai para de me incomodar. Não preciso ama-la apenas fingir um casamento. Eu nunca me apaixonei por ninguém, são apenas uma noite de sexo, vou em uma boate vejo uma gostosa e transo. O amor pra mim não serve, e não sei se ele existe.
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Aviso: não terá abusos da parte dele, sou contra romantização desse tipo de coisa. O que vocês vão ver aqui, são apenas palavrões drogas, sexo, bebidas, tiros

Amor perigoso Onde histórias criam vida. Descubra agora