Yelena Castillo:❀༫ههههه༫❀❀༫ههههه༫❀❀༫ههههه༫❀❀༫ههههه༫❀❀༫ههههه༫❀❀༫ههههه༫❀
É tão bom ter o Richard de volta, poder abraçá-lo novamente. No entanto, apesar de toda essa alegria e de todo o alívio por finalmente estarmos reunidos, eu percebi algo diferente no Bagual. Ele sempre foi carismático, sempre demonstrou afeto, mas eu nunca o tinha visto chorar antes. Ver aquele gigante, de pouco mais de dois metros de altura, com olhos cheios de lágrimas, me pegou de surpresa.
Que fome!
— Ei, seus bundas-moles! São três e vinte e quatro da manhã, e eu acabei de fazer um show. O vagabundo do Richard me fez correr cinco quarteirões! Eu tô com fome, e vocês estão aqui chorando? Sério?
Richard, ainda sem fôlego, tentou se explicar: — Eu não sabia que era vocês que estavam correndo atrás de mim... Só estava tentando achar um lugar seguro, mas mas ainda bem que eu não achei. Que sorte, né?
— Que sorte nada! — eu retruquei. — Sorte seria se você tivesse trazido algo para comer. Depois do show, eu tô faminta, e vocês aqui, só chorando um no ombro do outro. Isso é deprimente! — E era verdade. Depois de correr até aqui, a última coisa que eu queria era conversa melancólica mesmo tendo feito parte disso.
Bagual, ainda tentando se recompor, perguntou: — Tá com fome? O que você quer comer a essa hora? Acho que a única coisa aberta agora é o Coffee's Size, mas a srta. Peterson não trabalha mais lá. Agora é o filho dela que cuida do lugar.
Eu fiz uma careta. — Ah, eu sabia que algo estava diferente por lá. O garoto não tem o mesmo jeito da mãe, mas pelo menos ele ainda faz o melhor café da cidade. E se a gente chegar agora, talvez ele ainda tenha alguns daqueles biscoitos de chocolate que a mãe fazia. — Eu já estava planejando o que pedir quando chegássemos lá.
Richard riu e disse: — Você realmente nunca muda, Yelena. Sempre pensando em comida. Mas eu não vou reclamar, eu também estou com fome. Acho que todos precisamos de um café forte depois dessa noite.
— Por falar nisso, Yelena, por que você não pegou seu carro? — perguntou Bagual. — Deixou ele no estacionamento do bar?
Eu suspirei. — Sim, deixei. Depois do show, achei que fosse uma boa ideia correr atrás de um marmanjo que saiu gritando pelo Richard igual a uma mocinha.
Bagual riu. — Em minha defesa, era uma emergência! Quem me vê correndo assim, acha que é algum tipo de apocalipse. A essa hora, tudo é motivo para pânico. — Ele sempre teve uma maneira de colocar humor em tudo, mesmo nas situações mais improváveis.
Richard sorriu e olhou para Bagual. — Mas você gritando pelo meu nome, a três e vinte e quatro da manhã, era digno de filme de terror! Deve ter sido por isso que corri. — Disse o Richard ainda sorrindo — Agora a gente vai ter que buscar o carro depois de comer, se ninguém roubou ele nesse meio-tempo. — Ele deu um tapinha nas costas de Bagual, que apenas deu de ombros.
Eu sorri. — Não se preocupa, o meu carro é tão velho que ninguém em sã consciência vai querer roubar ele. Agora, se me roubarem, é outra história. — Olhei para Richard e Bagual, dando um sorriso irônico. — Com dois gigantes desses ao meu lado, até parece que alguém vai tentar me roubar.
Todos rimos, e a tensão começou a diminuir.
Caminhamos na direção do Coffee's Size, prontos para nos sentar e aproveitar um pouco de comida quente. Era bom ter esses amigos por perto, mesmo que a cidade tivesse mudado.
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Fel, Maçãs e Bauru
RandomJá imaginou o quão caótico é a permutação da realidade? Onde o que antes era uma família se transformou num verdadeiro pesadelo. Seja bem-vindo(a) ao mundo de Yelena.