A Origem dos Heróis

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Os vários povos da Terra de Hara vivenciaram um breve momento de paz, por anos o diálogo e a diplomacia levaram povos diferentes a tentar trilhar um novo caminho que levou a uma era de paz entre as nações, mas a paz não passou de um sonho efêmero que foi levada pelo vento forte e frio para além das praias do continente.

O Senhor Sombrio Trayus surgiu como uma tempestade vinda do horizonte que em pouco tempo escurece o dia ensolarado, em pouco tempo, ele conquistou todas as terras conhecidas pelos povos, utilizando seu exército de criaturas sombrias, cegamente leais, os Tenebros.

Massacrando as resistências locais que se formavam contra o seu domínio, Trayus reuniu seguidores de todas as nações, atraídos por suas promessas de riqueza e poder.

Nenhuma união dos povos da Terra de Hara aconteceu, as resistências locais restantes permaneceram sozinhas e desunidas por longos duzentos anos, lutando pela sobrevivência em suas cidades, províncias ou reinos de origem, e nenhuma esperança tomava forma.

SHAMAL:

Isolada do continente, Shamal era uma ilha única. Além de sua imensa extensão territorial distribuída sobre uma larga região tropical, suas belas florestas abrigavam um povo unido em torno do ideal de combater o Senhor Sombrio e alcançarem a independência que lhes fora tirada há duzentos anos.

A comunidade shamalesa nunca abaixou a cabeça, mesmo quando os agentes do senhor sombrio acreditam que estão seguros, os assassinos da resistência shamalesa os espreitam na escuridão, escondidos pelas massas de conterrâneos que os protegem. Os lordes, lacaios do senhor sombrio e senhores da ilha, criaram, em sua paranoia, um reinado do terror, perseguindo e assassinando qualquer um considerado suspeito.

Em uma noite sem estrelas na capital shamalesa, a Cidade de Shamal, Bomani apressava-se pelas ruas. Precisava chegar em casa e avisar sua esposa, Maya, sobre o perigo iminente. Corria, ofegante, pelas vielas escuras da cidade temendo não chegar em casa a tempo.

Maya estava em casa, preocupada pelo fato do marido ainda não ter voltado para casa, esperando-o ansiosamente. Quando ouviu a porta abrindo, abriu um sorriso para recebê-lo, um sorriso que desapareceu ao ver a expressão ofegante e preocupada de Bomani.

—Querida, nos descobriram. —Ele afirmou ainda ofegante devido à corrida. —Prepare o Tenzin.

Maya não pensou, apenas agiu. Subiu as escadas e foi até o quarto de seu filho, Tenzin.

—Querido, hora de acordar, você vai fazer uma viagem. —Maya acordou o menino.

—Para onde eu vou, mamãe? —A criança perguntava com sua voz fraca e cansada de um menino de sete anos que acabou de acordar.

—Você vai viajar, querido. —Ela abriu uma gaveta, pegando a primeira roupa que viu e indo até o filho para vesti-lo antes dele se levantar. —Vai para um lugar bem legal.

Maya tremia enquanto tentava trocar a roupa de Tenzin, várias vezes cometendo erros.

Bomani foi à cozinha arrumar a bolsa que Tenzin carregaria, enchendo-a de todos os mantimentos que podiam caber ali, correndo até as escadas de maneira apressada para esperar seu filho com a mochila em mãos.

—Aqui está a sua mochila Tenzin. —O pai ajudou o filho a vestir a mochila rapidamente. —Não largue dela nunca, tem aí tudo o que você precisa para a longa caminhada.

—Vocês não vêm comigo? —O menino perguntou,

—Não podemos, filho, teremos que ficar aqui... —O pai afirmou, deixando escapar um breve soluço.

—Mas juramos que vamos nos encontrar com você logo. —A mãe completou. —Vai ver, será divertido.

Tenzin seguiu em direção a porta de saída da sala de sua casa.

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⏰ Última atualização: May 19 ⏰

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