I like you.

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  Reader

— Eu realmente sou grata ao senhor Wayne!

Exclamei em voz alta por acidente, não contendo minha felicidade de estar diante do arco iluminado de entrada do parque de diversões.

— Fale apenas por você.

Ele me corta de forma ríspida, fazendo-me revirar os olhos. Sabia que o pequeno Wayne não estava falando com intenção de me magoar, mas ainda é frustrante às vezes.

— Pode pelo menos fingir que prefere ficar com sua namorada ao invés de bater em criminosos em algum beco? Só uma vez?

O garoto desvia o olhar, colocando as mãos nos bolsos da calça escura.

— Tsc. Você tem sorte que eu realmente gosto de você.

Digo, envolvendo meu braço no seu.

  Damian Wayne

Ainda não posso perdoar o que meu pai fez, me dispensando do meu trabalho de Robin por essa noite. Mas não posso perdoar ainda mais minha falta de firmeza em minhas palavras para aquela garotinha.

Por que continuo fazendo coisas que não quero por causa daqueles olhos brilhantes de cachorrinho?

Olho em sua direção, vendo seu maldito sorriso bonito enquanto ela olhava ao redor, visivelmente encantada com todas aquelas luzes coloridas e barulho irritante.

Suspiro, me deixando ser vencido um pouco. Talvez agora eu esteja começando a entender toda aquela baboseira de sentimentos que Grayson tagarelava de vez em quando

— Você quer um daqueles?

Pergunto com certo sarcasmo, ao ver a garota ao meu lado encarar fixamente um vendedor de balões com desenhos de animais estampados.

— Por que eu iria querer? Eu não sou uma criancinha...

Diz com seus lábios que se transformavam em um biquinho que ela sempre fazia quando se sentia envergonhada ou birrenta. No qual minha maior vontade era morder toda vez, apenas para provocá-la.

Ri com sua péssima negação. A guiei enquanto segurava sua mão, indo até o vendedor. Ironicamente, lhe comprei um com figura de pássaro, sentindo-me satisfeito com seus olhos alegres ao olhar aquela coisa tosca

Continuamos a caminhar pelo festival em meio àquelas pessoas, conversando sobre assuntos vagos como a escola, com seus choramingos por ter dificuldades em matérias mais "complicadas" me fazendo rir. Paramos em algumas barracas para ganhar algumas pelúcias que chamavam sua atenção, com a garota me elogiando sobre minhas habilidades de mira, como se não fossem óbvias.

Me sinto um bobo orgulhoso ao ter ganhado uma pelúcia de Batman por mérito da minha namorada, após três tentativas falhas da garota em estourar balões. Agora sinto uma grande vontade de ajudá-la a treinar sua mira, talvez um pouco de defesa pessoal; me pergunto que tipo de expressões de surpresa a garota me daria ao ir na Batcaverna pela primeira vez.

— Dami, por favor, vamos no carrossel!

— Limite.

— Dami...

Desvio meu olhar. Céus, de todas as armadilhas que já caí, com certeza sua voz manhosa e seus braços envolta de mim eram, de longe, a mais perigosa.

— Vá sozinha, eu vou observá-la da grade.

Firmei a minha voz o máximo que pude, pondo um ponto final na discussão.

A garota deu um grunhido emburrado, mas correu animadamente até a fila do brinquedo. Soltei o ar que nem ao menos tinha percebido que havia preso, aliviado. Me aproximo da cerca de proteção, deixando as três pelúcias no chão aos meus pés, apoiando meus braços na grade. Havia algumas outras pessoas ao meu lado, com seus celulares e câmeras apontados para o brinquedo, provavelmente querendo registrar o momento precioso de seus filhos.

Em poucos instantes, o carrossel começou a girar acompanhado de uma melodia que dava a sensação de nostalgia. Meu cenho se franziu ao ver a garota acenar para mim com um sorriso infantil de cima de um dos cavalos coloridos. Acabei por acenar de volta na sua terceira vez fazendo o gesto.

Tirei meu celular do bolso, abrindo o aplicativo da câmera e apontando em direção à garota em um momento em que ela estava distraída, tirando uma foto.

— Minha garota é realmente linda. Me pergunto se está realmente tudo bem ter um anjo só para mim.

Sussurrei, admirando sua imagem. Eu não podia negar, meus sentimentos realmente me capturaram.

[ . . . ]

— Aqui!

Disse a garota ao se aproximar com algodão doce.

Peguei um pedaço, voltando a olhar a escuridão do mar. Depois de caminharmos mais um pouco pelo festival, os guiei para uma área mais calma, como a beira do cais.

— Deve ser um pouco tarde agora, vendo como a lua está brilhando tão intensamente.

Murmurou a menor.

— Até que não é tão ruim sair por aí como um garoto de quinze anos normal. Mas não tente me arrastar para lugares tão barulhentos assim de novo, é uma ordem.

Disse, vendo o pouco que sobrou do meu pedaço de algodão rosado se dissolver com o vento.

— Sim, jovem Wayne.

Murmurou, terminando o seu doce.

— Mas eu estou realmente feliz em passar um tempo com você, é a melhor noite de todas! Eu realmente gosto muito de você, Damian Wayne.

Meu último fio de autocontrole se foi por algo tão pouco, fazendo-me puxá-la pela cintura e fazer algo que estava desejando desde o momento que a vi hoje.

Deixo uma de minhas mãos pousar em seu rosto, prendendo-a contra a cerca de segurança em um beijo ansiado por mim, que foi igualmente correspondido por ela segundos depois. Acaricio sua bochecha, desfrutando daqueles lábios doces que me faziam desejar egoisticamente ficar perdido para sempre naquela boca.

Ao nosso ósculo se quebrar, fortifico meu aperto em sua cintura, encostando minha testa na sua para que pudesse sentir o leve bater de sua respiração em meu rosto.

— Eu realmente... gosto de você, meu belo anjo.

Recito com sinceridade, permitindo-me perder naquele universo que eram seus olhos, que me observavam com tanta paixão.

I like you - Damian WayneOnde histórias criam vida. Descubra agora