A Marca De Um Alfa

segredos

A chuva forte de mais cedo cessou, tornando o resto do dia em uma tarde gelada e nublada, mesmo com a estiagem, os lobos sabiam que o clima frio ficaria mais severo nas próximas semanas.

Taehyung caminhava perto dos muros na companhia do outro lobo, Kinn, era sua última ronda em torno da muralha antes de voltar para casa.

- Você parece feliz - observou o amigo.

O mais novo sorriu ainda mais.

- Do que está falando, estou normal.

- Ok, você está me assustando - o jovem de cabelos aloirados fingiu tremer.

- Estou contente com o dia agradável que fez hoje, quero voltar para casa o quanto antes.

- Posso imaginar o motivo de tanta alegria para chamar um dia escuro como este de agradável - Kinn ironizou.

- Apenas, beijei-o antes de sair - tentou explicar.

- Nossa, Taehyung. Achei que você fosse mais fogoso.

- Como?

- Sabe, vai esperar o Hoseok se jogar em cima de você primeiro? Conhecendo nosso amigo, duvido que isso aconteça tão cedo. Ele não é igual ao meu Porsche.

- Que nojo - reclamou, sacudindo a cabeça. - Ninguém é mais pervertido do que vocês dois.

- Que absurdo. Não vou mentir, o Porsche é incrível na cama, mas não pense que foi fácil conquistar ele.

- Me poupe dos detalhes, não estou interessado no que você o Porsche fazem.

- Tudo bem, me desculpe - disse, logo assumindo uma expressão séria.. - Mas, você devia ser mais ousado antes da caçada, não é como se o frio fosse congelá-lo, mas vocês ficarão longe um do outro por vários dias e a marca ainda é recente.

- Eu sei - respondeu, pensativo. - Posso resolver isso em breve.

O Theerapanyakul o encarou com uma expressão maliciosa, fazendo o mais novo revirar os olhos. Kinn caiu na gargalhada.

- Queríamos ter ido visitá-los, mas o Porsche anda um pouco sensível esses dias.

- Com sensível você quis dizer no cio - Taehyung deduziu certo.

Os alfas tinham períodos semelhantes de fertilidade, nesses momentos seus lobos assumiam o controle sobre suas consciências humanas e buscaria por um companheiro para acasalar. Kim precisava falar com Hoseok o quanto antes, pois com os efeitos da marca seria impossível para eles não passar o cio juntos depois da caça.

- Anda, vamos voltar por aqui - Kinn o chamou, apontando o caminho para o centro da aldeia. - Nosso turno acabou por hoje.

Hoseok carregava uma grande cesta abarrotada de plantas medicinais para estocar no inverno. Pete o arrastou para os quatro cantos da aldeia em busca de sementes e materiais para reparar os buracos da sua estufa.

Antes do sol se pôr, quando Pete achou que estava suficiente, ambos começaram a caminhar rumo às cabanas. O chão ainda estava molhado. Mas a garoa cessou, assim os ômegas caminharam vagarosamente conversando.

Hoseok estava mais vermelho de vergonha como os tomates que trazia em sua cesta, pois Pate não parava de provocá-lo.

- Fala logo como foi - disse impaciente. - Ele usou a língua?

- Pe! - foi repreendido.

- Que foi? - sorriu exageradamente, chamando atenção de quem passava do outro lado da rua. - Agora, você precisa retribuir.