Leave me

Céus

A angústia dentro de mim me fazendo não estar mais levantada. Nervosa, sujar o vestimenta favorito da minha querida mãe. Nunca consegui puxar assunto com alguma pessoa, apenas ela, a Margaret e o mordomo Wagner. Apenas duas únicas pessoas que eu posso ter contato, mas agora, ocasiões assim me deixam com o corpo de frio de tanto arrepiar.

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Enquanto ainda estou sobrevivendo em meu mundo, com uma taça de vidro e pra acompanhar um vinho bom junto. Eu observo como planejaram com cuidado nesta mesa cheio de pratos, uma mesa gigante para todos os convidados. Do tipo, bifer.

Eu estou tomando meu vinho predileto, vendo gotas de água caindo sobre a janela e lembrando da minha mãe, a minha família, lembranças, momentos e pesadelos. Um peso se faz sentir em uns dos meus ombros, quando direciono a minha cabeça pra trás para ver quem é, meus olhos se arregalaram um pouco de espanto.

Um homem alto, muito alto, pelo visto ele venceu de mim da minha altura, usando uma máscara da peste. Calafrios eu senti, é a quarta vez que eu sinto calafrios hoje. Apenas vestimentos pretas e tinha um corpo definido pelo menos.

Eu olho de baixo a cima, um homem que eu nunca vi antes. Ele foi convidado para este ocasião importante? Ele passa um sentimento incógnita para mim.

- Q-quem é você?- eu engulo seco, um homem mistérioso que eu nunca vi na minha vida, eu deveria está espantada. Ainda mais, com essa máscara super bizarra com um bico de tucano.

-Senhorita, desculpe-me assustar assim- O estilo real dele chamou a minha atenção, ainda mais para algum que usa uma máscara que eu vou ter pesadelos a noites.

- Somente vi a senhorita insociável- sua voz profunda e fria, por trás dessa máscara deve esconder um peso de sentimentos frios como a neve.

Eu hesito, com a boca entreaberta. Quando eu volto para o mundo real, vejo que o homem não estava mais ali mas e sim, em meu lado. Ao piscar dos meus olhos, como ele conseguiu se mover em movimentos tão rápidos assim? Eu devo está embreando.

O homem de 1,89 imagino, estava ao meu lado. Vendo as gotas de chuva, percorrendo, enquanto os raios estavam acompanhando a pancada de água.

-O senhor aprecia momentos assim? Como este.- ainda fixada olhando para a janela, vendo o meu próprio reflexo do vidro.

-Claro, principalmente em noites... São meus momentos favoritos quando acontece essas atmoseferas.- Ele coloca suas duas mãos por baixo de seus dois bolsos do seu casaco de couro, que é também preto. Ele era o único com vestimentos totalmente preto, ele se destacava como uma peça deslocada de um quebra-cabeça, sendo o único trajado com as cores escuras com completo. Claramente desencaixado daquela ocasião.

- Me parece familiar, já te vi antes?- nunca vi, apenas tentando puxar um assunto com esse desconhecido com uma aura completamente misteriosa.

Ele soltou uma risada abafada sob máscara da peste, ele se hesitou brevemente, pensando por alguns momentos.

- Deve estar enganada, nunca vi uma bela moça à minha vista, essa é a primeira vez- ele se vira para mim, olhando em meus olhos azuis cinzas por trás da sua máscara sinistra.

Fiquei ligeiramente maravilhada, pois nunca dei muita importância à minha aparência. Um sorriso tímido e discreto brotou em meu rosto.

- O-obrigada, me sinto lisonjeada.- Fecho meus olhos por alguns segundos, suspiro fundo, e fingindo que meu corpo não ficou nervoso fazendo eu gaguejar agora.

Morrendo de constrangimento, o homem, o homem que estava ao meu lado por alguns minutos. Ele some, desaparece como um flocos de neve se evaporando.

Ele deve ter me achado horripilante.

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Músicos tocando em seus instrumentos e fazendo os convidados dançar com seus pares. Até a Margaret está dançando e menos eu. Fico um pouco apontada, ninguém me chamou para um par de danças, ainda.

Sinto o peso novamente em meu ombros, mas invés em um, sinto dois pesos em meus ombros. Confiando em que seja aquele homem todo de preto com a máscara do bico de tucano, mas invés disso. Vejo um homem diferente dele. Uma alma bastante chamativa, as damas caiem por cimas dos seus vestidos quando esse cavaleiro aparece.

E é claro, olho de baixo para cima, um pouco alto. 1,73 imagino, seus fios de cabelos um pouco bagunçados e curtos, e com a cor de avelã escuros.

Os seus olhos caramelados, ele fascina as moças com seus olhares. Menos comigo, ele sabe que vai ter uma missão impossível de tentar me conquistar.

-A senhorita aceita dançar comigo?- Ele estufa o seu peitoral, se erguendo e lançando aquele olhar que as moças ficam derretidas.

Eu estava perdida em indecisão, sem saber se ele desejava verdadeiramente estar comigo ou se, no fim, eu seria descartado como um objeto sem valor, jogado ao lixo e deixado à companhia dos guaxinins.

-Aceito, quem és você? Imagino que tenha bastante admiradores.- eu dizia isso quando nós já estava no meio do salão, batendo os nossos pés no piso.

-Eu me chamo Radu e sim, tenho bastante admiradores- ele pisca uns dos seus olhos caramelados, não podia julgar que ele era bastante bonito.. agora eu entendo as damas.

-Radu, interessante.- eu olho para baixo, focando em meus pés para não errar uns dos passos. Apenas uma desculpa para não ver o seu olhar para mim, desse jeito acabarei pisando em uns dos seus pés.

O Radu coloca seu dedo indicador em meu queixo, e forçando para eu manter em meus olhos nele, ainda com seu indicador em meu queixo, ele aproxima seus lábios em meus ouvidos.

- Gostaria de ir para outro lugar? Senhorita Bridges.- Ele sussurrando a sua voz, mudando para um tom malicioso. Arrepiei, dos pés a cabeça, e eu já sabia oque ele queria. Minhas bochechas ficam rosadas. Sem querer, me pego desprevenida e piso em cima em uns dos seus pés, o constrangimento que eu senti alguns minutos atrás, tinha voltado.

- M-me desculpe-me, não queria fazer isso senhor Radu.- com as minhas mãos tampando metade do meu rosto de tanto constrangimento, não podia fazer nada, apenas os meus olhos ficaram livres da minha mão.

-Sinto muitíssimo, mas dessa vez você me pegou desprevenida.- eu suspiro fundo e começo a ter juízo nos meus passos agora.