Capítulo 2 - Descontrole

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Final de festa e a bateria social do Lucas estava mais que esgotada, odiava fingir uma carinha feliz, não havia nascido para isso. Ele estava pensativo e fingindo escutar os idiotas maçantes sendo interrompido nos seus pensamentos quando Sophie se aproximou sorridente com a caixa da sua joia que valia uma fortuna e para ele não fazia a menor diferença.

— Amor, eu amei essa joia, dessa vez você se superou, vou guardá-la no cofre, é muito valiosa.

Quase revirou os olhos de tanto tédio e asco, mas se conteve. — Sophie, podemos ir embora agora. Não aguento mais esse povo chato.

— Credo amor! São pessoas de classe, eles são ótimos.

— Só se for para você, porque para mim são um bando de hipócritas do caralho e se não fosse pela empresa eu jamais dirigiria a palavra a eles. Poucas pessoas aqui são verdadeiramente inteligentes e me entediam com tantas idiotices. Eles podem ter dinheiro, mas são mentirosos e se disfarçam com capa de bons cidadãos.

Sophie o olhou com desdém. — Até parece que você é muito melhor que eles.

Lucas percebeu pelo pânico do seu olhar que ela se arrependeu no segundo seguinte da sua fala. Ele apenas riu cinicamente. — Está certa em dizer que não sou melhor que eles, na verdade, sou bem pior do que qualquer um deles, mas não sou hipócrita, sou o que sou e não ando por aí querendo ser melhor do que os outros, pois realmente sou melhor que todos eles juntos. Cada um tem seu valor, o seu está nas suas mãos, não é mesmo?

A querida noiva ficou pálida, pegou sua bolsa, mas não esqueceu a joia logicamente e saiu do local às pressas. Ele seguiu calmamente atrás dela até o carro. Ela o olhou antes de entrar no carro e disse: — Melhor ficar com algo concreto e que garanta o futuro, do que perder a cabeça em nome de alguém que é inseguro e que jamais saberá amar.

Ele piscou o olho para ela e deu um sorrisinho lateral. — Touché! Só se recorde querida, que não sou inseguro, jamais serei. Amor é um sentimento que desconheço, porém, antes que você me chame de sociopata, coisa que sei que sou, lembra bem que você é bem “normal” e desconhece a palavra amor, aliás o único amor que você sente é pelo dinheiro e isso tenho de sobra. — Sua fisionomia por segundos transpareceu dor, no entanto, rapidamente ela vestiu sua máscara de frieza de sempre.

Lucas entrou no carro sem ao menos abrir a porta para ela. Foram o caminho em silêncio. Quando chegaram em seu apartamento, ela simplesmente deu boa noite.

— Não vai me chamar para entrar, noiva?

Ela me fulminou com os olhos e soltou. — Vai pagar mais para isso?

— Precisa? Foram mais de 4 milhões.

Ela o olhou sorrindo e disse com ira em seu olhar. — Sou uma mulher cara, Lucas, mas por 4 milhões deixo você me comer a noite toda.

Lucas riu, abriu a porta e a seguiu para seu apartamento. Apenas teve uma noite gostosa. Apesar dela fazer várias reclamações, ele teve sua cota de prazer. Já em casa dormiu até às 14 h. Acordou com uma ligação do Gabriel.

— Alô!

— Luc, diga que não ferrou tudo e que a festa foi um sucesso.

Lucas sorriu com a preocupação dele. — Bom, na verdade, estava tudo indo bem, mas aquele Árabe resolveu querer ser um filho da puta.

— Mano, que porra você fez?

— Peguei a mulher dele no banheiro.

— Puta que pariu! Você está brincando não é? Caralho, Lucas, ele é importante para gente, tanta mulher e tu pega logo a dele? Eu sabia que não deveria ter viajado. E a Sophia? Nossa, você a humilha demais. Deu até dor de cabeça. Isso vazou? Tenho que ligar para imprensa e tentar parar isso antes de vazar, nunca mais você irá para uma festa pela empresa.

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