sou dona de mim

3 0 0
                                    

Eu estava na cama deitada mexendo no celular, pronta para a festa senti meu perfume exala e se minha mãe entrasse no quarto ela iria perceber que eu não estava afim de ficar em casa.  Esperei minha mãe ir dormir para sair de casa, logo peguei meu salto na mão e sai nas pontas do pé, abri a porta e bati na casa vizinha (casa do Victor). Antes da porta se abri borrifei mais perfume para exalar bem.

A porta se abriu e Victor me olhou de cima a baixo me inspecionando e tampando a passagem para entrar na casa dele.

-Vai deixar eu entrar ou vai ficar na frente?- olhei com deboche

-Nossa que má criação, acho que vou te deixar aqui de fora mesmo- diz ele fechando a porta

-Não, Victor- ele desiste de fechar a porta

-Eu deixo você entrar, mas tem que pedir desculpas- vi um sorriso de canto aparecer e a covinha dele quase saltar de seu rosto 

-Para de graça Victor- empurrei ele de canto para liberar a passagem, quando entrei logo sentei no sofá me acomodando no espaço

-Cade a Eduarda? -perguntei evitando contato visual com ele

-Ta se arrumando, enquanto isso vou te fazer companhia

Ele sentou do meu lado e se ajeitou abrindo as pernas

A que ótimo.

-Ta querendo impressionar quem?- ele olha diretamente em direção ao meu rosto.

-como assim?

-To sentindo seu perfume de longe, mas de perto fica bem melhor- eu olhei pra ele, vejo o mesmo chegando muito perto (perto de mais) eu virei a cara e senti o nariz dele rossando entre minhas orelhas e meu pescoço, ele susurra pra mim. -Muito melhor de perto

Olhei nos olhos dele, logo um cachinhos do mesmo caiu no rosto (aí aqueles cachos são meu ponto fraco)

-Não tô querendo impressionar ninguém, eu sempre tô arrumada- falei baixo olhando diretamente pra ele

-Se eu descobri que você pegou alguém na quela festa eu conto pra sua mãe que você foi- diz ele se levantando indo em direção aos quartos.

Ouvi ele com um tom mais alto

-Eduarda sua amiga tá aqui

Porque ele não fala meu nome?

Vejo ela e ele voltando

-Poxa você tava se arrumando até agora?

Perguntei indignada

-Não eu tava no quarto esperando você, tô pronta faz tempo

Então ele arrumou pretexto para ficar sozinho comigo?

-A é Victor?- olhei pra ele e a cara mais sínica que eu vi naquela noite foi a dele

- A gente vai se atrasar vamos- disse Eduarda

Saímos do apartamento e descemos as escadas vagarosamente. Chegando no carro fiz questão de ir no banco de trás.

O caminho não era grande mas grande o suficiente para ver que Victor me olhava com uma cara nervosa pelo retrovisor, aquele olhar parecia consumir minha alma.

-Amiga trouxe aquele seu gloss seu que eu gosto?

Ainda bem que Eduarda quebrou esse clima estranho

-Aqui- entreguei pra ela e logo chegamos na festa

-----------

*Na festa*

-Obrigada priminho- ela saiu do carro e Victor me puxou pelo braço me impedindo de sair

-Eu falei sério

Ele me olhou e senti um ego muito forte exalando dele

-Você não pode controlar minha vida, se quiser contar, conta,  minha mãe é sua vizinha, fique avontade- sai do carro sem falar mais nada e bati a porta do carro.

Chegando lá o quintal estava cheio de garrafas de bebida, gente na piscina, carros saltando, muita pegação e a música super alta.

-Me arrependi de ter vindo já

-Para com isso Bella, vamos lá- ela me segurou pela mão como se eu fosse uma criança e pelo caminho

Passamos por um grupinho de meninos que estavam no quintal e cumprimentei eles de longe

-Arraso no estilo Bella
 
Algum deles gritou para mim e na mesma hora olhei para Eduarda e começamos a rir (sabíamos que tínhamos arrasado)

Isso me animou bastante, principalmente depois do meu 4° copo de whisky com energético. Eu dancei, conversei com pessoas que eu nem sabia da existência na escola, me perdi da Eduarda, misturei algumas  bebida e senti minha cabeça girar.

-Oi iai ta sozinha? - um homem alto branco de cabelo liso se apoia na mesa me olha dançar

-Não, eu me perdi da Eduarda- falo com a voz arrastada

-A você veio com a Eduarda?

-Te achei muito gata, festa inteira tá falando de você, a gente podia trocar uma ideia

- não obrigada, eu quero achar a Eduarda - sai cambaleando não tão longe e ele me segurou antes que eu caísse - Eduarda vamos em bora

-Vamos ali fora, a Eduarda não tá por aqui - ele me segurou pelo braço e eu amoleci não conseguindo ficar em pé direito

-tenho que ir em bora - digo tentando me solta

-Não vai fazer diferença uma hora a mais- ele me olha com um sorrisão e eu não conseguia enxergar quem era aquele homem estava tudo girando

-Não eu não quero

-Logo você vai embora, fica um pouco

Eu tentava me soltar até me ver no chão me debatendo 

-Solta ela caralho- escutei a voz de Victor (e como eu conheço essa voz!)
Vi vultos apenas de Victor empurrando o homem

De onde ele veio??

-Você é surdo?- diz ele gritando e a festa olha pro canteiro que estávamos

-qual é cara me solta, tá louco?

Victor solto ele agressivamente e me puxou fazendo força para me levantar querendo ir embora

-Eu vou cair, calma, não vai rápido

Ele parou, me olhou e me botou no ombro dele que nem pedreiro carregando saco de cimento e eu só aceitei revisando minhas condições.

-Cade a Eduarda?- ele grito e a música parou chamando a atenção de todos

-Oi tô aqui- ela surgiu no meio da multidão assustada

-Vamos agora

Eu lembro de ter dormido no carro e ouvi a Eduarda e o Victor discutindo, mas nem me lembro o que era, só acordei no estacionamento do prédio de casa.

-Bella chegamos- O Victor fala com uma voz serena fazendo um carinho estranho no meu cabelo

Eu abri a porta tentando me apoiar, Victor tira meu salto e a Eduarda acaba indo na frente, ele me ajudou a subir a escada com meu salto na mão.

-Cade a chave da sua casa?- Ele perguntou e eu estranhei pois não lembro de ter levado chave

-Não sei

-Como assim não sabe?

-Eu não levei chave

Ouvi tudo embaralhado já não aguentando ficar de pé

-Ta me dando trabalho em garota

Eu fraquejei e apaguei só caindo no chão.















Tudo que temos Onde histórias criam vida. Descubra agora