A Ascensão Da Serpente Alada

A Chave

O segundo andar era espaçoso, com um corredor longo que se ramificava em várias portas. Mi So seguiu seus pais e Ji Ah enquanto eles abriam cada porta, revelando quartos bem iluminados e mobiliados de forma simples, mas acolhedora. As paredes eram pintadas com cores suaves e os móveis de madeira escura conferiam um ar clássico ao ambiente.

— Aqui está o quarto de vocês, meninas — disse a mãe, abrindo uma porta próxima ao final do corredor. O quarto era amplo o suficiente para as duas, com duas camas e janelas que davam para o jardim.

Ji Ah correu para a cama ao lado da janela e pulou sobre ela, testando a maciez do colchão.

— É confortável! — ela exclamou com entusiasmo, um sorriso largo iluminando seu rosto.

Mi So sorriu para a irmã, tentando compartilhar de sua alegria. A vista do quarto era realmente encantadora, com árvores frondosas e flores coloridas que dançavam com a brisa suave.

— Que tal o seu quarto, Mi So? — perguntou o pai, acenando para outra porta do corredor.

Mi So seguiu seu pai até o quarto ao lado. Assim que entrou, ela foi recebida por um ambiente acolhedor, com paredes em tons de azul-claro e móveis de madeira clara. Havia uma escrivaninha sob a janela, ideal para seus estudos, e uma estante com livros variados que pareciam ter sido deixados pelos antigos moradores.

— É perfeito — disse Mi So, observando o quarto com satisfação. Era um espaço confortável onde ela poderia passar seu tempo e estudar em paz.

— Estou feliz que você gostou — disse o pai, sorrindo. — Agora vamos descer para terminar de desempacotar as caixas.

Mi So assentiu e, com Ji Ah ao seu lado, desceu as escadas para ajudar os pais a organizar as coisas na sala de estar. Assim que chegaram à sala, Mi So notou algo diferente. Uma corrente de ar frio passou por ela, arrepiando sua pele, mesmo com as janelas todas fechadas.

Ela tentou ignorar a sensação, mas algo naquela casa parecia perturbador. No entanto, com sua família ocupada desempacotando as caixas e organizando a sala, Mi So decidiu se concentrar na tarefa à mão.

Enquanto desempacotava alguns pertences, ela notou uma antiga chave de metal entre os objetos. A chave parecia ter sido esquecida há muito tempo, com sinais de desgaste e envelhecimento.

— Mãe, você sabe o que é essa chave? — perguntou Mi So, segurando a chave com curiosidade.

— Uma chave? — a mãe olhou para a chave nas mãos de Mi So, franzindo a testa. — Não, querida, nunca vi essa chave antes.

Mi So guardou a chave no bolso, com a intenção de investigá-la mais tarde. Talvez ela pertencesse a alguma fechadura antiga na casa.

Enquanto Mi So se concentrava em desempacotar, ela não percebeu que Ji Ah estava quietamente explorando o restante da casa sozinha. Mais tarde, Mi So perceberia que aquela chave poderia ser a chave para desvendar os segredos que a casa escondia.

Naquele momento, porém, sua prioridade era ajudar sua família a se instalar na nova casa. O mistério daquela chave e o ar de presságio que envolvia a casa teriam que esperar.